vidasimplesidoso

Quem de nós não sonha em ficar bem velhinho e cheio de saúde e de histórias para contar aos nossos netos? Mas para que isso aconteça, de forma agradável, sem os percalços inerentes ao envelhecimento, devemos começar , desde já, a estudar o processo do envelhecimento para que possamos envelhecer melhor e cuidar melhos de nossos idosos. FAÇA UM CURSO PARA CAPACITAÇÃO EM CUIDADOR DE IDOSOS!

sábado, 9 de outubro de 2010

Viver mais: conquista ou problema?

Viver mais: conquista ou problema?
   Waldenir de Bragança
Com uma das maiores populações idosas do mundo,
o Brasil precisa responder logo a essa pergunta
crescimento acelerado da população idosa – com 60 anos ou mais – encontrou a nossa estrutura socio- cultural despreparada. Até pouco tempo, o Brasil era uma nação de jovens. Agora, caminhamos para nos tornarmos o sexto país do mundo em número de idosos – cerca de 20 milhões de brasileiros. O mesmo processo de envelhecimento populacional ocorre em outros países. A ONU estabeleceu em 1991 os Princípios para as Pessoas Idosas, estimulando os governos a incluí-los em seus programas para assegurar dignidade a esses indivíduos.
   Dispositivos constitucionais e medidas legais de proteção ao idoso surgiram desde então no Brasil, como a Lei 8.842/1994 (Política Nacional do Idoso) e a Lei 10.741/2003 (Estatuto do Idoso). Elas integram os esforços para amenizarmos as diferenças e promovermos a integração social dessas pessoas. Mas não se pode apenas esperar as políticas públicas e o cumprimento das leis. É fundamental criarmos uma consciência coletiva através da nossa participação e buscarmos o indispensável foco dos meios de comunicação para evitarmos o agravamento das situações já reveladas – e, sobretudo, sentidas pela população idosa.
   O Dia Internacional do Idoso, comemorado em 27 de setembro, tenta chamar nossa atenção para o panorama existente na sociedade que “inventou” a velhice, produzindo uma reflexão sobre o nosso comportamento com e na terceira idade, e o desenvolvimento de uma nova postura, solidária e inteligente, em relação a essa etapa da vida – mesmo porque todos nós queremos chegar lá. Essa é uma oportunidade especial para alertarmos e sugerirmos providências para o envolvimento de todos no processo cultural de valorização e respeito àqueles que alcançaram uma idade maior. Há duas faces a serem tratadas em relação a essa questão: a governamental e a nossa, no papel de cidadãos ativos.

   Ilustre galeria
   A história registra uma vasta relação de pessoas que fizeram importantes contribuições à humanidade quando já estavam na terceira idade. Essa lista é integrada por cientistas, estadistas, escritores, religiosos, poetas, músicos, pintores, filósofos, jornalistas e profissionais de várias áreas, verdadeiros exemplos para a nossa mudança de atitude em relação ao valor dos que possuem cabelos brancos. Entre os que permaneceram ativos nessa etapa da vida, podemos citar, entre outros, Sófocles, Kant, Ghandi, Golda Meir, Churchill, Einstein, Thomas Edison, Voltaire, Vitor Hugo, Cervantes, Leonardo da Vinci, Monet, Renoir, Goya, Cézanne e Picasso. Gladstone foi chefe de governo pela quarta vez aos 84 anos; dos 92 aos 95, Adenauer conduziu a Alemanha no pós-guerra; Bernard Shaw ganhou o Prêmio Nobel produzindo com mais de 70; Verdi criou “Otelo e Falstaff” entre os 74 e os 80 anos; Ticiano terminou o “Cristo Coroado” aos 85; Michelangelo pintou a Cúpula da Basílica de São Pedro aos 75; Galileu inventou o telescópio aos 74; Goethe terminou o “Fausto” com mais de 80; Helena Rubinstein ensinava a mulher a ser mais bela aos 90 anos; até sua morte, aos 84, João Paulo 2o consolidou-se como a maior liderança mundial de seu tempo. Entre os brasileiros, podemos citar Teixeira de Freitas, Sobral Pinto, Austragésilo de Athayde, Roberto Marinho, Barbosa Lima Sobrinho e Oscar Niemeyer – e ainda poderíamos citar muitos outros que deixaram marcas indeléveis.
   “Os homens só envelhecem quando os lamentos substituem seus sonhos”, afirmou John Barrymore. É bom distinguir entre ser idoso e ser velho. Ser idoso é estar vivendo há muitos anos e ainda interessar-se pela vida, colaborar com a experiência acumulada. É olhar para frente, participar do momento com esperança, colocar o sol em cada manhã da vida para iluminar caminhos. Ser velho, por sua vez, é olhar para trás e reclamar do ontem nublado, queixar-se com tristeza e mágoa do que passou e lamentar o que não foi conquistado. É desligar-se do que ocorre à sua volta, considerar-se “aposentado”, “inativo”... O idoso sabe que aposentadoria não é exoneração da vida – ele prossegue útil e prestativo. Agradece a Deus o dom da vida. Para ele cada dia é uma oportunidade de criar novas amizades. Ele se estima e demonstra que merece ser respeitado. Nunca se diminui. Sabe sorrir, conviver e combater o tédio e o vazio da vida. Só envelhecemos quando enrugamos a alma, que só enruga quando perdemos os sonhos e os ideais.

   Ampliando as ações
   A nós, rotarianos, cabe um importante papel esclarecedor. Devemos saber aproveitar o nosso potencial influenciador para fazermos e levarmos a fazer, trocando energias positivas e nos confraternizando com esperança para vivermos melhor e ajudarmos as pessoas a viverem bem a idade que têm. É necessário ampliarmos as ações nesse sentido. Os Probus Clubes estão surgindo, congregando pessoas da terceira idade – entre 60 e 80 anos – e da quarta idade (com mais de 80 anos) para prestarem serviços e serem exemplos atuantes, como vigoroso braço rotário para abraçar e estimular outros idosos, promovendo campanhas destinadas a melhorar as condições de vida nessa faixa etária.
   O Rotary é uma escola viva de integração e valorização da dignidade humana. É a vacina contra a solidão – tragédia evitável da terceira idade.

