Os cuidados com o banho e a higiene do idoso dependente
Devemos lembrar das atividades de vida diária (vestir-se, usar o sanitário, ter continência, alimentar-se, locomover-se e banhar-se), que pelo menos três destas atividades relacionam-se com o banho e a higiene do idoso. Quanto mais dependente e quanto menor for a capacidade funcional do idoso, haverá, então, piores condições de exercer estas atividades básicas de vida diária. Usar o sanitário, banhar-se e ter continência falam diretamente ao título deste artigo.
Diversas condições e doenças aparecem como causas, quando o idoso já não quer ou não consegue ter condições de manter o auto-cuidado. Acidente vascular cerebral, doença de Alzheimer, depressão, patologias relacionadas à coluna vertebral e doenças da visão são as doenças mais relacionadas à perda de autonomia e independência e, consequentemente, piora na manutenção do auto-cuidado.
A boa higiene do idoso se reflete na limpeza dos cabelos e do couro cabeludo, na limpeza de todo o corpo e na higiene íntima. A cavidade oral e a limpeza das gengivas, próteses e dos dentes também é fundamental. A seguir, passaremos a orientação sobre a boa prática do banho e da higiene do idoso:
BANHO
Para que o banho do idoso seja completo e eficaz, tenha sempre à mão:
• material para a higiene genital: anti-séptico de mucosas, gazes esterilizadas, comadre (urinol chato para os doentes que não podem se levantar);
• saco plástico para roupa suja;
• roupa limpa para o idoso, e fralda, caso seja necessário;
• xampu e secador;
• hidratante, colônia, espelho;
• bacia, água morna, sabão neutro, esponjas descartáveis, toalha, forro;
• biombo, caso seja necessário para manter a privacidade;
• roupa de cama limpa, forro de plástico para não molhar o colchão;
• luvas descartáveis e avental impermeável.
• arrumar o material a ser utilizado;
• ajustar a temperatura da água e a do ambiente;
• possuir o prontuário do paciente, caso seja um profissional;
• se necessário, colocar um biombo, para fornecer mais privacidade.
Algumas técnicas para o cuidador dar o banho:
• após lavar as mãos, colocar as luvas;
• tirar a roupa do idoso, ocultando as áreas do corpo que não estão sendo higienizadas;
• à medida que for lavando, secar e hidratar as partes do corpo, sobretudo as regiões de fácil esfoliação;
• com o idoso deitado de barriga para cima, e mantendo a cabeceira da cama um pouco elevada, lavar o rosto com água, utilizando uma gaze sem sabão;
• usando uma esponja com sabão, lavar braços, pernas, axilas, tórax, região submamária (embaixo das mamas), abdômen, pernas e pés, não esquecendo de lavar entre os dedos;
• retirar o sabão com água limpa;
• posicionar o paciente na lateral, e com outra esponja ensaboada, lavar o pescoço, as costas, as nádegas e a parte de trás das pernas;
• colocar o idoso novamente de barriga para cima e lavar a região genital, boca, olhos e cabelo.
• mudar a roupa de cama;
• colocar roupa limpa no idoso;
• deixar o paciente em uma posição confortável e adequada;
• recolher a roupa suja;
• jogar fora o material de uso descartável;
• fazer a limpeza e desinfecção da bacia, do pente e da comadre (urinol);
• arrumar o quarto.
Para lavar os cabelos:
• colocar o paciente de barriga para cima de forma que a cabeça fique livre. Para isto, pode-se retirar o travesseiro e colocar alguns lençóis enrolados embaixo dos ombros;
• forrar a cama para que não fique molhada e colocar uma bacia debaixo da cabeça do idoso;
• colocar tampões de algodão no ouvido do paciente;
• molhar o cabelo, aplicar o xampu e enxaguar com bastante água;
• enxugar o cabelo com uma toalha, e, se for possível, usar um secador;
• pentear e escovar o cabelo do idoso.
Já na parte de higiene da boca e dos dentes, damos as seguintes dicas:
• reunir todo o material: escova de dente, pasta de dente, anti-séptico oral, gases esterilizadas, espátula;
• misturar, em um recipiente, o anti-séptico e a água em partes iguais;
• pegar uma espátula e envolvê-la com a gaze, para que ela seja embebida na solução;
• fazer a limpeza da língua do idoso com a espátula, movendo-a de um lado para o outro para evitar náuseas. Não esquecer de limpar também as laterais e a parte superior (céu da boca) e inferior da boca, além das gengivas;
• caso o paciente possua prótese dentária, esta deve ser lavada com escova e pasta de dente;
• sempre hidratar os lábios do paciente com manteiga de cacau ou vaselina.
Finalmente, mais algumas dicas gerais para os cuidadores e familiares:
• não permitir a desconexão de sondas durante a movimentação do paciente;
• nunca molhar os curativos das feridas ou vias venosas;
• não usar álcool ou seus derivados, pois ressecam a pele. Caso seja realmente necessário, aplicar hidratante logo depois;
• proteger o idoso das correntes de ar, conservando-o sempre coberto e mantendo as janelas fechadas;
• secar direito entre os dedos e as pregas da pele;
• usar sempre toalhas macias, evitando o atrito excessivo;
• motivar o paciente a colaborar, conforme a sua capacidade e limite;
• prestar atenção à pele do idoso, para diagnosticar precocemente possíveis problemas;
• fazer a higienização uma vez por dia e sempre que for necessário;
• usar sempre o material descartável;
• proceder de maneira ágil, mas cuidadosa;
• atentar para que os materiais de higiene sejam de uso exclusivamente pessoal;
• aproveitar o momento do banho para fazer curativos e correções na postura do idoso;
• sempre seguir as medidas de limpeza recomendadas pelo médico.
(fonte: www.hospitalgeral.com.br/1_com/saudeancora03)
vidasimplesidoso
Quem de nós não sonha em ficar bem velhinho e cheio de saúde e de histórias para contar aos nossos netos?
Mas para que isso aconteça, de forma agradável, sem os percalços inerentes ao envelhecimento, devemos começar , desde já, a estudar o processo do envelhecimento para que possamos envelhecer melhor e cuidar melhos de nossos idosos. FAÇA UM CURSO PARA CAPACITAÇÃO EM CUIDADOR DE IDOSOS!
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Instituição de longa permanência
O que é instituição de longa permanência para idosos?
Se meu andar é hesitante e minhas mãos trêmulas, ampare-me…
Se minha audição não é boa e tenho de me esforçar para ouvir o que você está dizendo, procure entender-me…
Se minha visão é imperfeita e o meu entendimento é escasso, ajude-me com paciência…
Se minhas mãos tremem e derrubam comida na mesa ou no chão, por favor não se irrite, tentei fazer o melhor que pude…
Se você me encontrar na rua, não faça de conta que não me viu, pare para conversar comigo, sinto-me tão só…
Se você na sua sensibilidade me vê triste e só, simplesmente partilhe um sorriso e seja solidário…
Se lhe contei pela terceira vez a mesma “história” num só dia, não me repreenda, simplesmente ouça-me…
Se me comporto como criança, cerque-me de carinho…
Se estou com medo da morte e tento negá-la, ajude-me na preparação para o adeus…
Se estou doente e sou um peso em sua vida, não me abandone, um dia você terá a minha idade…
A única coisa que desejo neste meu final da jornada, é um pouco de respeito e de amor…
Um pouco… Do muito que te dei um dia ! (autor desconhecido)
As INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA (ILP) são estabelecimentos para atendimento integral institucional, cujo público alvo são as pessoas de 60 anos e mais, dependentes ou independentes, que não dispõem de condições para permanecer com a família ou em seu domicílio. Essas instituições, conhecidas por denominações diversas – abrigo, asilo, lar, casa de repouso, clínica geriátrica e ancianato – devem proporcionar serviços na área social, médica, de psicologia, de enfermagem, fisioterapia, terapia ocupacional, odontologia, e em outras áreas, conforme necessidades desse segmento etário (SBGG-SP).
O aumento de idosos dependentes e com necessidades especiais, torna complexo o seu atendimento nas ILPs, pois não basta proporcionar-lhes abrigo, alimentação, recreação e encaminhamento para cuidados médico-hospitalares, quando necessários. Por isso, não se pode pensar apenas num programa de assistência social. Não podem faltar dieta adequada, os cuidados diários de enfermagem e todos os programas que promovam e mantenham a autonomia do idoso, além da criação de um ambiente adequado e seguro para o idoso dependente. Temos defendido que a ILP é uma moradia, mas uma moradia especializada. Por isso, achamos apropriado o emprego da expressão, que se encontra na literatura internacional: serviço de natureza híbrida ou mista, médico-social, onde se conjugam os serviços de assistência social e de assistência à saúde. É um atendimento que exige uma equipe multi-profissional e com preparo básico em Gerontologia. (Tomiko Born – gerontóloga)
Pesquisa: Idosos no Brasil – Vivências, desafios e expectativas na 3ª idade
Instituições de longa permanência
Uma pequena parte da população brasileira tem vínculos com pessoas que estão em instituições de longa permanência, muito embora cerca de metade já tenha visitado alguma e saiba que existem instituições tanto públicas quanto particulares.
A possibilidade de poder vir a morar em uma instituição, se necessário, é algo já pensado e possível para quase dois terços dos idosos, se não houver outra opção.
A praticidade e funcionalidade das instituições, como não ter que se preocupar com os afazeres e horários são os aspectos mais positivos vistos nas instituições, porém essa mesma perda do controle sobre sua rotina é um dos aspectos que mais desagrada.
Por outro lado, a presença constante de companhia, não se sentir um incômodo para a família e ter profissionais adequados para cuidá-los são outros atrativos das instituições, mas “o problema é que as boas são muito caras”.
O que mais pesa negativamente na imagem que os idosos fazem das instituições de longa permanência é a presença de pessoas com problemas mentais, serem tratados como crianças e a sensação de que, ao entrarem, nunca mais sairão – perspectiva que se agrava associada à possibilidade de rompimento dos vínculos afetivos, a perda do contato com a família e com os amigos, visitas pouco freqüentes e a impossibilidade de passarem o dia fora quando quiserem.
