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Quem de nós não sonha em ficar bem velhinho e cheio de saúde e de histórias para contar aos nossos netos? Mas para que isso aconteça, de forma agradável, sem os percalços inerentes ao envelhecimento, devemos começar , desde já, a estudar o processo do envelhecimento para que possamos envelhecer melhor e cuidar melhos de nossos idosos. FAÇA UM CURSO PARA CAPACITAÇÃO EM CUIDADOR DE IDOSOS!

domingo, 17 de outubro de 2010

Idosos esquecidos

''SE NÓS TIVÉSSEMOS NA JUVENTUDE
A SABEDORIA DA VELHICE,
NÃO TERÍAMOS COMETIDO OS ERROS
MARAVILHOSOS DO PASSADO.''
ALBERTO TAMES


MAIORES DESEMPARADOS
JUSSARA CÂMARA

Muitos idosos sobrevivem sem receber nenhum tipo de amparo.

A eles, não é dada a devida atenção para as suas necessidades básicas como a alimentação, a higiene pessoal, a roupa limpa, os medicamentos e a segurança.

Este descaso e negligência começam na maioria das vezes, em casa, na própria família. Falta respeito para quem já não ouve bem, caminha com dificuldades e enxerga pouco e por isso mesmo, passa a ser considerado um fardo para a família.

Em muitos casos, são isolados e recebem maus-tratos; como ocorreu, por exemplo, há tempos atrás, no Guarujá, litoral paulista, de uma filha que não dava comida ao seu pai, porque queria que ele morresse logo, para não ter que cuidar dele .

E como o idoso, na maioria das vezes, não tem para onde ir, acaba não denunciando, por medo de ficar mais sozinho. Nestes casos, são os vizinhos seus principais defensores.

A solidão leva a outros crimes oportunistas, como o estelionato. Muitos acreditando na eventualidade de uma companhia ou mesmo amizade, acabam se tornando vítimas fáceis da má-fé de desconhecidos.

Há pouco tempo, uma idosa precisando de atendimento em casa, teve a companhia de uma voluntária, tão prestimosa, que em apenas um mês, retirou todas suas economias do banco.

É dever do governo amparar seus cidadãos e da sociedade em lutar por seus direitos. Mas, antes de tudo, o respeito deve começar dentro de casa, principalmente, para com aqueles que sempre cuidaram de toda família e hoje em dia, quando chegam na velhice, não têm quem cuide deles.


A EXPLORAÇÃO DOS IDOSOS

NICOLAU AMARAL

Ao ter acesso, a alguns dados da Pesquisa do Instituto Somatório, alguns números me chamaram a atenção, principalmente na questão da contribuição para a renda familiar nas classes A, B, C e D. O estudo entrevistou 1.500 pessoas com mais de 60 anos, de todas as classes sociais, em dez cidades do País, no final do ano passado.


Só para ilustrar a exploração dos idosos pelos seus familiares, a pesquisa chegou aos seguintes dados: na classe A os idosos contribuem com 55% da renda familiar; na classe B com 59%; na C com 72% e; na D 88%. Outro dado relevante é quanto à alimentação dessas pessoas. Quando moram com a família, suas despesas com alimentação somam R$ 123,00, mas se vivem sozinhos, esse valor sobe para R$ 281,00. Já com a saúde, gastam somente R$ 54,00 morando com a família e R$ 173,00 quando vivem sozinhos. Com telefonia, os que moram com a família gastam R$ 26,00 contra R$ 66,00 pagos por aqueles que moram só.



Ainda segundo o estudo, a renda da 3ª idade atinge cerca de R$ 7,5 bilhões por mês, 93% dos idosos têm renda própria e colaboram com 71%, em média, do orçamento familiar.


Os dados levantados nesse trabalho me permitem afirmar que hoje os idosos, além de serem espoliados pelo governo após a implantação do famigerado “fator expectativa de vida” que ano a ano vem reduzindo as aposentadorias, acabam também sendo explorados pelos próprios familiares, seja por falta de empregos ou mesmo pela preguiça dos seus descendentes, que se aproveitam para ficarem no bem-bom, esperando a mesada de avós, pais e outros provectos próximos. E esses idosos, em troca da sua grande contribuição compulsória, esperam um pouco de companhia e amor dos seus familiares, o que não acontece em muitos casos.


Hoje em dia a adolescência está sendo prolongada, ninguém se casa cedo. Sair da casa dos pais, nem pensar, pois com moradia, comida e roupa lavada de graça, quem vai querer pagar por elas? Trabalho existe, e muito, mas a maioria dos jovens e nem tão jovens só quer saber de emprego com bom salário. Responsabilidades e horários não matam ninguém, só exigem esforço e dedicação.

É hora dos novos idosos brasileiros começarem a pensar mais em si próprios, serem um pouco egoístas e independentes e criarem a sua nova realidade. Somos milhões e milhões, um filão poderoso em termos políticos e econômicos. Precisamos lutar por nossos direitos, gastar e aproveitar o que é nosso conosco mesmo, e passar a responsabilidade para os mais jovens cuidarem de si próprios, pois quando não estivermos mais aqui, de uma forma ou de outra, eles terão de se virar, gostem ou não. Portanto, é melhor que comecem já!

Nicolau amaral é empresário da área de comunicação.