idoso feliz




Idosos, como viver bem e feliz com a vida

Envelhecer já foi um milagre, um sonho e também uma sentença cruel. Nossos poetas românticos, por exemplo, almejavam a vida curta, cravejada de muita tosse, e olhos fundos, aureolados de acentuadas olheiras. E quando a vida se estendia, sentiam-se traídos pelo Destino, envergonhados diante da posteridade. Consta mesmo que um deles, aos 22 anos, preocupado com a hora final que tardava a soar, declarava-se com 20 anos - a fim de ampliar a chance de ser colhido ainda na juventude. Acabou não desapontando ninguém, nem a si próprio. Foi ceitado aos 23 anos. De tuberculose, claro, como era moda.
Não fosse o fim precoce de seus autores, a maior parte da poesia romântica não teria sido escrita. A maior e a melhor, porque em toda a obra de Álvares de Azevedo poucos poemas de comparam à beleza de "Se Eu Morresse Amanhã". O poeta deu o último suspiro aos 20 anos.
Assim também se foram para sempre Castro Alves, com 24 anos, Cassimiro de Abreu, com 21, e Junqueira Freire, com 22. Já Fagundes Varela, contrariando a tendência da época, partiu aos 33 anos. E Gonçalves Dias, já um ancião, aos 41 anos.
Mas isso sãohistórias do século XIX, quando viver não estava na moda. Hoje, mais do que viver simplesmente, está na moda e alegria de viver. De viver bem e largamente.
Sim, a ciência tem feito grandes progressos, ampliando o nosso tempo no mundo, pondo ao nosso alcance novos recursos para uma existência mais saudável. A vida ganhou em qualidade, prorrogando a juventudo, sem com isso perder os benefícios da longevidade benvinda, que nos encontra com a cabeça boa e os cinco sentidos bem conservados. E tem sido isso o que vemos todos os dias: as pessoas se sentirem, se não cada vez mais jovens, cada vez menos velhas.
Como sinais exteriores, o jeans, a bermuda, a camiseta e o tênis deixaram de ser de uso exclusivo dos jovens e foram incorporados or gente de todas as idades, homens e mulheres, numa democratização dos costumes. E até as tatuagens podem ser vistas em muitos senhores e senhores, os mesmos que não gostam de ser chamados de tios e tias pelos amigos dos filhos e dos netos.
Tenho 76 anos. O mais velho dos meus filhos está com 56 anos e o mais novo, 17. Me lembro que, quando nasceu o primeiro, me senti repentinamente envelhecido aos 19 anos. Quando o mais novo veio ao mundo, um sopro de juventude me alcançou e reforçou minha esperança e minha vontade de viver: eu tinha 58 anos. Meu pai, antes dos 60, apesr de saudável, já não sonhava nem fazia planos. Quando se aposentou, mandou também para a aposentadoria a esperança e o futuro. Futuro? Se aos 50 anos um chefe de família, bem da vida, não tivesse feito um bom seguro de vida e lavrado em cartório um testamento, passava por irresponsável. Era, portanto, no futuro dos descendentes que ele tinha que pensar. O dele já era.
Pertence também ao passado o estigma de solteirona que alcança a mulher aos 25 anos. Imortalizada por Balzac, a mulher de 30 anos vivia, nessa idade, a plenitude de sua beleza e feminilidade. Precisava desfrutar rapidamente esse período, que durava, com muita sorte, até os 35 anos. Daí em diante começava a descer a escada da vida, como se dizia, ou - mais cruelmente flando. a entrar em declínio. Hoje não se cobra casamento de mulher em idade nenhuma e as de 50 e até 60 vivem momentos de glória. São elas as balzaquianas dos temos atuais. Usam os recursos da ciência, é certo. A cosmética expande-se, a nutrição é uma especialização universitária, proliferam as academias de ginástica e há cada vez mais adeptos das caminhadas e da ioga. Mas, ao lado disso, as mulheres conquistaram também uma infra-estrutura hormonal e emocional. São elas que vivem, hoje, com mais intensidade e que desfrutam maior prestígio social e profissional. Sâo principamente as que amam com mais entrega e despreendimento, generosas na oferta do prazer, mas que também não abrem mão de uma reciprocidade que lhes dê a mesma satisfação. Não dão, trocam. Não se oferecem, conquistam.
Vivemos hoje esse temo solar, que ilumina os nossos dias e enche de luar as nossas noites. A idéia do amor à vida e à felicidade em qualquer idade nãoé nova, mas por muito tempo esteve camujflada por outra idéia: a de que o prazer é patrimônio da juventude. Não é. Vale lembrar, para terminar, uma reflexão de Sófocles, feita 400 anos antes de Cristo: "Ninguém ama tanto a vida como a pessoa que envelhece".
Vida longa e feliz para todos!
(texto de Manoel Carlos, jornalista profissional


    


Contratando um cuidador

Escolhendo um cuidador profissional

Cedo ou tarde virá um tempo onde você perceberá repentinamente que a carga física e emocional de se cuidar de um velhinho é simplesmente demais para você. O que fazer ?

É chegada a hora de procurar um cuidador profissional. Recentemente o ministério do trabalho incluiu a categoria de cuidador de idosos no cadastro brasileiro de ocupações, o que significa que ela passou a existir oficialmente como uma ocupação; no entanto, a realidade nem sempre é tão bela assim.

Cuidadores profissionais de idosos costumam ser caros; eu já escrevi inclusive um texto falando da minha experiência pessoal com a questão. Assim, decidi colocar algumas perguntas que você se deve fazer e fazer ao cuidador na hora de selecioná-lo, baseadas em minha experiência pessoal.

1) Devo contratar um cuidador profissional
Depende. Se o seu velhinho ainda manter um certo grau de independência, você pode contratar uma empregada para cuidar das tarefas domésticas enquanto você cuida do idoso, ou você pode contratar uma espécie de dama de companhia para ficar ao seu lado e ocupar seu tempo. Se você tiver tempo livre, pode se valer de um terapeuta ocupacional para preencher o tempo do idoso, ganhando algumas horas para você.

2) Quais são as características que devo procurar em um cuidador ?

Acredito que o fundamental é que haja uma empatia entre o cuidador e o idoso; o velhinho deve gostar da pessoa e se sentir confortável ao seu lado. A pessoa deve ser paciente e gentil, e não surtar em crises, como acidentes ou acessos de raiva do idoso.

Caso você esteja contratando uma empregada ou dama de companhia, certifique-se de que ela aceitará tarefas como levar o velhinho ao banheiro, dar banho e vestí-lo. Experiência anterior com idosos ou em hospitais/clínicas de repouso contam pontos.

3) Devo contratar um enfermeiro ?
Só quando a evolução da doença o fizer necessário; se o seu velhinho ainda não necessita de monitoração médica constante, não é preciso. Enfermeiros são caros.

4) Que tipo de referências devo solicitar ?

De preferência, referências vindas de ocupações similares como clínicas de repouso e casas com idosos. Como em toda contratação, você terá que confiar sua casa e seu bem mais precioso, seu velhinho, a uma pessoa estranha; assim, todo cuidado é pouco. Procure indicações aos seus amigos e vizinhos, sempre há alguém que conhece ou conheceu um cuidador ou uma casa onde um idoso era acompanhado.