A imagem de descuido causada por más condições de higiene e mal trato não são muito associadas às instituições, mas os idosos acreditam que as instituições ficariam com seu dinheiro.
• Apenas 11% da população brasileira têm parente ou amigo que vive em casas de longa permanência. Entre os idosos, este índice sobe para 15%.
• Embora o vínculo com pessoas que asiladas seja baixo, 46% dos idosos já visitou alguma instituição deste tipo.
• Mais da metade da população brasileira adulta (57%) sabe que existem tanto instituições públicas como particulares para receber idosos, 20% acham que só existem instituições públicas e 11%, só particulares.
• Quando aventada a possibilidade de, se preciso, morar em uma instituição para idosos, 39% dos idosos aderem com certeza e 22% talvez, enquanto entre os não idosos 46% afirmam que, se necessário, com certeza morariam e 24% talvez. Assim, entre os idosos 61% poderiam vir a morar em uma instituição de longa permanência, caso fosse necessário.
• No entanto, a aceitação à possibilidade de morar em uma instituição de longa permanência é vista antes como decorrência da ausência de outra alternativa, pela eventual ausência de familiares e o risco de ficar na rua.
• Para não incomodar os outros são razões que, para 16% dos idosos, justificam a possibilidade de morar numa instituição. Razões associadas à dependência, ou por não ter quem cuide ou para não depender de ninguém, são as causas de 12%.
• Um índice menor remete a possibilidade de que morar em uma instituição pode oferecer maior bem estar, por ter tratamento adequado (8%, idosos e 10%, entre não idosos) e companhia (9%, ambos os públicos).
• Por outro lado, as relações familiares são as razões mais mencionadas para não morar em uma instituição de longa permanência, devido ao fato de terem uma família e esta não permitir, a falta que sentiriam da família e para não ficarem esquecidos (23% entre os idosos e 15%, entre não idosos).
• A imagem negativa das instituições, associada à idéia de tratamento inadequado, a um ambiente associado a tristeza ou à falta de higiene e a falta de companhia, ou ainda a convivência com estranhos, são outros fatores que afastam a disposição dos idosos de morarem em uma delas.
• Para melhor conhecer o imaginário dos idosos sobre as instituições de longa permanência, algumas frases do senso comum, de caráter positivo e negativo, foram avaliadas medindo o grau de concordância dos entrevistados com as mesmas.
• Frases de caráter positivo receberam maior concordância, ressaltando a praticidade e funcionalidade das instituições tais como “os idosos não têm que se preocupar com comida e afazeres domésticos” (79%) e “tem quem controle o horário dos remédios” (76%).
• A mudança no hábito de vida, marcada pelo fato de “ter horário pra tudo e não poder ter sua própria rotina” é verdade para 71%, 68% concordam que “lá nunca estão sozinhos, tem companhia o tempo todo” e que “nas instituições o idoso deixa de ser um incômodo para a família”.. Dois terços dos idosos (66%) também concordam que nas instituições “têm profissionais adequados para tratar dos idosos”. Mas “o problema das instituições é que as boas são muito caras”.
• Idéias de caráter negativo como as de que nas instituições para idosos “há muitas pessoas com problemas mentais” recebem a concordância de 63% e pouco mais da metade concorda que “nas instituições tratam o idosos como crianças” e que “depois que o idoso entra numa instituição nunca mais sai” (56%, ambas), além do fato de que “o problema das instituições é que elas ficam com o dinheiro do idoso” (54%).
• Frases que ressaltam aspectos relacionados à perda de vínculos afetivos como “o idoso perde o contato com a família e os amigos”, “o regime de visitas nas instituições para idosos é pouco freqüente” e “o idoso não pode passear ou passar o dia fora” recebem a concordância de pouco mais que metade dos idosos.
• As frases que mereceram menor concordância foram “as instituições para idosos não têm boas condições de higiene (41%), “nas instituições para idosos a família pode vir a hora que quiser” (37%) e “nas instituições os idosos são mal tratados” (30%).
A pesquisa Idosos no Brasil – Vivências, desafios e expectativas na 3ª idade foi realizada pela Fundação Perseu Abramo por meio de seu Núcleo de Opinião Pública, em parceria com o SESC Nacional e SESC São Paulo. Data do campo: 01 a 23 de abril de 2006.
Se meu andar é hesitante e minhas mãos trêmulas, ampare-me…
Se minha audição não é boa e tenho de me esforçar para ouvir o que você está dizendo, procure entender-me…
Se minha visão é imperfeita e o meu entendimento é escasso, ajude-me com paciência…
Se minhas mãos tremem e derrubam comida na mesa ou no chão, por favor não se irrite, tentei fazer o melhor que pude…
Se você me encontrar na rua, não faça de conta que não me viu, pare para conversar comigo, sinto-me tão só…
Se você na sua sensibilidade me vê triste e só, simplesmente partilhe um sorriso e seja solidário…
Se lhe contei pela terceira vez a mesma “história” num só dia, não me repreenda, simplesmente ouça-me…
Se me comporto como criança, cerque-me de carinho…
Se estou com medo da morte e tento negá-la, ajude-me na preparação para o adeus…
Se estou doente e sou um peso em sua vida, não me abandone, um dia você terá a minha idade…
A única coisa que desejo neste meu final da jornada, é um pouco de respeito e de amor…
Um pouco… Do muito que te dei um dia ! (autor desconhecido)
As INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA (ILP) são estabelecimentos para atendimento integral institucional, cujo público alvo são as pessoas de 60 anos e mais, dependentes ou independentes, que não dispõem de condições para permanecer com a família ou em seu domicílio. Essas instituições, conhecidas por denominações diversas – abrigo, asilo, lar, casa de repouso, clínica geriátrica e ancianato – devem proporcionar serviços na área social, médica, de psicologia, de enfermagem, fisioterapia, terapia ocupacional, odontologia, e em outras áreas, conforme necessidades desse segmento etário (SBGG-SP).
O aumento de idosos dependentes e com necessidades especiais, torna complexo o seu atendimento nas ILPs, pois não basta proporcionar-lhes abrigo, alimentação, recreação e encaminhamento para cuidados médico-hospitalares, quando necessários. Por isso, não se pode pensar apenas num programa de assistência social. Não podem faltar dieta adequada, os cuidados diários de enfermagem e todos os programas que promovam e mantenham a autonomia do idoso, além da criação de um ambiente adequado e seguro para o idoso dependente. Temos defendido que a ILP é uma moradia, mas uma moradia especializada. Por isso, achamos apropriado o emprego da expressão, que se encontra na literatura internacional: serviço de natureza híbrida ou mista, médico-social, onde se conjugam os serviços de assistência social e de assistência à saúde. É um atendimento que exige uma equipe multi-profissional e com preparo básico em Gerontologia. (Tomiko Born – gerontóloga)
Pesquisa: Idosos no Brasil – Vivências, desafios e expectativas na 3ª idade
Instituições de longa permanência
Uma pequena parte da população brasileira tem vínculos com pessoas que estão em instituições de longa permanência, muito embora cerca de metade já tenha visitado alguma e saiba que existem instituições tanto públicas quanto particulares.
A possibilidade de poder vir a morar em uma instituição, se necessário, é algo já pensado e possível para quase dois terços dos idosos, se não houver outra opção.
A praticidade e funcionalidade das instituições, como não ter que se preocupar com os afazeres e horários são os aspectos mais positivos vistos nas instituições, porém essa mesma perda do controle sobre sua rotina é um dos aspectos que mais desagrada.
Por outro lado, a presença constante de companhia, não se sentir um incômodo para a família e ter profissionais adequados para cuidá-los são outros atrativos das instituições, mas “o problema é que as boas são muito caras”.
O que mais pesa negativamente na imagem que os idosos fazem das instituições de longa permanência é a presença de pessoas com problemas mentais, serem tratados como crianças e a sensação de que, ao entrarem, nunca mais sairão – perspectiva que se agrava associada à possibilidade de rompimento dos vínculos afetivos, a perda do contato com a família e com os amigos, visitas pouco freqüentes e a impossibilidade de passarem o dia fora quando quiserem.
A imagem de descuido causada por más condições de higiene e mal trato não são muito associadas às instituições, mas os idosos acreditam que as instituições ficariam com seu dinheiro.
• Apenas 11% da população brasileira têm parente ou amigo que vive em casas de longa permanência. Entre os idosos, este índice sobe para 15%.
• Embora o vínculo com pessoas que asiladas seja baixo, 46% dos idosos já visitou alguma instituição deste tipo.
• Mais da metade da população brasileira adulta (57%) sabe que existem tanto instituições públicas como particulares para receber idosos, 20% acham que só existem instituições públicas e 11%, só particulares.
• Quando aventada a possibilidade de, se preciso, morar em uma instituição para idosos, 39% dos idosos aderem com certeza e 22% talvez, enquanto entre os não idosos 46% afirmam que, se necessário, com certeza morariam e 24% talvez. Assim, entre os idosos 61% poderiam vir a morar em uma instituição de longa permanência, caso fosse necessário.
• No entanto, a aceitação à possibilidade de morar em uma instituição de longa permanência é vista antes como decorrência da ausência de outra alternativa, pela eventual ausência de familiares e o risco de ficar na rua.
• Para não incomodar os outros são razões que, para 16% dos idosos, justificam a possibilidade de morar numa instituição. Razões associadas à dependência, ou por não ter quem cuide ou para não depender de ninguém, são as causas de 12%.
• Um índice menor remete a possibilidade de que morar em uma instituição pode oferecer maior bem estar, por ter tratamento adequado (8%, idosos e 10%, entre não idosos) e companhia (9%, ambos os públicos).
• Por outro lado, as relações familiares são as razões mais mencionadas para não morar em uma instituição de longa permanência, devido ao fato de terem uma família e esta não permitir, a falta que sentiriam da família e para não ficarem esquecidos (23% entre os idosos e 15%, entre não idosos).
• A imagem negativa das instituições, associada à idéia de tratamento inadequado, a um ambiente associado a tristeza ou à falta de higiene e a falta de companhia, ou ainda a convivência com estranhos, são outros fatores que afastam a disposição dos idosos de morarem em uma delas.