RESPEITO AO PASSADO

“Uma grande nação jamais poderá esquecer seus velhos.” Esta antiga frase, que há muito ouvimos, na realidade contrapõe-se à visão mercadológica apregoada pela mídia, que, de forma geral, sempre tentou impor a versão de que o novo, o jovem, é o modelo ideal a ser seguido, e que o velho, ou ultrapassado, deve ser descartado. Na seara do trabalho, no que diz respeito às oportunidades de crescimento pessoal, a figura do mais idoso denota certa fragilidade, e cada vez mais idosos entram num processo de baixa autoestima, quando poderiam continuar dando sua contribuição à sociedade.


É verdade que no Brasil houve grandes avanços em relação aos direitos dos idosos, mas ainda há muito que se fazer. Hoje, o país tem 14,5 milhões de idosos – ou 8,6% da população total –, segundo informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base no Censo 2000. O instituto considera idosas as pessoas com 60 anos ou mais, mesmo limite de idade considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para os países em desenvolvimento.

Em uma década, o número de idosos no Brasil cresceu 17%. O envelhecimento da população brasileira é reflexo do aumento da expectativa de vida, decorrente do avanço no campo da saúde e da redução da taxa de natalidade. Além dos mecanismos já existentes de proteção aos idosos, precisamos implementar políticas de sustentação desse segmento da sociedade que já deu o seu quinhão de colaboração ao país, segmento esse que ainda vive às tormentas de uma sociedade baseada na produção e na associação entre a figura do jovem como sendo o produtivo e do idoso como colocado em posição de descarte.

Foi com base nesse pensamento que o presidente Lula sancionou a lei que institui o Fundo Nacional do Idoso (FNI). A mesma legislação também autoriza deduzir do imposto de renda de pessoas físicas e jurídicas as doações feitas aos fundos municipal, estadual e nacional do idoso. Este fundo visa financiar os programas e as ações relacionados ao idoso, para assegurar os direitos sociais. Na realidade, o fundo pretende criar condições que promovam autonomia, integração e participação efetiva do idoso na sociedade. Os recursos serão usados de acordo com o que diz o artigo 115 do Estatuto do Idoso: “O Orçamento da Seguridade Social destinará ao Fundo Nacional de Assistência Social, até que o Fundo Nacional do Idoso seja criado, os recursos necessários, em cada exercício financeiro, para aplicação em programas e ações relativos ao idoso”.

Programas de proteção aos direitos do idoso vão muito além dos recursos financeiros que o Estado deve prover. Devemos nos fixar numa política de divulgação entre os jovens, baseada nos conceitos de respeito e carinho aos mais velhos. É bom lembrar que infelizmente hoje não existe mais o respeito, a consideração que outrora existia às gerações passadas. Estimular uma educação nos moldes de alguns países asiáticos como o Japão, onde o predomínio pelo cuidado e zelo ao idoso surge já infância, pavimentará uma real política em relação aos velhos do futuro, que finalmente terão um final de vida digno, jamais esquecido pela nação brasileira.


Fernando Rizzolo é advogado, pós-graduado em Direito Processual, mestrando em Direito Constitucional, Prof. do Curso de Pós Graduação em Direito da Universidade Paulista (UNIP). Participa como coordenador da Comissão de Direitos e Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção São Paulo, é membro

NOVAS DEMANDAS SOCIOECONÔMICAS A SEREM ENFRENTADAS PELO PAÍS NOS PRÓXIMOS 20 ANOS



Evidências demográficas que comprovam o rápido processo de envelhecimento da população brasileira têm servido de alerta para as novas demandas socioeconômicas a serem enfrentadas pelo País nos próximos 20 anos, quando os idosos serão 26% da população.

Em contrapartida, as mesmas estatísticas atestam que há um potencial significativo para a mudança de cultura em serviços e atendimento aos idosos. No contexto do consumo inclusivo, a Shopper Experience – empresa de pesquisa pioneira na avaliação do atendimento ao consumidor de diversos segmentos do varejo e de serviços financeiros por meio do “cliente secreto” – anuncia a criação do projeto “Peritos da terceira idade”.

Com a iniciativa, a empresa está recrutando maiores de 60 anos de todo o Brasil, interessados em atuar como profissionais “clientes secretos”, testando o atendimento prestado aos consumidores sêniores.

O projeto “Peritos da terceira idade” surgiu da análise de atendimento de “clientes secretos” com mais de 60 anos – profissionais liberais, aposentados e donas de casa que integram a equipe de pesquisadores sêniores. “A Shopper Experience tem uma base com mais de 20 mil pessoas que atuam como clientes secretos, sendo 3% da terceira idade.

Começamos a observar que nos relatos de atendimento desses pesquisadores palavras como invisível e descaso se repetiam, ou seja, o atendimento ao idoso está sendo negligente e desrespeitoso. A partir daí, decidimos investir em um projeto que possa dar origem a um levantamento criterioso e amplo; que possa mostrar aos empresários o dano financeiro e social causado por um atendimento equivocado”, afirma Stella Kochen Susskind, presidente da Shopper Experience.


Na opinião da executiva, empresários e gestores de empresas ainda não despertaram para o real significado e o potencial de negócios representado pela terceira idade.


“Ao compararmos a taxa de atividade profissional das mulheres idosas brasileiras com a de países europeus, vemos que Brasil, México e Argentina se destacam com uma taxa em torno de 20%. No Estado de São Paulo, dados atestam que 63% dos idosos viajam, no mínimo, uma vez por ano. Com esse potencial de negócio impulsionado pelo aumento da população com mais de 60 anos não há explicação lógica para não investir no atendimento adequado e na criação de produtos dedicados a essa faixa etária”, argumenta Stella.

Os “detetives-consumidores” podem se candidatar e obter informações no site da Shopper Experience www.shopperexperience.com.br.

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