5) Alguma pergunta que devo fazer ao entrevistar o candidato ?

Além de certificar-se que a pessoa estará à vontade com a tarefa de levar o idoso ao banheiro, banhá-lo e vestí-lo, verifique se o cuidador também terá disponibilidade para eventualmente dormir em sua casa, caso você precise viajar, se é capaz de interpretar e decorar uma tabela de horários para medicamentos e se a pessoa pode ser contatada fora do horário de trabalho em caso de emergências.

6) Devo registrar o empregado ?

Sim, para sua própria segurança e a do cuidador contratado; a categoria e a forma na qual ele irá se enquadrar irá variar de ocupação para ocupação. Você pode procurar uma consultoria junto a um escritório contábil, se for o caso.

Lembre-se sempre: o mais importante é fazer com que seu velhinho se sinta confortável com a pessoa nova e vice-versa; você pode até relevar alguns defeitos da pessoa, desde que ela trate o idoso com carinho e respeito.

cuidadores de idoso

Cuidadores de idosos
Quando nascemos nossos pais cuidam de tudo: da nossa alimentação, higiene e bem estar. E nos enchem de carinho.

Quando somos adolescentes odiamos que se metam tanto nas nossas vidas, mas mesmo assim, no fundo, adoramos chegar em casa e o almoço estar fresquinho nos esperando ou quando voltamos daquela festinha e nossos pais estão acordados, preocupados com o nosso retorno seguro.

Quando, finalmente, ficamos adultos, conquistamos nossa independência financeira e montamos nossa família, ainda assim, dependemos dos cuidados dos nossos pais, seja num telefonema saudoso para saber como estamos ou para ficarem com os netos para passearmos.

Mas, com o passar do tempo, nossos queridos pais tão zelosos envelhecem e somos nós que passamos a cuidar deles. Essa inversão de papéis (de cuidados para cuidadores) pode trazer muita angústia e dúvidas. E isso é muito natural.

Alguns pais apenas envelhecem, outros adoecem, mas todos precisam de cuidados.

O papel do cuidador é fundamental para a pessoa com idade mais avançada ou com algum grau de dependência. Esse cuidador pode ser um filho, um amigo da família, um vizinho, um parente ou uma pessoa contratada para essa finalidade.

Cuidar de um idoso não é só lhe fazer companhia; não é só lhe dar os remédios na hora prescrita; não é só lhe servir as refeições (e, em alguns casos, ajudá-los a comer) e não é só lhe medir a pressão arterial ou verificar a temperatura.

Cuidar de um idoso é também dar atenção as suas longas conversas, que podem ser cansativas; é também levá-lo, quando possível, a passeios ou a desenvolver atividades que lhe dão prazer; é também dar carinho, amor e se doar.

Em alguns países, é recomendado que as férias dos cuidadores sejam diferenciadas, pois o seu papel pode ser muito estressante, demanda muita atenção, dedicação e responsabilidade.

Por isso, quando se escolhe uma pessoa (ou quando somos escolhidos) para cuidar efetivamente de um idoso devemos ter em mente que é alguém tão ou mais especial que a pessoa a ser cuidada para que possa exercer a sua função com muito esmero.

Certifique-se que o cuidador realmente tem condições físicas e psíquicas para o bom desempenho da tarefa, se é alguém dotado de muita paciência, se está habilitado a reconhecer as principais alterações orgânicas em decorrência de doenças e se sabe ler (para não dar o remédio errado, por exemplo).

Se for contratar alguém, além desses cuidados, peça referências de antigos lugares onde trabalhou, peça para trazer um comprovante de residência no nome da pessoa e seus documentos pessoais, se fez algum curso de auxiliar ou técnico de enfermagem peça também o certificado de conclusão do curso (entre em contato com o curso para confirmar, caso ache necessário).

Se possível, peça para a pessoa trazer um atestado de antecedentes criminais (o próprio candidato pede esse documento na delegacia – quem contrata não pode pedí-lo).



Dra. Gilse Siqueira Prates, é Médica (CRM 52.77294-1), formada pela Escola de Medicina Souza Marques, Pós-graduada Lato Sensu em Geriatria e Gerontologia na UERJ. Está se especializando em Neuropsiquiatria Geriátrica pelo IPUB/UFRJ como Lato Sensu.


Fonte: www.bsbsaude.com.br

Formas de lazer na terceira idade

Formas de lazer

É importante para a saúde física e mental do paciente, que ele mantenha contato prazeroso com sua família, receba visitas regulares de parentes e amigos, e se mantenha ocupado Além de um pequeno passeio diário, para tomar o sol da manhã, é recomendável que se dedique a um hobby.

À família cabe estar atenta a esses detalhes, lembrando-se de que o idoso precisa não somente de cuidados médicos, mas de carinho, compreensão e muita paciência por parte das pessoas que ele ama.

Possibilidades de acidentes com os idosos

Possibilidade de acidentes

Um entre quatro idosos cai dentro de casa, pelo menos uma vez por ano, e, em 34% dos casos, ocorre algum tipo de fratura. Esses dados da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia comprovam que o risco de queda aumenta na terceira idade.

Os fatores que concorrem para isso estão ligados à perda de firmeza nas pernas, que causam dificuldade de locomoção, justamente quando os ossos estão mais frágeis; ao deslocamento do eixo de sustentação do corpo, na medida em que a coluna vertebral se curva e o equilíbrio é afetado; à queda de pressão arterial, ao levantar-se da cama; à dificuldade de visão; ao uso de certos remédios que podem provocar tonturas; artrose; desidratação; isquemia cerebral.

O perigo do tombo para o idoso está na fase de recuperação, que, nessa fase da vida, é difícil. Permanecer imóvel por muitos dias, em geral, leva a um estado de enfraquecimento do paciente, que pode ser agravado, se precisar ficar deitado, pois há o risco de uma pneumonia.

Conforme a fratura, a do fêmur, por exemplo, há necessidade de cirurgia e internação hospitalar, que para o velho, sempre, é mais longa. O ideal é, pois, evitar, de todas as maneiras possíveis, o risco de acidentes.

Alterações, dentro de casa, a fim de evitar quedas do idoso:

· Quarto - Cama mais alta do que as comuns. A altura recomendada é de 55 a 65 centímetros. Armários com luzes internas para facilitar a visualização das roupas. Criado-mudo da mesma altura da cama, com abajur e telefone. Poltrona para vestir meias e calçar sapatos.

· Banheiro - Piso anti-derrapante. Corrimãos dentro do boxe e ao lado do vaso. Banco de plástico resistente para lavar os pés, ou, se preferir, tomar banho sentado. Ducha móvel.

· Cozinha - Bancada da pia a uma altura de 80 a 90 centímetros do chão. Piso anti-derrapante. Luz adequada sobre a pia e o fogão.