• Para melhor conhecer o imaginário dos idosos sobre as instituições de longa permanência, algumas frases do senso comum, de caráter positivo e negativo, foram avaliadas medindo o grau de concordância dos entrevistados com as mesmas.
• Frases de caráter positivo receberam maior concordância, ressaltando a praticidade e funcionalidade das instituições tais como “os idosos não têm que se preocupar com comida e afazeres domésticos” (79%) e “tem quem controle o horário dos remédios” (76%).
• A mudança no hábito de vida, marcada pelo fato de “ter horário pra tudo e não poder ter sua própria rotina” é verdade para 71%, 68% concordam que “lá nunca estão sozinhos, tem companhia o tempo todo” e que “nas instituições o idoso deixa de ser um incômodo para a família”.. Dois terços dos idosos (66%) também concordam que nas instituições “têm profissionais adequados para tratar dos idosos”. Mas “o problema das instituições é que as boas são muito caras”.
• Idéias de caráter negativo como as de que nas instituições para idosos “há muitas pessoas com problemas mentais” recebem a concordância de 63% e pouco mais da metade concorda que “nas instituições tratam o idosos como crianças” e que “depois que o idoso entra numa instituição nunca mais sai” (56%, ambas), além do fato de que “o problema das instituições é que elas ficam com o dinheiro do idoso” (54%).
• Frases que ressaltam aspectos relacionados à perda de vínculos afetivos como “o idoso perde o contato com a família e os amigos”, “o regime de visitas nas instituições para idosos é pouco freqüente” e “o idoso não pode passear ou passar o dia fora” recebem a concordância de pouco mais que metade dos idosos.
• As frases que mereceram menor concordância foram “as instituições para idosos não têm boas condições de higiene (41%), “nas instituições para idosos a família pode vir a hora que quiser” (37%) e “nas instituições os idosos são mal tratados” (30%).
A pesquisa Idosos no Brasil – Vivências, desafios e expectativas na 3ª idade foi realizada pela Fundação Perseu Abramo por meio de seu Núcleo de Opinião Pública, em parceria com o SESC Nacional e SESC São Paulo. Data do campo: 01 a 23 de abril de 2006.
Cuidador de idoso
Cuidando do idoso portador da doença de Alzheimer
Não se deve confundir alterações causadas pelo envelhecimento normal com distúrbios causados pela demência, erro comumente cometido. Senescência é o processo natural de envelhecimento; nele muitas mudanças acontecem mas são consideradas normais. Algumas alterações de memória e outras funções cognitivas são comuns em idosos sadios. A senilidade é o processo de envelhecimento com a instalação de uma patologia. Porém as manifestações de uma doença não acontecem “da noite para o dia”. Vão surgindo, pouco a pouco. Na demência, há um declínio lento de habilidades em administrar as responsabilidades em casa, nas atividades sociais. A perda de memória sempre ocorre na demência, mas não espere que este fato aconteça primeiro. Na verdade, quando percebemos uma falha importante na memória da pessoa idosa, muitas outras alterações já aconteceram e foram desconsideradas, ou seja, não foi dada a atenção necessária e muito menos procurado um atendimento médico especializado. Observem alguns exemplos:
O idoso está com dificuldades para realizar tarefas antes feita com muita facilidade?
Encontra desculpas poucos razoáveis para os problemas que vêm enfrentando com a memória?
Tem explosões de raiva sem motivo relevante?
Muda bruscamente de comportamento, saindo da alegria para o mau humor em curto espaço de tempo?
Durante um diálogo, cala-se e fica procurando palavras?
Tem dificuldade para escolher roupa apropriada e combinada para momentos diferentes?
Confunde dias e horários e deixa de cumprir compromissos?
Uma paciente sob meus cuidados, ainda na fase inicial da demência, vinha se vestindo de forma muito estranha. Colocava tênis com saia, calça xadrez com blusa estampada, roupa de frio no calor. Usei a seguinte estratégia, pensando em preservar a sua autonomia e independência e garantir a manutenção da sua relação sócia familiar: coloquei folhas de papel sulfite por dentro das portas dos armários, escritas com letras bem legíveis: roupas de usar com tênis, conjuntos para o dia-a-dia, conjuntos para finais de semana, roupas de verão, roupas de inverno. Fizemos isso juntas e eu coloquei que seria importante a presença dela para me ajudar.
Uma coisa é certa: as pessoas não mudam. Mesmo demenciadas, elas sempre irão demonstrar traços de sua personalidade. Pessoas agressivas vão continuar sendo agressivas e muitas vezes aumentam esta característica. Pessoas que são descontraídas, cômicas, irão continuar sendo assim. Pessoas medrosas geralmente ficam ainda com mais medos e geralmente infundados. Cabe aos cuidadores de idosos, através de conversa descontraída, perceberem as características destas pessoas, acolhendo-as com carinho, respeitando suas individualidades e sempre as conduzindo para que estejam seguras.
Zulmira Elisa Vono
Não se deve confundir alterações causadas pelo envelhecimento normal com distúrbios causados pela demência, erro comumente cometido. Senescência é o processo natural de envelhecimento; nele muitas mudanças acontecem mas são consideradas normais. Algumas alterações de memória e outras funções cognitivas são comuns em idosos sadios. A senilidade é o processo de envelhecimento com a instalação de uma patologia. Porém as manifestações de uma doença não acontecem “da noite para o dia”. Vão surgindo, pouco a pouco. Na demência, há um declínio lento de habilidades em administrar as responsabilidades em casa, nas atividades sociais. A perda de memória sempre ocorre na demência, mas não espere que este fato aconteça primeiro. Na verdade, quando percebemos uma falha importante na memória da pessoa idosa, muitas outras alterações já aconteceram e foram desconsideradas, ou seja, não foi dada a atenção necessária e muito menos procurado um atendimento médico especializado. Observem alguns exemplos:
O idoso está com dificuldades para realizar tarefas antes feita com muita facilidade?
Encontra desculpas poucos razoáveis para os problemas que vêm enfrentando com a memória?
Tem explosões de raiva sem motivo relevante?
Muda bruscamente de comportamento, saindo da alegria para o mau humor em curto espaço de tempo?
Durante um diálogo, cala-se e fica procurando palavras?
Tem dificuldade para escolher roupa apropriada e combinada para momentos diferentes?
Confunde dias e horários e deixa de cumprir compromissos?
Uma paciente sob meus cuidados, ainda na fase inicial da demência, vinha se vestindo de forma muito estranha. Colocava tênis com saia, calça xadrez com blusa estampada, roupa de frio no calor. Usei a seguinte estratégia, pensando em preservar a sua autonomia e independência e garantir a manutenção da sua relação sócia familiar: coloquei folhas de papel sulfite por dentro das portas dos armários, escritas com letras bem legíveis: roupas de usar com tênis, conjuntos para o dia-a-dia, conjuntos para finais de semana, roupas de verão, roupas de inverno. Fizemos isso juntas e eu coloquei que seria importante a presença dela para me ajudar.
Uma coisa é certa: as pessoas não mudam. Mesmo demenciadas, elas sempre irão demonstrar traços de sua personalidade. Pessoas agressivas vão continuar sendo agressivas e muitas vezes aumentam esta característica. Pessoas que são descontraídas, cômicas, irão continuar sendo assim. Pessoas medrosas geralmente ficam ainda com mais medos e geralmente infundados. Cabe aos cuidadores de idosos, através de conversa descontraída, perceberem as características destas pessoas, acolhendo-as com carinho, respeitando suas individualidades e sempre as conduzindo para que estejam seguras.
Zulmira Elisa Vono
Alice
Alice não mora mais aqui
Indiscutivelmente, pois bem, tirei o título deste blog do filme para contar uma grande aventura vivida por uma bela senhorinha, que resolveu aprender a nadar depois de 70 anos de idade. E foi uma grande campeã de natação, na sua faixa etária. Seu nome: ALICE HANNICKEL SIMÕES. Ate aí, só pela idade já seria um grande feito, mas tem um detalhe que me esqueci de passar para vocês: continuou a competir por vários anos, mesmo acometida pela doença de Alzheimer, após seus 80 anos!
Alice Hannickel Simões
Com mais de 20 anos de vivências e histórias nas geriatrias mineiras e brasileiras, poucas vezes vi uma família tão dedicada e sedenta de aprender sobre o enfretamento da doença de Alzheimer. Suas duas filhas buscaram todas as informações possíveis, fizeram cursos, participaram de reuniões de auto-ajuda da ABRAz (Ass. Brasileira de Alzheimer) em sua cidade, chegaram até a participar de congresso brasileiro de Alzheimer, na condição de familiares. E a mãe, Alice, ora morava com uma filha em Minas Gerais, ora com a outra filha em São Paulo.
Não me esqueço de quando chegava ao consultório, seus olhos brilhavam, lembrava-se de mim e com aquele sorriso (quase uma gargalhada!) me dizia, batendo em minha barriga: “Nossa, como ele está mais gordinho, que gracinha!”
Vera e Alice (camisetas laranjas)
Dona Alice nadou em várias competições, por várias cidades, sempre recebendo o carinho e a admiração de todos os esportistas e torcedores. Com mais de 90 anos, já cansada e debilitada pelas limitações impostas pela demência, já não conseguia mais nadar e mantinha-se alheia a toda aquela movimentação de competições que tanto gostava. Sua memória e sua dependência pioravam, já não podia mais viajar e ficava restrita ao quarto. Quando a visitava, notava que não mais me conhecia e nem esboçava aquele sorriso. Sua filha dizia para mim: “Alice não mora mais aqui!”
No dia 16 de maio último, nas primeiras horas da manhã, já acamada e totalmente dependente, Alice, como se não quisesse incomodar, deixou-nos como merecia: dormindo em sua casa, calma e em paz… Não precisou do hospital, da UTI, da emergência. Simplesmente foi!
Nossa homenagem a essa mulher guerreira e às suas filhas, Marta e Vera. Deus abençoe vocês!