· Sala - Sofás e poltronas com altura de 55 a 65 centímetros, para maior facilidade de sentar-se e levantar-se. Disposição adequada de móveis, de modo a evitar mesinhas de centro e tapetes soltos.

· Escadas e corredores - Bem iluminados e co pisos anti-derrapantes, se possível, emborrachados.

exercícios físicos na terceira idade


Exercícios físicos

A medicina preventiva, hoje, sabe que o organismo é uma máquina cuja durabilidade é tanto maior quanto maiores forem os cuidados com sua manutenção. Os médicos têm conscientizado pacientes de todas as idades de que alimentação e atividades físicas planejadas podem prevenir muitas doenças, entre elas: obesidade, pressão alta, infarto, derrame, diabetes, osteoporose, depressão.

Exercícios adequados (caminhar, nadar, andar de bicicleta) e regulares:

· ajudam a manter o peso ideal,

· regulam as funções cardiorrespiratórias,

· fortalecem a musculatura e dão mais equilíbrio ao corpo,

· fazem o sangue fluir melhor e levar mais oxigênio para todas as partes do corpo,

· reduzem o nível de LDL, o colesterol ruim que obstrui a artérias,

· elevam o nível de colesterol bom, que ajuda a proteger contra as doenças cardíacas.

Fumo e álcool podem acarretar sérios problemas de saúde. O abuso do cigarro tem sido responsável por enfisema e câncer de pulmão, e o consumo de bebidas alcoólicas traz danos aos rins, hipertensão, além de doenças do fígado e problemas cardíacos.

Alimentação na terceira idade

erceira idade: alimentação, exercícios e lazer
A preocupação com a qualidade de vida dos idosos vem aumentando, nos países desenvolvidos, à medida em que melhores condições de higiene e avanços da medicina propiciam maior longevidade. A expectativa de vida, que, no início do século, era de 47 anos, hoje, alcança, em média, 70, com pequenas variações entre homens e mulheres.

Naturalmente, há influência de fatores ambientais e genéticos, mas, em geral, a vida urbana, que se intensificou nas últimas décadas, permitindo acesso mais fácil à assistência médica e melhores condições de moradia, trouxe a possibilidade de as pessoas alcançarem idade avançada. O envelhecimento da população, no Brasil, já tem sido tema de simpósios de Geriatria, planejamentos de saúde pública a longo prazo etc.

Mas, o mais importante é que cada família que tem um idoso em casa esteja atenta aos cuidados que devem ser tomados para que ele tenha vida saudável, como alimentação equilibrada, controle de peso, prática de alguns exercícios físicos, além de segurança no ambiente doméstico.

Alimentação adequada

A alimentação do idoso deve conter:

· Frutas, verduras, legumes frescos
· Pães, cereais, grãos, arroz, massa e feijões
· Leite e derivados
· Carnes brancas

Convém evitar enlatados e embutidos, como lingüiça, salame e salsicha, bem como frituras e grelhados. Alimentos cozidos ou assados, com pouco sal, beneficiam o coração, evitando acúmulo de gordura nas artérias, que pode causar doenças cardiovasculares. Quanto aos horários das refeições, é recomendável distribuí-las em pequenas porções mais vezes ao dia, evitando sobrecarregar a digestão com almoço e jantar abundantes.

Frutas, sucos, chás, torradas e biscoitos, gelatinas e iogurtes, sopas leves são excelentes nutrientes. Para idosos em recuperação de doenças, cirurgias, ou enfraquecidos, o médico recomendará complementos alimentares em pó, concentrados e acrescidos de vitaminas, que já existem no mercado. O importante é lembrar-se de que, nesta era de fast-food e alimentos congelados ou semi-prontos, a família deve providenciar "comidinha caseira" para o velho, cujas necessidades e cujo paladar são diferentes dos jovens.

Terceira idade e a OMS

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a terceira idade ou melhor idade - como preferir! - tem início entre os 60 e 65 anos.

Mas, esta é uma idade instituída para efeito de pesquisa, já que o processo de envelhecimento depende de três fatores principais: biológico, psíquico e social.

São estes fatores que podem preconizar a velhice, acelerando ou retardando as doenças e os sintomas da idade madura.

Cada indivíduo tem uma necessidade especial e precisa de um tipo de orientação. Mas entre os geriatras e profissionais que se dedicam a esta fase da vida, há uma dica unânime: exercício físico.

O que muda é o tipo de atividade que cada um pode fazer, neste caso a orientação de um especialista é fundamental.

É, parece um grande desafio chegar aos 60 anos com qualidade de vida! Pesquisas mostram que apenas uma pequena porcentagem da população se exercita e é, justamente, esta parcela que menos apresentará doenças na terceira idade.

Já os sedentários, aqueles que não praticam exercícios, têm grandes possibilidades de desenvolver doenças como: diabetes, hipertensão arterial, doenças cardíacas, osteoporose, obesidade, reumatismos, e, ainda, segundo explica o Dr. Julio Horta Filho, especiasta em geriatria, reumatologia e medicina preventiva, "diversas doenças podem acometer o idoso de forma associada, chegando a um quadro de polipatologia.

Todos sabem que estas são as doenças mais comuns que acometem pessoas na terceira idade, o que precisa ser esclarecido é que muitas dessas doenças são de caráter genético e, nesse caso, é preciso entrar com um conjunto de ações para efetivar a prevenção.

Quando o fator genético está presente, a probabilidade de desenvolver a doença é bem maior e, às vezes, não há ato preventivo que iniba o seu desenvolvimento.

"A diabetes, por exemplo, é uma das doenças que mais aceleram o envelhecimento e se, na sua família há um diabético e, além disso, você é sedentário e tem uma alimentação ruim, a probabilidade de apresentar a diabetes sobe demais", argumenta Horta.

Algumas dicas úteis:

faça uma dieta equilibrada, para isso procure um nutricionista
mantenha o peso adequado
pratique exercícios físicos regularmente
evite ficar estressado, isso só prejudica a saúde
exercite sua mente
evite fumar e ingerir bebidas alcoólicas
tome adequadamente os medicamentos receitados por seus médicos.

Se você está entrando na 3ª idade, precisa de um atendimento médico e não tem convênio (como 68% dos brasileiros), procure o posto de saúde mais próximo de sua residência e se informe sobre o tratamento oferecido pela rede pública de saúde.






Viver bem na terceira idade

bem na terceira idade

os vários aspectos que fazem parte da vida, o lazer é um dos responsáveis pela socialização, pela auto-estima e pela saúde física e psicológica das pessoas.

Na terceira idade, com a interrupção de compromissos, principalmente o profissional, as pessoas podem, com diversas atividades, preencher o tempo ocioso de forma criativa e visando o bem-estar. As atividades físicas podem ser importantes instrumentos de recreação e lazer para essa fase da vida.

É um período que requer um olhar atento para si mesmo, como forma de reflexão sobre o passado e – por que não? – de projeção do futuro. Os exercícios físicos, por exemplo, podem ser considerados um remédio para o corpo e para a alma.

Além das atividades tradicionalmente consolidadas (como as caminhadas, a hidroginástica e a natação), surgem, a cada dia, novas modalidades de recreação e esporte voltadas para a terceira idade.

Uma delas é a prática de caminhadas em trilhas ecológicas, as quais surgiram inicialmente para atingir o público jovem, e que hoje, porém, já possuem adeptos de todas as idades.

Mas, mesmo que alguns idosos não se interessem por atividades físicas, nem tudo está perdido...

Outras formas de lazer, como bons programas de televisão, jogos de baralho ou damas, bingos, bailes, peças de teatro, filmes e apresentações musicais ou de dança podem ser o caminho para a integração com outras pessoas e a troca do mal humor pelo riso.

O que não dá é para ficar o tempo todo parado, senão “enferruja”.


Fonte: techwayAs mudanças na terceira idade
Ao longo dos anos o metabolismo torna-se mais lento e já não tem a mesma capacidade de absorver nutrientes e eliminar gorduras.

A conseqüência direta disso é o aumento de peso e a diminuição da massa muscular.

Para amenizar os efeitos, fazer uma atividade física é muito importante.

Qualquer esporte, praticado por 30 minutos de maneira intercalada ou contínua, três vezes por semana, contribui bastante para o bem-estar físico e mental.

O uso de prótese dentária diminui a força da mastigação em aproximadamente 50 e 60%. Considerando isso, o idoso tende a optar por alimentos macios e fáceis de triturar.

No caso de maiores dificuldades, a consistência dos alimentos pode ser modificada.

Outra característica comum é a alteração do paladar, para sentir o sabor dos alimentos. O idoso pode ter dificuldade para discernir certos gostos, principalmente o azedo e o ácido.

A sensação do doce fica mais forte e o salgado pode demorar mais para ser percebido. É preciso ter atenção na hora de cozinhar, para não salgar demais a comida.

A falta de apetite ou qualquer outra irregularidade deve ser conferida com um médico. Nada de ingerir suplementos vitamínicos sem orientação.

A auto-medicação é sempre muito perigosa.


Fonte: saudebrasilnet
idade da sabedoria

Envelhecer com mel ou fel?

Envelhecer bem
Envelhecer: com mel ou fel?
por Elaine de Sousa

"Conheço algumas pessoas que estão envelhecendo mal. Desconfortavelmente. Com uma infelicidade crua na alma. Estão ficando velhas, mas não estão ficando sábias".

E como ele, ao longo dos anos, centenas de pessoas escreveram e filosofaram sobre envelhecer, processo natural da vida, que representa um período fisiológico com suas características próprias, pelo qual todo ser humano passa. Mas, nem sempre o envelhecimento é vivido e encarado como deveria.

A terceira idade, também conhecida como a maior ou melhor idade é hoje muito mais respeitada, e diversos especialistas da área da saúde se dedicam a esta fase em que é fundamental exercitar a capacidade de adaptação a novas situações.

O peso da idade, deste ponto de vista, traz à tona idéias amadurecidas e envelhecidas com os temperos do tempo e da sabedoria. Sabendo saborear essa fase, fica fácil driblar o envelhecimento do corpo.

A geriatria é a especialidade médica que trata das doenças relacionadas à terceira idade. Mais do que isso, hoje, a geriatria busca a prevenção das doenças que podem se desenvolver durante o processo do envelhecimento físico.

Mas, ao contrário do que muitos pensam, o período conhecido por velhice não está associado a doenças. Tudo depende de você. É uma questão de conduta, de postura diante da vida e do seu próprio organismo.

Em vez de se entregar ao peso da idade, aprenda a degustar a sabedoria que o tempo lhe trouxe. Utilize sua experiência para desafiar os obstáculos do cotidiano.

Uma corrida a favor do tempo, a favor da vida
Correr ao encontro da saúde é o que grande parte da população do Brasil tem feito nos últimos tempos e parece que ter uma vida saudável é um sonho possível de se realizar.

Não é raro encontrarmos velhinhos caminhando nas praças, correndo nas pistas de cooper, "mexendo os esqueletos", tudo em nome da tão almejada qualidade de vida.

Mas, essa corrida também deve partir de forças administrativas e da própria sociedade no sentido de manter e de melhorar os programas direcionados para os grupos de terceira idade.

O SESC - Serviço Social do Comércio, assim como grande parte das universidades brasileiras, investe pesado em programas de atenção à terceira idade, com atividades nas áreas sociais, físico-esportivas, de expressão e cultural.

Bons resultados já podem traduzir esses investimentos, como o aumento da expectativa de vida entre os brasileiros.

De 41,5 anos na década de 40, a esperança de vida ao nascer cresceu para 67,7 anos na de 90, alcançando uma média de mais de 5 anos por década, conforme informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Por outro lado, a ampliação da expectativa de vida da população brasileira aumenta a demanda por serviços médicos.

A gerontologia, ciência que estuda o processo do envelhecimento, considerando aspectos socioculturais e econômicos, é uma área que tem colaborado - e muito! - para a efetivação dos direitos dos idosos e quando associada à geriatria, procura integrar o cidadão a um novo cenário da vida, assegurando-lhe saúde e bem-estar.


Fonte: www.centrinho.usp.br





Terceira idade feliz

sete mandamentos para uma terceira idade feliz
1º Mandamento: Perdoar

Guardar mágoas, cultivar histórias mal resolvidas, sem fechar essas portas de vez, pode ser tão prejudicial quanto não controlar o colesterol.

2º Mandamento: Ser solidário

Altruísmo, aquele que faz pelos outros o que gostaria que se fizesse por ele. Essa regra áurea de amor ao próximo é muito importante para se ter sucesso na Terceira Idade.

3º Mandamento: Ser grato

Saber ser grato a tudo: aos pais, aos filhos, à família, à escola, etc., com certeza lhe fará ser uma pessoa mais feliz. Logo, a saúde também se constrói com gratidão. Devemos nos lembrar que viver é estar sempre à espera de uma atitude positiva.

4º Mandamento: Não se sentir doente (mesmo que esteja).

É outra revelação da ciência: envelhece bem quem, mesmo doente, não se sente doente.

5º Mandamento: Reinventar a aposentadoria

Ter uma ocupação é um dos principais mandamentos do envelhecer saudável. Procure manter-se em atividade, mesmo que seja em um trabalho voluntário (creches, asilos, etc.).