Indiscutivelmente, pois bem, tirei o título deste blog do filme para contar uma grande aventura vivida por uma bela senhorinha, que resolveu aprender a nadar depois de 70 anos de idade. E foi uma grande campeã de natação, na sua faixa etária. Seu nome: ALICE HANNICKEL SIMÕES. Ate aí, só pela idade já seria um grande feito, mas tem um detalhe que me esqueci de passar para vocês: continuou a competir por vários anos, mesmo acometida pela doença de Alzheimer, após seus 80 anos!
Alice Hannickel Simões
Com mais de 20 anos de vivências e histórias nas geriatrias mineiras e brasileiras, poucas vezes vi uma família tão dedicada e sedenta de aprender sobre o enfretamento da doença de Alzheimer. Suas duas filhas buscaram todas as informações possíveis, fizeram cursos, participaram de reuniões de auto-ajuda da ABRAz (Ass. Brasileira de Alzheimer) em sua cidade, chegaram até a participar de congresso brasileiro de Alzheimer, na condição de familiares. E a mãe, Alice, ora morava com uma filha em Minas Gerais, ora com a outra filha em São Paulo.
Não me esqueço de quando chegava ao consultório, seus olhos brilhavam, lembrava-se de mim e com aquele sorriso (quase uma gargalhada!) me dizia, batendo em minha barriga: “Nossa, como ele está mais gordinho, que gracinha!”
Vera e Alice (camisetas laranjas)
Dona Alice nadou em várias competições, por várias cidades, sempre recebendo o carinho e a admiração de todos os esportistas e torcedores. Com mais de 90 anos, já cansada e debilitada pelas limitações impostas pela demência, já não conseguia mais nadar e mantinha-se alheia a toda aquela movimentação de competições que tanto gostava. Sua memória e sua dependência pioravam, já não podia mais viajar e ficava restrita ao quarto. Quando a visitava, notava que não mais me conhecia e nem esboçava aquele sorriso. Sua filha dizia para mim: “Alice não mora mais aqui!”
No dia 16 de maio último, nas primeiras horas da manhã, já acamada e totalmente dependente, Alice, como se não quisesse incomodar, deixou-nos como merecia: dormindo em sua casa, calma e em paz… Não precisou do hospital, da UTI, da emergência. Simplesmente foi!
Nossa homenagem a essa mulher guerreira e às suas filhas, Marta e Vera. Deus abençoe vocês!
Prazo de validade...
Vida: qual o prazo de validade?
Se você ultrapassou o marco dos 60 km na estrada da vida, CUIDADO: você está começando a infringir os limites toleráveis pelo universo da medicina para tratar das doenças que atingirem o seu corpo! Se na sua teimosa insistência de continuar vivo, o ponteiro indicador de quilometragem rodada ultrapassar o marco dos 80 km, melhor seria se não precisasse ousar buscar recursos médicos para tentar continuar cometendo essa loucura de VIVER.
Entre os meses de maio e junho do ano de 2003, após algumas idas e vindas de internamentos no hospital com passagens pela UTI, meu pai – aos 96 anos de idade –, mais uma vez passou mal e, num estado de sofrimento com intenso desconforto respiratório, foi levado às pressas para a emergência hospitalar.
Após ser entubado, uma equipe de médicos e enfermeiros lutava para controlar suas funções orgânicas de olhos grudados nos visores numéricos das máquinas que pareciam enlouquecidas pela alternância descontrolada dos valores registrados. Eu já tinha obtido consentimento para estar junto dele e estava segurando-lhe a mão e acariciando-lhe a cabeça. Um dos médicos, já de meia idade, aproximou-se de mim e travou o seguinte diálogo comigo:
– A senhora é parente dele?
– Sim, sou filha – respondi. Ele então disse :
– Minha senhora, isto é um moribundo! A senhora vai querer UTI para ele?!
Sem acreditar no que ouvira, meio atordoada, peço a ele que saiamos do box para conversar longe do leito em que meu pai se encontrava. Fora do box, enquanto em silêncio atentamente eu o escutava, a conversa continuou:
– Parece que a senhora não está me entendendo…
– Estou entendendo perfeitamente, doutor! Pode continuar.
– Pois bem, veja só: isto é um moribundo! Muito mais humano seria levá-lo para casa para que ele possa morrer cercado pelos entes queridos. A senhora me entende? Nós o sedaríamos e a senhora o leva de volta para casa… É, parece que a senhora não está me entendendo…
– Absolutamente, doutor! Estou entendendo tudo o que o senhor falou e estou esperando que o senhor conclua o que está a me dizer.
– Pois bem, é isso. Nessa idade, não há chance. Para que UTI? A gente seda ele e pronto: ele vai pra casa e, sem sofrer, ele pode morrer cercado pelos familiares. O que a senhora me diz?
Respirei fundo e comecei a falar:
– Doutor, eu entendi tudo o que o senhor falou e acho até que o senhor tem toda razão. Concordo com cada palavra que o senhor disse, mas eu tenho dúvidas profundas a respeito desse raciocínio lógico que determina quem de nós é o verdadeiro moribundo.
Sabe, doutor, eu não tenho certeza se vou continuar viva até a conclusão dessa nossa conversa; não tenho certeza se, ao sair daqui, vou conseguir chegar viva em minha casa; não tenho certeza se vou viver até o próximo minuto ou até os cem anos. Na minha pobre e leiga opinião, todos nós que estamos vivendo este momento de agora somos nada mais que potenciais moribundos. O senhor me diz que a solução simples de sedá-lo, o livrará do sofrimento. Eis outra dúvida minha: para que ao menos fosse diminuída essa dúvida, seria preciso que, vestida na pele dele, eu passasse pelo mesmo estado de sofrimento físico, mental, espiritual e, sedada, pudesse constatar a libertação do medo, da dor, da angústia, enfim, do sofrimento psíquico. Isto posto, eis as minhas razões para, neste momento, lhe responder que seja dado a ele todo o tratamento de que a medicina dispõe visando proporcionar-lhe uma condição salutar de vida e o ajude nessa batalha de buscar recompor as funções de seu debilitado organismo.
Pedi licença e retornei para junto de meu pai. O médico, bem jovem, que continuou a luta para equilibrar as taxas enlouquecidas do organismo olhou-me com um doce sorriso e me disse: “não se preocupe, já conseguimos regularizar os batimentos cardíacos, a pressão e agora vou me empenhar para que seja disponibilizado um leito na UTI. Ele é forte e vai conseguir sair dessa!”.
Enfim, meu pai poucas horas depois subiu para a UTI, recuperou-se e nos meados de julho voltou para casa – com limitações, é lógico – mas só veio a falecer em 26 de dezembro de 2003. Apesar de acamado, ele ria, brincava, ouvia suas músicas prediletas, ouvia-me relendo livros para ele e interagia conosco, vivendo com dignidade e a relativa qualidade de vida que sua condição lhe permitia.
Ah! Doutores, deixem-me lhes dizer: só a força da vida pode nos dar as respostas que estamos buscando encontrar. Tenhamos a humildade de colocarmo-nos a serviço da força vital, ou seja, envidar esforços na utilização de todo o conhecimento e esgotar todos os recursos disponíveis para ajudar o paciente – não importa a idade que tenha. Se o doente vier a falecer, então mais uma vez tenhamos a humildade de nos prostrar com reverência às leis supremas da VIDA conscientes de que fizemos tudo que era possível fazer. A nossa inteligência deve curvar-se diante da INTELIGÊNCIA da vida!
“Quem sabe que a alma de tudo é indestrutível e eterna, sem nascimento nem morte, sabe que a essência não pode morrer, ainda que as formas pereçam”. ( Bhagavad Gita – A Sublime Canção)
Gracinha Medeiros
Tags: Alzheimer, cti, cuidar, cuidar de idosos, idoso, idosos, médico, vida
Se você ultrapassou o marco dos 60 km na estrada da vida, CUIDADO: você está começando a infringir os limites toleráveis pelo universo da medicina para tratar das doenças que atingirem o seu corpo! Se na sua teimosa insistência de continuar vivo, o ponteiro indicador de quilometragem rodada ultrapassar o marco dos 80 km, melhor seria se não precisasse ousar buscar recursos médicos para tentar continuar cometendo essa loucura de VIVER.
Entre os meses de maio e junho do ano de 2003, após algumas idas e vindas de internamentos no hospital com passagens pela UTI, meu pai – aos 96 anos de idade –, mais uma vez passou mal e, num estado de sofrimento com intenso desconforto respiratório, foi levado às pressas para a emergência hospitalar.
Após ser entubado, uma equipe de médicos e enfermeiros lutava para controlar suas funções orgânicas de olhos grudados nos visores numéricos das máquinas que pareciam enlouquecidas pela alternância descontrolada dos valores registrados. Eu já tinha obtido consentimento para estar junto dele e estava segurando-lhe a mão e acariciando-lhe a cabeça. Um dos médicos, já de meia idade, aproximou-se de mim e travou o seguinte diálogo comigo:
– A senhora é parente dele?
– Sim, sou filha – respondi. Ele então disse :
– Minha senhora, isto é um moribundo! A senhora vai querer UTI para ele?!
Sem acreditar no que ouvira, meio atordoada, peço a ele que saiamos do box para conversar longe do leito em que meu pai se encontrava. Fora do box, enquanto em silêncio atentamente eu o escutava, a conversa continuou:
– Parece que a senhora não está me entendendo…
– Estou entendendo perfeitamente, doutor! Pode continuar.
– Pois bem, veja só: isto é um moribundo! Muito mais humano seria levá-lo para casa para que ele possa morrer cercado pelos entes queridos. A senhora me entende? Nós o sedaríamos e a senhora o leva de volta para casa… É, parece que a senhora não está me entendendo…
– Absolutamente, doutor! Estou entendendo tudo o que o senhor falou e estou esperando que o senhor conclua o que está a me dizer.
– Pois bem, é isso. Nessa idade, não há chance. Para que UTI? A gente seda ele e pronto: ele vai pra casa e, sem sofrer, ele pode morrer cercado pelos familiares. O que a senhora me diz?
Respirei fundo e comecei a falar:
– Doutor, eu entendi tudo o que o senhor falou e acho até que o senhor tem toda razão. Concordo com cada palavra que o senhor disse, mas eu tenho dúvidas profundas a respeito desse raciocínio lógico que determina quem de nós é o verdadeiro moribundo.