6º Mandamento: Ser feliz no casamento

Foi uma das grandes descobertas da Universidade de Harvard: um casamento feliz na maturidade quase sempre leva a um bom envelhecimento.

7º Mandamento: Gostar de Viver

Este é o último ensinamento da pesquisa: ainda que todos tenham problemas, por piores que pareçam, envelhecer e ser feliz não é sonho, pois, para isso, podemos também contar com a ajuda do outro, das pessoas boas que passam por nós.

A doença, a fragilidade, a inatividade, a dependência e a solidão, são imagens que devem
ser afastadas da Terceira Idade.

A família deve assumir a sua importância e responsabilidade perante o idoso; compreendendo-o, apoiando-o e protegendo-o, pois esse comportamento é importante para a construção e consolidação desta fase feliz da existência, que é a do envelhecimento com dignidade, com plena transmissão de experiência e sabedoria.


Fonte: Assim




Perigos para o idoso dentro de sua própria casa

enfrenta riscos dentro de casa
Cerca de 75% das quedas de pessoas com mais de 50 anos acontecem nas próprias residências. Riscos podem ser reduzidos com algumas adaptações

Aparentemente não há nada de errado com a decoração e a arquitetura das casas brasileiras. Hábitos comuns como encerar o piso, ter uma mesa de centro na sala e colocar tapetes nos quartos ou corredores até garantem um certo padrão de beleza às residências.

Já em relação à segurança não se pode dizer o mesmo. Cerca de 75% das quedas de idosos acontecem nas próprias casas e poderiam ser evitadas num ambiente mais favorável. De acordo com dados do Ministério da Saúde, um terço dos atendimentos de lesões traumáticas na rede pública de saúde é de idosos.

"Mais de 70% dos casos de pessoas idosas com história de quedas, acontecem dentro de casa. Em cada dez casos aproximadamente, um leva à fratura", assinala a coordenadora da Saúde do Idoso do Ministério da Saúde, Neidil Espínola da Costa.

Ela afirma que os acidentes com idosos são uma grande preocupação. Isso porque a recuperação física nessa fase da vida é mais difícil, mais complicada e mais lenta. Durante o período de recuperação, os idosos ficam sujeitos a desenvolver doenças pulmonares e problemas nas articulações, provocados pela falta de exercício regular.

O medo de novas quedas leva o idoso a diminuir suas atividades, provocando a síndrome da imobilidade.

O trajeto quarto-banheiro, principalmente à noite, é onde mais acontecem quedas. Na maioria das vezes, esses acidentes ocasionam fraturas do colo do fêmur.

"Noventa por cento desse tipo de fratura são causados por quedas e somente 50% dos idosos hospitalizados por esse motivo são capazes de retornar às suas atividades de vida independentemente", observa Neidil Espínola.

Outros tipos de acidente, como queimaduras, também são freqüentes com idosos em casa. É comum, por exemplo, eles esquecerem de fechar o gás de cozinha após o uso.

Por isso, é recomendável instalar um dispositivo de alarme no fogão para identificar se está vazando gás. "O idoso corre mais risco em casa até mesmo do que as crianças", ressalta Neidil Espínola.

Adaptações simples garantem uma casa segura

Tornar a casa um ambiente mais seguro de se viver, principalmente para idosos e crianças, não é tão complicado quanto pode parecer. Pequenas mudanças na decoração e organização dos móveis já fazem diferença.

E o melhor é que para isso não é necessário um gasto muito elevado. "Na verdade, o custo de uma casa considerada mais segura não é maior em relação às outras; a diferença está no projeto arquitetônico e decorativo, que deve ser repensado", destaca Neidil Espínola

Segundo Neidil, é preciso repensar a altura dos armários, a iluminação, a organização dos móveis e a utilização de escadas, entre outros detalhes.

Nos quartos, por exemplo, o ideal é que a cama e o colchão não sejam nem muito altos nem muito baixos, com uma altura de aproximadamente 45 cm. É bom ainda que a cama seja larga para que, ao se movimentar, o idoso não caia.

O piso não deve ser escorregadio e, se possível, é bom evitar o uso de tapetes, principalmente nos corredores. Nas casas com escadas, recomenda-se altura máxima de 15 cm entre os degraus, piso antiderrapante e sinalização diferenciada no primeiro e último degraus.

"É essencial que o corrimão das escadas vá além do último degrau", destaca Neidil.

No banheiro, são recomendadas a instalação de barras de apoio e a adoção de portas largas e, de preferência, não deve haver box nem tapetes. Os armários e estantes da cozinha devem estar na altura da cintura ou do peito para facilitar o acesso dos idosos aos utensílios.

Assim, evita-se que eles subam em escadas para pegar algo e enfrentem o risco de quedas. Os móveis devem ser resistentes para apoio e não estejam posicionados em locais de passagem.

Sofás e cadeiras devem ser mais altos e ter braço de apoio para auxiliar o idoso a se levantar. É preciso um cuidado especial com os interruptores, que devem estar próximos às portas, em altura mediana.

"É importante ainda que não haja grandes mudanças de iluminação nos diferentes cômodos da casa", conclui Neidil Espínola.


Fonte: Ministério da Saúde

Quando envelhecemos...


  Quando envelhecemos...
·                          Aspectos bio-psico-sociais do envelhecimento
·                          Fisiologia do envelhecimento
·                          Abordagem das doenças mais comuns do idoso
·                          O cuidado com o cuidador
·                          Importância da autonomia e independência do idoso
·                          Abordagem da demência
·                          Abordagem da doença de Alzheimer
·                          Planos de cuidados 
·                          Atividade física e o idoso
·                          Cuidados de enfermagem (feridas, higiene, auto-cuidado)
·                          Prevenção de quedas 
·                          A Terapia Ocupacional e o idoso
·                          Intervenção da Fonoaudiologia (Abordagem dos défcits de deglutição, audição, comunicação)
·                          Aspectos nutricionais no envelhecimento
·                          Ética profissional
·                          Abordagem psicológica do cuidador (controle emocional, sentimentos despertados pelo ato de cuidar)
·                          Abordagem de finitude (morte)
·                          Estágio supervisionado em instituição de longa permanencia (asilo).





Importância do cuidador de idoso

importância do cuidador
Muito se escreveu e pesquisou nos últimos anos sobre o cuidador. Com a mudança nas características etárias da população brasileira, sobretudo o aumento da população idosa nos últimos anos e as modificações na família brasileira – diminuição dos seus membros, a saída da mulher para o mercado de trabalho e a multiplicação de domicílios chefiados por mulher – tornam  este tema cada dia mais importante. No entanto, são ainda poucas as ações de maior impacto, especialmente do poder público, no sentido de criar medidas de apoio concreto aos cuidadores. Temos projetos de treinamento de cuidadores que multiplicam-se sob a iniciativa de hospitais como o Hospital Belo Horizonte , de universidades ou de organizações não-governamentais(ONGs). Até hoje, mesmo em países mais ricos, a maioria dos idosos, cerca de 95%, continua a ser cuidada pela família.


Quem é o cuidador de idosos?
     Ele pode ser formal (profissional) ou informal ( familiar),  domiciliar( quando cuida em casa) ou  institucional (quando cuida do idoso numa instituição de longa permanência, o asilo.) É uma atividade exercida mais freqüentemente por mulheres. O que distingue essas duas categorias de cuidadores é:
1- O cuidador remunerado( formal) é uma pessoa que recebe treinamento específico para a função e mantém vínculos profissionais para exercer a atividade de cuidar, mediante uma remuneração.
2- O cuidador voluntário( informal) é uma pessoa que, tendo relação familiar, de amizade ou vizinhança, se encarrega ou assume os cuidados de um  idoso dependente dentro do domicílio.O cuidador de idosos já é uma ocupação reconhecida pelo Ministério de Trabalho e Emprego desde o ano  2000  com todos os direitos de um trabalhador domiciliar e o seu código é 5162-10.
    As funções do cuidador  envolvem o acompanhamento nas atividades diárias como alimentação, higiene pessoal, vestuário quando o idoso for dependente, prevenção de quedas e acidentes domésticos, a promoção do bem-estar do idoso,  o acompanhamento aos compromissos como médicos, dentistas, fisioterapia,  igreja, visitas, banco, etc,  a estimulação da autonomia e  da independência do idoso. O cuidador é essencial para a melhoria da qualidade de vida do idoso que apresenta um grau maior ou menor de dependência. E´a “âncora” para o idoso.
    O cuidador é uma pessoa de qualidades especiais, expressas pelo forte traço de amor ao ser humano, de solidariedade e de doação. Seus préstimos têm sempre um cunho de ajuda e apoio, com relações afetivas e compromissos positivos. O cuidador deve ter facilidade de trabalhar em equipe,  saber lidar com as limitações e dificuldades do idoso dependente, acreditar na importância do seu trabalho, ter capacidade para atividades lúdicas como dançar, contar histórias, inventar jogos, ter capacidade para suportar perdas e a vivência da morte,  manter a capacidade e o preparo físico, emocional e espiritual; demonstrar educação, boas-maneiras e discrição, obedecer às normas e conduzir-se com moralidade. A qualificação e o treinamento para a função são essenciais.





















cuidador de idoso

Declaração dos Direitos dos Cuidadores - Presentation Transcript
1.                               DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DOS FAMILIARES E CUIDADORES
2.                               Tenho direito de cuidar de mim
3.                               Tenho direito de receber ajuda e participação dos familiares, nos cuidados do idoso dependente
4.                               Tenho direito de procurar ajuda
5.                               Tenho direito de ficar aborrecido, deprimido e triste
6.                               Tenho direito de não deixar que meus familiares tentem manipular-me com sentimentos de culpa
7.                               Tenho direito de receber consideração, afeição, perdão e aceitação de meus familiares e da comunidade
8.                               Tenho direito de orgulhar-me do que faço
9.                               Tenho direito de errar e de ser desculpado por isto.
10.                            Tenho direito de proteger a minha individualidade, meus interesses pessoais e minhas próprias necessidades
11.                            Tenho direito de receber treinamento para cuidar melhor e de ter tempo para isto.
12.                            Tenho o direito de dizer NÃO à trabalhos excessivos, inapropriados e pouco realistas!
13.                            Tenho direito de ser feliz


Perfil do cuidador
PERFIL DO CUIDADOR INFORMAL( FAMILIAR):  pessoas de ambos os sexos, pertencentes à família, que devem ser alfabetizadas, gozar de boa saúde física e mental, possuir noções básicas sobre o cuidado do idoso e uma compreensão do processo de envelhecimento humano.
 
PERFIL DO CUIDADOR FORMAL (PROFISSIONAL):  pessoas de ambos os sexos, com qualidades éticas e morais,  que estejam gozando  de boa saúde física e mental,   que preferencialmente tenham  cursado o primeiro grau, sejam  maiores de idade, tenham-se  submetido a um treinamento específico, ministrado por instituição reconhecida e com profissionais especializados. É fundamental adaptar-se aos hábitos familiares, respeitar a intimidade, a organização e as crenças da família, evitando interferências nessas crenças.
 Nos dois perfis, o cuidador deve ter treinamento específico com conhecimentos teóricos e práticos, possuir  domínio e equilíbrio emocional, ser comunicativo, paciente, receptivo, ter  facilidade de relacionamento humano, iniciativa, capacidade de compreender os momentos difíceis vividos pelo idoso, deve adaptar-se às mudanças sofridas por ele e a família, ter tolerância diante  de situações de frustração pessoal, motivação, empatia por idosos e sabedoria para vivenciar a finitude humana. Diante de um idoso com uma doença terminal, o cuidador deve procurar elaborar essa morte, procurando ouvir, consolar, “estar junto” dessa pessoa, conduzindo suas visitas e respeitando sua vontade. É fundamental que o cuidador se cuide, tenha o seu período de descanso e de lazer, cuide de sua saúde, receba apoio psicológico e religioso quando necessários, pois, a tarefa é muito árdua e desgastante e é muito freqüente o cuidador, principalmente o cuidador familiar  adoecer: ter depressão, ansiedade, estresse, hipertensão arterial (pressão alta), etc.
   Infelizmente nós brasileiros não cuidamos bem de nossos idosos. Os recursos para o bem-estar do idoso e do cuidador são insuficientes: dentre tantas coisas, faltam equipes multiprofissionais nos três níveis de assistência ao idoso: domiciliar, ambulatorial e hospitalar. O nosso país já não é um  país de jovens e se quisermos aprender a entender, respeitar e valorizar os nossos idosos, devemos nos conscientizar de alguns cuidados fundamentais como não tratá-los como incapazes e doentes, respeitar suas individualidades, ajudá-los a desenvolver aptidões, a preservar sua autonomia e independência com o objetivo de melhorar a sua qualidade de vida.
 FONTE: Seminário Velhice FragilizadaSESC- SÃO PAULO-NOV 2006 


cuidar bem de quem sempre cuidou de nós!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Cuidadores de idosos
Quando nascemos nossos pais cuidam de tudo: da nossa alimentação, higiene e bem estar. E nos enchem de carinho.

Quando somos adolescentes odiamos que se metam tanto nas nossas vidas, mas mesmo assim, no fundo, adoramos chegar em casa e o almoço estar fresquinho nos esperando ou quando voltamos daquela festinha e nossos pais estão acordados, preocupados com o nosso retorno seguro.