Sabe, doutor, eu não tenho certeza se vou continuar viva até a conclusão dessa nossa conversa; não tenho certeza se, ao sair daqui, vou conseguir chegar viva em minha casa; não tenho certeza se vou viver até o próximo minuto ou até os cem anos. Na minha pobre e leiga opinião, todos nós que estamos vivendo este momento de agora somos nada mais que potenciais moribundos. O senhor me diz que a solução simples de sedá-lo, o livrará do sofrimento. Eis outra dúvida minha: para que ao menos fosse diminuída essa dúvida, seria preciso que, vestida na pele dele, eu passasse pelo mesmo estado de sofrimento físico, mental, espiritual e, sedada, pudesse constatar a libertação do medo, da dor, da angústia, enfim, do sofrimento psíquico. Isto posto, eis as minhas razões para, neste momento, lhe responder que seja dado a ele todo o tratamento de que a medicina dispõe visando proporcionar-lhe uma condição salutar de vida e o ajude nessa batalha de buscar recompor as funções de seu debilitado organismo.
Pedi licença e retornei para junto de meu pai. O médico, bem jovem, que continuou a luta para equilibrar as taxas enlouquecidas do organismo olhou-me com um doce sorriso e me disse: “não se preocupe, já conseguimos regularizar os batimentos cardíacos, a pressão e agora vou me empenhar para que seja disponibilizado um leito na UTI. Ele é forte e vai conseguir sair dessa!”.
Enfim, meu pai poucas horas depois subiu para a UTI, recuperou-se e nos meados de julho voltou para casa – com limitações, é lógico – mas só veio a falecer em 26 de dezembro de 2003. Apesar de acamado, ele ria, brincava, ouvia suas músicas prediletas, ouvia-me relendo livros para ele e interagia conosco, vivendo com dignidade e a relativa qualidade de vida que sua condição lhe permitia.
Ah! Doutores, deixem-me lhes dizer: só a força da vida pode nos dar as respostas que estamos buscando encontrar. Tenhamos a humildade de colocarmo-nos a serviço da força vital, ou seja, envidar esforços na utilização de todo o conhecimento e esgotar todos os recursos disponíveis para ajudar o paciente – não importa a idade que tenha. Se o doente vier a falecer, então mais uma vez tenhamos a humildade de nos prostrar com reverência às leis supremas da VIDA conscientes de que fizemos tudo que era possível fazer. A nossa inteligência deve curvar-se diante da INTELIGÊNCIA da vida!
“Quem sabe que a alma de tudo é indestrutível e eterna, sem nascimento nem morte, sabe que a essência não pode morrer, ainda que as formas pereçam”. ( Bhagavad Gita – A Sublime Canção)
Gracinha Medeiros
Tags: Alzheimer, cti, cuidar, cuidar de idosos, idoso, idosos, médico, vida
Eduacando a criança para o envelhecimento...
Educando as crianças para o envelhecimento
Novamente a idéia do artigo da semana surgiu a partir de um comentário de uma internauta, transcrito na íntegra abaixo:
“Lembro-me sempre de uma estória (espero que seja com “e” mesmo) que a filha agredia seu pai com um pau e certo dia o mandou embora. O pai saiu com o pedaço de madeira na mão pela estrada e o neto correu até ele e pediu que ele deixasse a madeira para ele, no que ele sem entender atendeu e partiu. A filha curiosa perguntou ao filho para que ele queria aquilo, ao que ele respondeu que era para ele usar quando ela quando estivesse velhinha também.”
Quantas vezes esquecemos de que a educação que damos às crianças, refletirá a educação que elas futuramente darão aos seus próprios filhos. Da mesma forma, a forma como tratamos os idosos, em especial os nossos pais, servirá de espelho para que as crianças aprendam a tratar os idosos futuramente, ou seja, a forma como eles irão nos tratar quando precisarmos do cuidado dos filhos.
Voltando ao nosso já conhecido Estatuto do Idoso, vale ressaltar que o Artigo 22 visa incluir nos parâmetros curriculares da educação formal conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao reconhecimento e ao respeito do idoso, para assim minimizar o preconceito. Sem dúvida isto é extremamente importante.
Lanço a seguinte questão: “A função da escola é educar, formar cidadãos, mas esta também é uma obrigação da família!” A família é o primeiro local onde se dá a socialização da criança, em seguida a escola passa também a cumprir este papel. Porém, muitos pais às vezes se esquecem disto na hora de educar seus filhos.
E como a escola pode atuar neste sentido, se a criança já chega à escola com uma visão distorcida e tendenciosa sobre o processo de envelhecimento e sobre os idosos? Como as crianças, filhos de famílias que agridem seus pais idosos, com a madeira simbólica do preconceito, da humilhação, da zombaria, dos maus tratos e da intolerância crescerão e formarão uma opinião acerca dos idosos?
Nos casos de demência a família não deve esconder das crianças que o vovô ou a vovó está doente. É importante explicar para eles de maneira simples e compreensível que ele está doente, pois muitas crianças costumam ficar com medo, tristeza ou até raiva frente a algum comportamento característico da doença, principalmente quando o idoso tem alguma reação completamente diferente daquelas que ele costumava ter antes do surgimento da doença. Da mesma forma também não é legal afastar a criança do vovô ou da vovó portadora de demência, independente de seu estado de saúde é importante incentivar a criança a manter contato com este membro da família, esclarecendo suas dúvidas, respeitando seus sentimentos em relação ao que está acontecendo e evitando comentários pejorativos e humilhantes, como: “papai está esclerosado” ou “mamãe está se sujando toda hora”.
Preocupar com a educação das crianças é função de todos os pais e uma educação formadora não se restringe à instrução adquirida na escola, é algo muito mais abrangente. A educação para a cidadania é muito importante na formação de futuros cidadãos; por isto, em relação aos idosos, devemos lembrar que a criança observa a forma como tratamos os nossos pais idosos para aprenderem como irão nos tratar depois. Lógico que existem exceções, mas, de uma forma ou de outra, nós mesmos escolhemos a forma como seremos tratados quando estivermos idosos.
Luciene C. Miranda
Novamente a idéia do artigo da semana surgiu a partir de um comentário de uma internauta, transcrito na íntegra abaixo:
“Lembro-me sempre de uma estória (espero que seja com “e” mesmo) que a filha agredia seu pai com um pau e certo dia o mandou embora. O pai saiu com o pedaço de madeira na mão pela estrada e o neto correu até ele e pediu que ele deixasse a madeira para ele, no que ele sem entender atendeu e partiu. A filha curiosa perguntou ao filho para que ele queria aquilo, ao que ele respondeu que era para ele usar quando ela quando estivesse velhinha também.”
Quantas vezes esquecemos de que a educação que damos às crianças, refletirá a educação que elas futuramente darão aos seus próprios filhos. Da mesma forma, a forma como tratamos os idosos, em especial os nossos pais, servirá de espelho para que as crianças aprendam a tratar os idosos futuramente, ou seja, a forma como eles irão nos tratar quando precisarmos do cuidado dos filhos.
Voltando ao nosso já conhecido Estatuto do Idoso, vale ressaltar que o Artigo 22 visa incluir nos parâmetros curriculares da educação formal conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao reconhecimento e ao respeito do idoso, para assim minimizar o preconceito. Sem dúvida isto é extremamente importante.
Lanço a seguinte questão: “A função da escola é educar, formar cidadãos, mas esta também é uma obrigação da família!” A família é o primeiro local onde se dá a socialização da criança, em seguida a escola passa também a cumprir este papel. Porém, muitos pais às vezes se esquecem disto na hora de educar seus filhos.
E como a escola pode atuar neste sentido, se a criança já chega à escola com uma visão distorcida e tendenciosa sobre o processo de envelhecimento e sobre os idosos? Como as crianças, filhos de famílias que agridem seus pais idosos, com a madeira simbólica do preconceito, da humilhação, da zombaria, dos maus tratos e da intolerância crescerão e formarão uma opinião acerca dos idosos?
Nos casos de demência a família não deve esconder das crianças que o vovô ou a vovó está doente. É importante explicar para eles de maneira simples e compreensível que ele está doente, pois muitas crianças costumam ficar com medo, tristeza ou até raiva frente a algum comportamento característico da doença, principalmente quando o idoso tem alguma reação completamente diferente daquelas que ele costumava ter antes do surgimento da doença. Da mesma forma também não é legal afastar a criança do vovô ou da vovó portadora de demência, independente de seu estado de saúde é importante incentivar a criança a manter contato com este membro da família, esclarecendo suas dúvidas, respeitando seus sentimentos em relação ao que está acontecendo e evitando comentários pejorativos e humilhantes, como: “papai está esclerosado” ou “mamãe está se sujando toda hora”.
Preocupar com a educação das crianças é função de todos os pais e uma educação formadora não se restringe à instrução adquirida na escola, é algo muito mais abrangente. A educação para a cidadania é muito importante na formação de futuros cidadãos; por isto, em relação aos idosos, devemos lembrar que a criança observa a forma como tratamos os nossos pais idosos para aprenderem como irão nos tratar depois. Lógico que existem exceções, mas, de uma forma ou de outra, nós mesmos escolhemos a forma como seremos tratados quando estivermos idosos.
Luciene C. Miranda
Terapia ocupacional para o idoso
Terapia ocupacional e memória
Atualmente, a Terapia Ocupacional está ampliando sua atuação no tratamento diário de pacientes idosos portadores de algum tipo de demência, na orientação aos familiares e cuidadores e nas adaptações para desempenho das atividades de vida diária e adaptações, no ambiente onde o idoso vive.
Com o nosso atendimento, a intervenção e a reabilitação, podemos estimular a independência e a autonomia do idoso por maior tempo. É natural que, ao longo do envelhecimento, podemos reduzir o condicionamento físico, a visão, a audição, a atenção, a concentração; mas podemos compensar essas perdas e temos a possibilidade de tratar e melhorar.
Hoje em dia, sabemos que é possível cuidar da manutenção do nosso corpo e nos preparar para o envelhecimento. Fazer exercícios físicos regularmente, sempre procurar avaliação médica e exames, manter nossa mente ativa com a realização de práticas diversificadas são algumas dessas possibilidades.
Necessitamos que nosso cérebro esteja em constante atividade, estimulado pela leitura, pelo raciocínio, por novas aprendizagens. Todas as ações que desempenhamos – sejam elas diárias, como o banho, a alimentação, o ato de se vestir, sejam elas mais complexas, como anotar um recado, ir ao mercado – necessitam da função cognitiva para serem executadas. Elas não são fisiológicas, temos de pensar e raciocinar para poder praticá-las.
A Terapia Ocupacional, com seu atendimento, colabora para a manutenção dessas funções; estimulamos para manter a autonomia do idoso. Muitas vezes, os idosos agem como se não precisassem desfrutar atividades de lazer, ou um hobby, e isso não é verdade. Além dos afazeres domésticos, o ser humano necessita de outros estímulos que preencham sua vida.
Ler um livro ou uma revista, frequentar aulas de pintura, fazer um curso de língua estrangeira, uma viagem a passeio ou uma visita a um parente querido, participar de um curso de dança, praticar jardinagem, frequentar grupos de terceira idade, fazer caminhada, reunir-se com amigos para conversar, montar um caderno de receitas, resolver palavras cruzadas, ouvir música, jogar baralho, fazer ginástica, todos esses e ainda outros exemplos são formas de preservar ativos o corpo e a mente. Enquanto estamos realizando atividades como essas, podemos promover a manutenção de muitas funções que o cérebro desempenha, estimulamos a memória, a atenção, a concentração, a noção de sequência, a linguagem, as nossas habilidades, a auto-estima, a socialização, entre outras.
São todos estes momentos em que estaremos nos ocupando com algo, é que trará o benefício para nós mesmos. Por isso, é importante que escolhamos o que fazer com base no que gostamos, atividades de que participávamos há alguns anos e que paramos de fazer, atividades, que considerávamos prazerosas ou que tivéssemos vontade de aprender, mas das quais por algum motivo desistimos.
Assim, quando o idoso apresenta maiores dificuldades, já necessita de uma estimulação da memória de forma sistematizada, a fim de manter sua capacidade funcional pelo maior tempo possível. O profissional avalia o idoso por meio de entrevista, testes e algumas vezes (se necessário) com a realização de alguma atividade. Com base nas informações colhidas e na interpretação dos dados obtidos, traçamos os objetivos do tratamento e o que faremos durante as sessões. É importante valorizarmos aquilo o que o idoso consegue fazer e, a partir daí, caminhar para atividades mais complexas.
Vemos, portanto, a relevância de cuidar da manutenção das capacidades do idoso, de diminuir seu estresse, de estimular sua independência e de resgatar seus vínculos, ações que também são alvo da Terapia Ocupacional.
Renata Costa da Silva
Tags: cuidar de idosos, idoso, memória, ocupação, reabilitação, Terapia Ocupacional.
Atualmente, a Terapia Ocupacional está ampliando sua atuação no tratamento diário de pacientes idosos portadores de algum tipo de demência, na orientação aos familiares e cuidadores e nas adaptações para desempenho das atividades de vida diária e adaptações, no ambiente onde o idoso vive.
Com o nosso atendimento, a intervenção e a reabilitação, podemos estimular a independência e a autonomia do idoso por maior tempo. É natural que, ao longo do envelhecimento, podemos reduzir o condicionamento físico, a visão, a audição, a atenção, a concentração; mas podemos compensar essas perdas e temos a possibilidade de tratar e melhorar.
Hoje em dia, sabemos que é possível cuidar da manutenção do nosso corpo e nos preparar para o envelhecimento. Fazer exercícios físicos regularmente, sempre procurar avaliação médica e exames, manter nossa mente ativa com a realização de práticas diversificadas são algumas dessas possibilidades.
Necessitamos que nosso cérebro esteja em constante atividade, estimulado pela leitura, pelo raciocínio, por novas aprendizagens. Todas as ações que desempenhamos – sejam elas diárias, como o banho, a alimentação, o ato de se vestir, sejam elas mais complexas, como anotar um recado, ir ao mercado – necessitam da função cognitiva para serem executadas. Elas não são fisiológicas, temos de pensar e raciocinar para poder praticá-las.
A Terapia Ocupacional, com seu atendimento, colabora para a manutenção dessas funções; estimulamos para manter a autonomia do idoso. Muitas vezes, os idosos agem como se não precisassem desfrutar atividades de lazer, ou um hobby, e isso não é verdade. Além dos afazeres domésticos, o ser humano necessita de outros estímulos que preencham sua vida.
Ler um livro ou uma revista, frequentar aulas de pintura, fazer um curso de língua estrangeira, uma viagem a passeio ou uma visita a um parente querido, participar de um curso de dança, praticar jardinagem, frequentar grupos de terceira idade, fazer caminhada, reunir-se com amigos para conversar, montar um caderno de receitas, resolver palavras cruzadas, ouvir música, jogar baralho, fazer ginástica, todos esses e ainda outros exemplos são formas de preservar ativos o corpo e a mente. Enquanto estamos realizando atividades como essas, podemos promover a manutenção de muitas funções que o cérebro desempenha, estimulamos a memória, a atenção, a concentração, a noção de sequência, a linguagem, as nossas habilidades, a auto-estima, a socialização, entre outras.
São todos estes momentos em que estaremos nos ocupando com algo, é que trará o benefício para nós mesmos. Por isso, é importante que escolhamos o que fazer com base no que gostamos, atividades de que participávamos há alguns anos e que paramos de fazer, atividades, que considerávamos prazerosas ou que tivéssemos vontade de aprender, mas das quais por algum motivo desistimos.
Assim, quando o idoso apresenta maiores dificuldades, já necessita de uma estimulação da memória de forma sistematizada, a fim de manter sua capacidade funcional pelo maior tempo possível. O profissional avalia o idoso por meio de entrevista, testes e algumas vezes (se necessário) com a realização de alguma atividade. Com base nas informações colhidas e na interpretação dos dados obtidos, traçamos os objetivos do tratamento e o que faremos durante as sessões. É importante valorizarmos aquilo o que o idoso consegue fazer e, a partir daí, caminhar para atividades mais complexas.
Vemos, portanto, a relevância de cuidar da manutenção das capacidades do idoso, de diminuir seu estresse, de estimular sua independência e de resgatar seus vínculos, ações que também são alvo da Terapia Ocupacional.
Renata Costa da Silva
Tags: cuidar de idosos, idoso, memória, ocupação, reabilitação, Terapia Ocupacional.
O idoso e a demência
O idoso e a demência
A população mundial está envelhecendo, principalmente nos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. A terceira idade é a faixa etária que, proporcionalmente, mais cresce nas apresentações dos censos demográficos. Como cita Dr. Renato Veras: “Somos um país jovens de cabelos brancos!”
Temos, hoje no Brasil, por volta de 15 milhões de pessoas acima de 60 anos. Daqui a 20 anos serão contabilizados 32 milhões! Assim, irá haver um incremento, um aumento de doenças próprias da velhice, tais como as doenças cardíacas, as orteoartroses, a osteoporose e as doenças neurológicas degenerativas, onde as demências têm um destaque todo especial.
Patologias que cursam cm demência:
Demência vascular
É a demência causada por várias enfermidades que têm em comum a origem vascular, ou seja, o conhecido derrame ou trombose, como também, a obstrução de pequeninas artérias cerebrais (Biswanger) ou por causas cardio-respiratórias (parada cardíaca ou outra causa de falta de oxigênio no cérebro).
Apresenta quadro clínico de demência mais agudo (repentino), após evento neurológico tipo derrame ou trombose. O diagnóstico é feito pelo exame clínico pelo médico. A tomografia computadorizada ou a ressonância magnética de crânio também ajuda muito.
Doença cortical difusa dos corpos de Lewy:
Pode ser facilmente confundida com a doença de Alzheimer. É causada pelo acúmulo de grande quantidade de substâncias chamadas de CORPOS DE LEWY, no córtex cerebral.
O quadro clínico apresenta 3 estágios:
• primeiro estágio dura de 1 a 3 anos, caracterizado por esquecimento leve, alguns episódios, alguns períodos rápidos de delírios e falta de iniciativa no dia-a-dia.
• No segundo estágio, ocorre a piora das funções cerebrais cognitivas (memória, linguagem, orientação no tempo e no espaço). Piora dos delírios, com alucinações auditivas e visuais (ouve e vê coisas). É muito comum haver quedas (cair no chão).
• Fase mais avançada, com distúrbios psiquiátricos tipo psicose, agitação e confusão mental. Não toleram o uso de neurolépticos ( Haldol, Neozine, Melleril…)
Como a doença de Alzheimer o diagnóstico é feito pelo médico, através do exame clínico. O diagnóstico de certeza é feito através da biópsia cerebral, da anatomia patológica.
Doença de Pick:
Esta patologia demencial foi descrita pela primeira vez por Arnold Pick, em 1892, na cidade de Praga, República Tcheca. É um quadro degenerativo cerebral, onde os sintomas estão associados à atrofia cerebral do lobo temporal esquerdo ou lobos fronto-temporal. É um tipo mais raro de demência, com menos de 5% de todos os casos de demência. É raríssimo após a idade de 70-75 anos. Ocorre mais em pessoas entre 45-65 anos de idade.
O quadro clínico pode ser de dois tipos:
• Comprometimento frontal: paciente falante, inquieto, despreocupado, com pouca iniciativa, apresentando mudança de personalidade e alterações de linguagem (fala vazia, sem nexo ou repetitiva).
• Comprometimento fronto-temporal: apatia, sexualidade exacerbada, mudança de hábito alimentar. Também pode apresentar uma afasia de entendimento e de expressão ( não se entende o que se vê ou o que se fala).
O diagnóstico provável também é clínico, sendo que o diagnóstico de certeza é feito somente com a biópsia cerebral ou pós-mortem (necropsia).
Doença de Huntington
Em 1872, George Huntington descreveu uma doença neurológica que tinha três características principais: é hereditária, evolui para demência e ocorria na fase adulta ( e não na terceira idade). Em 1993, o gene que provoca esta doença foi decodificado, localizando-se no braço curto do cromossoma 4.