Quando, finalmente, ficamos adultos, conquistamos nossa independência financeira e montamos nossa família, ainda assim, dependemos dos cuidados dos nossos pais, seja num telefonema saudoso para saber como estamos ou para ficarem com os netos para passearmos.

Mas, com o passar do tempo, nossos queridos pais tão zelosos envelhecem e somos nós que passamos a cuidar deles. Essa inversão de papéis (de cuidados para cuidadores) pode trazer muita angústia e dúvidas. E isso é muito natural.

Alguns pais apenas envelhecem, outros adoecem, mas todos precisam de cuidados.

O papel do cuidador é fundamental para a pessoa com idade mais avançada ou com algum grau de dependência. Esse cuidador pode ser um filho, um amigo da família, um vizinho, um parente ou uma pessoa contratada para essa finalidade.

Cuidar de um idoso não é só lhe fazer companhia; não é só lhe dar os remédios na hora prescrita; não é só lhe servir as refeições (e, em alguns casos, ajudá-los a comer) e não é só lhe medir a pressão arterial ou verificar a temperatura.

Cuidar de um idoso é também dar atenção as suas longas conversas, que podem ser cansativas; é também levá-lo, quando possível, a passeios ou a desenvolver atividades que lhe dão prazer; é também dar carinho, amor e se doar.

Em alguns países, é recomendado que as férias dos cuidadores sejam diferenciadas, pois o seu papel pode ser muito estressante, demanda muita atenção, dedicação e responsabilidade.

Por isso, quando se escolhe uma pessoa (ou quando somos escolhidos) para cuidar efetivamente de um idoso devemos ter em mente que é alguém tão ou mais especial que a pessoa a ser cuidada para que possa exercer a sua função com muito esmero.

Certifique-se que o cuidador realmente tem condições físicas e psíquicas para o bom desempenho da tarefa, se é alguém dotado de muita paciência, se está habilitado a reconhecer as principais alterações orgânicas em decorrência de doenças e se sabe ler (para não dar o remédio errado, por exemplo).

Se for contratar alguém, além desses cuidados, peça referências de antigos lugares onde trabalhou, peça para trazer um comprovante de residência no nome da pessoa e seus documentos pessoais, se fez algum curso de auxiliar ou técnico de enfermagem peça também o certificado de conclusão do curso (entre em contato com o curso para confirmar, caso ache necessário).

Se possível, peça para a pessoa trazer um atestado de antecedentes criminais (o próprio candidato pede esse documento na delegacia – quem contrata não pode pedí-lo).



Dra. Gilse Siqueira Prates, é Médica (CRM 52.77294-1), formada pela Escola de Medicina Souza Marques, Pós-graduada Lato Sensu em Geriatria e Gerontologia na UERJ. Está se especializando em Neuropsiquiatria Geriátrica pelo IPUB/UFRJ como Lato Sensu.


Fonte: www.bsbsaude.com.br




vez que, segundo o IBGE, em 1.980 tínhamos 10 idosos para cada 100 jovens, em 2.050 serão 172 idosos para a mesmo proporção. Com uma perspectiva de 63 milhões de pessoas para 2.050, fica fácil deduzir e certificar o porquê da esperança de vida ao nascer tenha aumentado de 43,3 em 1.950, para 72,5 anos em 2.007, sendo todas elas fonte do próprio Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística




















Escolhendo um cuidador profissional

Cedo ou tarde virá um tempo onde você perceberá repentinamente que a carga física e emocional de se cuidar de um velhinho é simplesmente demais para você. O que fazer ?

É chegada a hora de procurar um cuidador profissional. Recentemente o ministério do trabalho incluiu a categoria de cuidador de idosos no cadastro brasileiro de ocupações, o que significa que ela passou a existir oficialmente como uma ocupação; no entanto, a realidade nem sempre é tão bela assim.

Cuidadores profissionais de idosos costumam ser caros; eu já escrevi inclusive um texto falando da minha experiência pessoal com a questão. Assim, decidi colocar algumas perguntas que você se deve fazer e fazer ao cuidador na hora de selecioná-lo, baseadas em minha experiência pessoal.

1) Devo contratar um cuidador profissional
Depende. Se o seu velhinho ainda manter um certo grau de independência, você pode contratar uma empregada para cuidar das tarefas domésticas enquanto você cuida do idoso, ou você pode contratar uma espécie de dama de companhia para ficar ao seu lado e ocupar seu tempo. Se você tiver tempo livre, pode se valer de um terapeuta ocupacional para preencher o tempo do idoso, ganhando algumas horas para você.

2) Quais são as características que devo procurar em um cuidador ?

Acredito que o fundamental é que haja uma empatia entre o cuidador e o idoso; o velhinho deve gostar da pessoa e se sentir confortável ao seu lado. A pessoa deve ser paciente e gentil, e não surtar em crises, como acidentes ou acessos de raiva do idoso.

Caso você esteja contratando uma empregada ou dama de companhia, certifique-se de que ela aceitará tarefas como levar o velhinho ao banheiro, dar banho e vestí-lo. Experiência anterior com idosos ou em hospitais/clínicas de repouso contam pontos.

3) Devo contratar um enfermeiro ?
Só quando a evolução da doença o fizer necessário; se o seu velhinho ainda não necessita de monitoração médica constante, não é preciso. Enfermeiros são caros.

4) Que tipo de referências devo solicitar ?

De preferência, referências vindas de ocupações similares como clínicas de repouso e casas com idosos. Como em toda contratação, você terá que confiar sua casa e seu bem mais precioso, seu velhinho, a uma pessoa estranha; assim, todo cuidado é pouco. Procure indicações aos seus amigos e vizinhos, sempre há alguém que conhece ou conheceu um cuidador ou uma casa onde um idoso era acompanhado.

5) Alguma pergunta que devo fazer ao entrevistar o candidato ?

Além de certificar-se que a pessoa estará à vontade com a tarefa de levar o idoso ao banheiro, banhá-lo e vestí-lo, verifique se o cuidador também terá disponibilidade para eventualmente dormir em sua casa, caso você precise viajar, se é capaz de interpretar e decorar uma tabela de horários para medicamentos e se a pessoa pode ser contatada fora do horário de trabalho em caso de emergências.

6) Devo registrar o empregado ?

Sim, para sua própria segurança e a do cuidador contratado; a categoria e a forma na qual ele irá se enquadrar irá variar de ocupação para ocupação. Você pode procurar uma consultoria junto a um escritório contábil, se for o caso.

Lembre-se sempre: o mais importante é fazer com que seu velhinho se sinta confortável com a pessoa nova e vice-versa; você pode até relevar alguns defeitos da pessoa, desde que ela trate o idoso com carinho e respeito.



Fale comigo..
Maria junqueira