Esta doença pode ocorrer entre 25 a 50 anos ( principalmente por volta dos 40 anos). O quadro clínico inicia-se com movimentos involuntários na face, nos ombros e nas mãos, que chama-se coréia. Depois, aparecem falhas em relação à memória, alterações na fluência verbal e na realizações de cálculos, que irão piorando progressivamente. Também ocorrem em fases mais iniciais os distúrbios de ordem psiquiátricas, tais como a depressão, a agressividade, a esquizofrenia e o alcoolismo. Existem casos relatados de suicídio. Não existem exames diagnósticos de certeza, sendo o diagnóstico feito pelo exame clínico do médico.
Doença de Parkinson
Sabidamente conhecida por todos, apresentando 4 características principais, que são: os tremores de extremidades, a dificuldade de andar, a instabilidade postural (perder o equilíbrio) e a rigidez dos membros e do corpo.
Pode evoluir para demência em pacientes que apresentam esta doença por um tempo mais prolongado, ou que só apresentam Parkinson após a idade de 70 anos.
Tags: Alzheimer, cérebro, cuidar, memória, Parkinson, terceira idade.
A população mundial está envelhecendo, principalmente nos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. A terceira idade é a faixa etária que, proporcionalmente, mais cresce nas apresentações dos censos demográficos. Como cita Dr. Renato Veras: “Somos um país jovens de cabelos brancos!”
Temos, hoje no Brasil, por volta de 15 milhões de pessoas acima de 60 anos. Daqui a 20 anos serão contabilizados 32 milhões! Assim, irá haver um incremento, um aumento de doenças próprias da velhice, tais como as doenças cardíacas, as orteoartroses, a osteoporose e as doenças neurológicas degenerativas, onde as demências têm um destaque todo especial.
Patologias que cursam cm demência:
Demência vascular
É a demência causada por várias enfermidades que têm em comum a origem vascular, ou seja, o conhecido derrame ou trombose, como também, a obstrução de pequeninas artérias cerebrais (Biswanger) ou por causas cardio-respiratórias (parada cardíaca ou outra causa de falta de oxigênio no cérebro).
Apresenta quadro clínico de demência mais agudo (repentino), após evento neurológico tipo derrame ou trombose. O diagnóstico é feito pelo exame clínico pelo médico. A tomografia computadorizada ou a ressonância magnética de crânio também ajuda muito.
Doença cortical difusa dos corpos de Lewy:
Pode ser facilmente confundida com a doença de Alzheimer. É causada pelo acúmulo de grande quantidade de substâncias chamadas de CORPOS DE LEWY, no córtex cerebral.
O quadro clínico apresenta 3 estágios:
• primeiro estágio dura de 1 a 3 anos, caracterizado por esquecimento leve, alguns episódios, alguns períodos rápidos de delírios e falta de iniciativa no dia-a-dia.
• No segundo estágio, ocorre a piora das funções cerebrais cognitivas (memória, linguagem, orientação no tempo e no espaço). Piora dos delírios, com alucinações auditivas e visuais (ouve e vê coisas). É muito comum haver quedas (cair no chão).
• Fase mais avançada, com distúrbios psiquiátricos tipo psicose, agitação e confusão mental. Não toleram o uso de neurolépticos ( Haldol, Neozine, Melleril…)
Como a doença de Alzheimer o diagnóstico é feito pelo médico, através do exame clínico. O diagnóstico de certeza é feito através da biópsia cerebral, da anatomia patológica.
Doença de Pick:
Esta patologia demencial foi descrita pela primeira vez por Arnold Pick, em 1892, na cidade de Praga, República Tcheca. É um quadro degenerativo cerebral, onde os sintomas estão associados à atrofia cerebral do lobo temporal esquerdo ou lobos fronto-temporal. É um tipo mais raro de demência, com menos de 5% de todos os casos de demência. É raríssimo após a idade de 70-75 anos. Ocorre mais em pessoas entre 45-65 anos de idade.
O quadro clínico pode ser de dois tipos:
• Comprometimento frontal: paciente falante, inquieto, despreocupado, com pouca iniciativa, apresentando mudança de personalidade e alterações de linguagem (fala vazia, sem nexo ou repetitiva).
• Comprometimento fronto-temporal: apatia, sexualidade exacerbada, mudança de hábito alimentar. Também pode apresentar uma afasia de entendimento e de expressão ( não se entende o que se vê ou o que se fala).
O diagnóstico provável também é clínico, sendo que o diagnóstico de certeza é feito somente com a biópsia cerebral ou pós-mortem (necropsia).
Doença de Huntington
Em 1872, George Huntington descreveu uma doença neurológica que tinha três características principais: é hereditária, evolui para demência e ocorria na fase adulta ( e não na terceira idade). Em 1993, o gene que provoca esta doença foi decodificado, localizando-se no braço curto do cromossoma 4.
Esta doença pode ocorrer entre 25 a 50 anos ( principalmente por volta dos 40 anos). O quadro clínico inicia-se com movimentos involuntários na face, nos ombros e nas mãos, que chama-se coréia. Depois, aparecem falhas em relação à memória, alterações na fluência verbal e na realizações de cálculos, que irão piorando progressivamente. Também ocorrem em fases mais iniciais os distúrbios de ordem psiquiátricas, tais como a depressão, a agressividade, a esquizofrenia e o alcoolismo. Existem casos relatados de suicídio. Não existem exames diagnósticos de certeza, sendo o diagnóstico feito pelo exame clínico do médico.
Doença de Parkinson
Sabidamente conhecida por todos, apresentando 4 características principais, que são: os tremores de extremidades, a dificuldade de andar, a instabilidade postural (perder o equilíbrio) e a rigidez dos membros e do corpo.
Pode evoluir para demência em pacientes que apresentam esta doença por um tempo mais prolongado, ou que só apresentam Parkinson após a idade de 70 anos.
Tags: Alzheimer, cérebro, cuidar, memória, Parkinson, terceira idade.
As demências
As demências
Primeiramente, iremos definir o que é demência. Depois, mostraremos os dez sinais mais comuns nesta síndrome; e posteriormente, mostraremos as principais doenças que cursam com a síndrome da demência.
O que é demência?
Demência não é somente um tipo de doença, de patologia. Ela é considerada uma síndrome. O que é uma síndrome? Síndrome é um grupo de sinais físicos (sinais em nosso corpo) e sintomas que a pessoa apresenta, sendo comum em várias doenças diferentes. Como exemplo, citamos a síndrome do cólon irritável, que apresenta como características principais dor abdominal, gases e ritmo intestinal alterado (diarréia ou prisão de ventre). Pode ser ocasionado por várias doenças intestinais.
Assim, a demência também é uma síndrome que apresenta três características principais:
• Esquecimento ou problemas com a memória.
• Problemas de comportamento (agitação, insônia, choro fácil, comportamentos inadequados.).
• Perda das habilidades adquiridas pela vida (dirigir, vestir a roupa, gerenciar vida financeira, cozinhar, perder-se na rua…).
Existem várias doenças que se apresentam como a síndrome da demência. A mais comum é a doença de Alzheimer. Também, temos a doença de Lewy, a doença de Parkinson, a hidrocefalia de pressão normal, dentre outras.
10 Sinais mais comuns nas demências
• Déficit de memória
• Dificuldades de executar tarefas domésticas
• Problema com o vocabulário
• Desorientação no tempo e espaço
• Incapacidade de julgar situações
• Problemas com o raciocínio abstrato
• Colocar objetos em lugares equivocados
• Alterações de humor de comportamento
• Alterações de personalidade
• Perda da iniciativa – passividade
Primeiramente, iremos definir o que é demência. Depois, mostraremos os dez sinais mais comuns nesta síndrome; e posteriormente, mostraremos as principais doenças que cursam com a síndrome da demência.
O que é demência?
Demência não é somente um tipo de doença, de patologia. Ela é considerada uma síndrome. O que é uma síndrome? Síndrome é um grupo de sinais físicos (sinais em nosso corpo) e sintomas que a pessoa apresenta, sendo comum em várias doenças diferentes. Como exemplo, citamos a síndrome do cólon irritável, que apresenta como características principais dor abdominal, gases e ritmo intestinal alterado (diarréia ou prisão de ventre). Pode ser ocasionado por várias doenças intestinais.
Assim, a demência também é uma síndrome que apresenta três características principais:
• Esquecimento ou problemas com a memória.
• Problemas de comportamento (agitação, insônia, choro fácil, comportamentos inadequados.).
• Perda das habilidades adquiridas pela vida (dirigir, vestir a roupa, gerenciar vida financeira, cozinhar, perder-se na rua…).
Existem várias doenças que se apresentam como a síndrome da demência. A mais comum é a doença de Alzheimer. Também, temos a doença de Lewy, a doença de Parkinson, a hidrocefalia de pressão normal, dentre outras.
10 Sinais mais comuns nas demências
• Déficit de memória
• Dificuldades de executar tarefas domésticas
• Problema com o vocabulário
• Desorientação no tempo e espaço
• Incapacidade de julgar situações
• Problemas com o raciocínio abstrato
• Colocar objetos em lugares equivocados
• Alterações de humor de comportamento
• Alterações de personalidade
• Perda da iniciativa – passividade
Carta de um idoso co Alzheimer ao seu cuidador...
Carta de um idoso com Alzheimer ao seu cuidador
“Prezado Cuidador,
Lembre-se de que sou uma pessoa consciente, portadora de uma doença que compromete minhamemória, minha linguagem e meu raciocínio. Por isso, ajude-me a aceitar a demência sem revolta e infelicidade. Não perca a paciência se eu pedir a mesma coisa por mais de uma vez. É a única maneira que tenho de dizer que eu não lembro o que falei antes.
Eu não sou deliberadamente teimoso, mau, ingrato ou desconfiado. A deterioração do meu cerébro faz com que eu me comporte diferente do que eu gostaria. Se eu tivesse um braço quebrado, você com certeza não ficaria irritado comigo por estar impossibilitado de fazer certas coisas, não é mesmo? Mas eu tenho um cérebro que está a cada dia se deteriorando. Então, não me culpe pelos efeitos que a doença de Alzheimer tem em minha habilidade de executar certas tarefas.
Eu não esqueço a finalidade de magoar, irritar, embaraçar ou confundir. A doença me faz confuso e desorientado. Nove de dez vezes você está certo em me lembrar de algo, vá em frente; por mais que eu demonstre constrangimento ou me aborreça. Eu sei que preciso que me lembrem de tudo.
Não tire todas as responsabilidades de mim. Eu estou vivo e quero estar incluído na sua vida e nas decisões que têm de ser tomadas. Não desista de mim. Me estimule sempre. Não solucione todos os meus obstáculos. Isto somente me faz perder os respeito por mim mesmo e por você. Não me repreenda ou discuta comigo. Isso pode fazer você se sentir melhor, mas só piora as coisas para mim; eu me reprimo mais e me afasto mais das pessoas com receio de errar sempre.
Não tenha vergonha de mim, não me esconda em casa. Leve-me para passear, ver o sol nascer, o jardim florido, as crianças na praça… eu posso até não entender o que estou fazendo nos lugares, mas com certeza SINTO. Com certeza, eu vejo a beleza do mundo que me cerca. Olhe-me nos olhos quando for falar comigo. Transmita-me paz e serenidade. Não fale de mim como seu eu não estivesse ali. Mantenha minha dignidade.
Não zombe de mim quando eu fizer minhas confissões; quando eu confundir os nomes dos filhos, do cônjuge, dos netos, o local onde estou, quando eu me perder dentro de minha própria casa. Lembre-se que eu preciso de ajuda e compreensão. Por isso, conheça a doença para poder entender o que eu passo e sinto.
Você poderá se sentir sozinho quando a doença avançar, mas saiba que não foi minha escolha ter demência. Por isso, não me abandone. A natureza da minha doença me faz mudar de personalidade. Quando estivermos reunidos e sem querer faça minhas necessidades fisiológicas, não fique com vergonha e compreenda que não tive culpa, pois já não posso controlá-las.
Não me reprima quando não quero tomar banho; não me chame a atenção por isto. Quando minhas pernas falharem para andar, dê-me sua mão terna para me apoiar. Não tenha vergonha, nem preconceito de mim. Afinal, eu não escolhi ter Alzheimer. Não fuja da realidade: eu tenho uma doença maligna. Não chore por mim, nem se deprima por ter que conviver com um demente. Não se sinta triste, enjoado ou impotente por me ver assim. Dê-me em seu coração, compreenda-me e me apóie.
Por último, quando algum dia me ouvir dizer que já não quero viver e só quero morrer, estiver em fase terminal e vegetal, não se enfades. Algum dia entenderás que isto não tem a ver com seu carinho ou o quanto te amei. Trate de compreender que já não vivo, senão sobrevivo, e isto não é viver.”
Autor desconhecido
Tags: Alzheimer, carta, cuidador de idosos, cuidar, cuidar de idosos, idoso.
“Prezado Cuidador,
Lembre-se de que sou uma pessoa consciente, portadora de uma doença que compromete minhamemória, minha linguagem e meu raciocínio. Por isso, ajude-me a aceitar a demência sem revolta e infelicidade. Não perca a paciência se eu pedir a mesma coisa por mais de uma vez. É a única maneira que tenho de dizer que eu não lembro o que falei antes.
Eu não sou deliberadamente teimoso, mau, ingrato ou desconfiado. A deterioração do meu cerébro faz com que eu me comporte diferente do que eu gostaria. Se eu tivesse um braço quebrado, você com certeza não ficaria irritado comigo por estar impossibilitado de fazer certas coisas, não é mesmo? Mas eu tenho um cérebro que está a cada dia se deteriorando. Então, não me culpe pelos efeitos que a doença de Alzheimer tem em minha habilidade de executar certas tarefas.
Eu não esqueço a finalidade de magoar, irritar, embaraçar ou confundir. A doença me faz confuso e desorientado. Nove de dez vezes você está certo em me lembrar de algo, vá em frente; por mais que eu demonstre constrangimento ou me aborreça. Eu sei que preciso que me lembrem de tudo.
Não tire todas as responsabilidades de mim. Eu estou vivo e quero estar incluído na sua vida e nas decisões que têm de ser tomadas. Não desista de mim. Me estimule sempre. Não solucione todos os meus obstáculos. Isto somente me faz perder os respeito por mim mesmo e por você. Não me repreenda ou discuta comigo. Isso pode fazer você se sentir melhor, mas só piora as coisas para mim; eu me reprimo mais e me afasto mais das pessoas com receio de errar sempre.
Não tenha vergonha de mim, não me esconda em casa. Leve-me para passear, ver o sol nascer, o jardim florido, as crianças na praça… eu posso até não entender o que estou fazendo nos lugares, mas com certeza SINTO. Com certeza, eu vejo a beleza do mundo que me cerca. Olhe-me nos olhos quando for falar comigo. Transmita-me paz e serenidade. Não fale de mim como seu eu não estivesse ali. Mantenha minha dignidade.
Não zombe de mim quando eu fizer minhas confissões; quando eu confundir os nomes dos filhos, do cônjuge, dos netos, o local onde estou, quando eu me perder dentro de minha própria casa. Lembre-se que eu preciso de ajuda e compreensão. Por isso, conheça a doença para poder entender o que eu passo e sinto.
Você poderá se sentir sozinho quando a doença avançar, mas saiba que não foi minha escolha ter demência. Por isso, não me abandone. A natureza da minha doença me faz mudar de personalidade. Quando estivermos reunidos e sem querer faça minhas necessidades fisiológicas, não fique com vergonha e compreenda que não tive culpa, pois já não posso controlá-las.
Não me reprima quando não quero tomar banho; não me chame a atenção por isto. Quando minhas pernas falharem para andar, dê-me sua mão terna para me apoiar. Não tenha vergonha, nem preconceito de mim. Afinal, eu não escolhi ter Alzheimer. Não fuja da realidade: eu tenho uma doença maligna. Não chore por mim, nem se deprima por ter que conviver com um demente. Não se sinta triste, enjoado ou impotente por me ver assim. Dê-me em seu coração, compreenda-me e me apóie.
Por último, quando algum dia me ouvir dizer que já não quero viver e só quero morrer, estiver em fase terminal e vegetal, não se enfades. Algum dia entenderás que isto não tem a ver com seu carinho ou o quanto te amei. Trate de compreender que já não vivo, senão sobrevivo, e isto não é viver.”
Autor desconhecido
Tags: Alzheimer, carta, cuidador de idosos, cuidar, cuidar de idosos, idoso.
Dicas para prevenir quedas em idosos
Sete dicas para prevenir quedas em idosos
Sete dicas para prevenir quedas em idosos
As quedas constituem a primeira causa de acidentes na população com idade superior a 60 anos. Suas consequências podem causar ainda mais incapacidade, uma vez que este idoso será hospitalizado e cerca de 10% de sua massa muscular pode ser perdida por dia de hospitalização.
Tendo em vista este cenário, a melhor alternativa é prevenir um evento que é comum, mas de graves danos, na população idosa:
• Enquanto caminhar preste bastante atenção nesta tarefa, evite se distrair mais do que o necessário;
• Procure se assegurar com seu médico sobre os efeitos das medicações que você está tomando, pois algumas podem favorecer a queda;
• Realize atividades físicas compatíveis com seu estilo de vida e segundo sua aptidão física;
• Caso sinta tontura enquanto está em local público ou em casa, sente em um local seguro e peça ajuda caso necessário;
• Promova um ambiente livre de riscos para quedas;
• Realize suas atividades em seu ritmo, para isso, saia de casa mais cedo se necessário, evitando correr ou se apressar na rua enquanto anda na rua;
• Procure desviar de buracos ou desníveis na rua ao invés de tentar pular os mesmos.
Tags: acidentes, casa, cuidar, Dicas, população idosa, quedas.
Juliane de Lemos Armada Ramos
- juliane.lemos@gmail.com
Sete dicas para prevenir quedas em idosos
As quedas constituem a primeira causa de acidentes na população com idade superior a 60 anos. Suas consequências podem causar ainda mais incapacidade, uma vez que este idoso será hospitalizado e cerca de 10% de sua massa muscular pode ser perdida por dia de hospitalização.
Tendo em vista este cenário, a melhor alternativa é prevenir um evento que é comum, mas de graves danos, na população idosa:
• Enquanto caminhar preste bastante atenção nesta tarefa, evite se distrair mais do que o necessário;
• Procure se assegurar com seu médico sobre os efeitos das medicações que você está tomando, pois algumas podem favorecer a queda;
• Realize atividades físicas compatíveis com seu estilo de vida e segundo sua aptidão física;
• Caso sinta tontura enquanto está em local público ou em casa, sente em um local seguro e peça ajuda caso necessário;
• Promova um ambiente livre de riscos para quedas;
• Realize suas atividades em seu ritmo, para isso, saia de casa mais cedo se necessário, evitando correr ou se apressar na rua enquanto anda na rua;
• Procure desviar de buracos ou desníveis na rua ao invés de tentar pular os mesmos.
Tags: acidentes, casa, cuidar, Dicas, população idosa, quedas.
Juliane de Lemos Armada Ramos
- juliane.lemos@gmail.com
domingo, 17 de outubro de 2010
PERDÃO
PERDÃO!
Quer pedir perdão?
Quer perdoar?
Pedidos de perdão
Perdões concedidos
Comentários e reflexões
QUER PEDIR PERDÃO?
O que importa é se livrar dos sentimentos negativos vinculados à quebra da amizade. Pedir desculpas e desculpar são gestos altruístas, que nos fazem muito bem. De certo modo, uma forma de agradecer à vida. Aqui, ninguém precisa se identificar. Assim, criamos este espaço íntimo e desejamos que ele cresça cheio de propostas de paz. Deixe fluir novos pensamentos, ao invés de ficar remoendo episódios desagradáveis, que fazem tanto mal.
Entre aqui e envie o seu pedido de desculpas!
QUER PERDOAR?
Então informe seu desejo de jogar ao vento tudo que aconteceu, mesmo que você não se esqueça dos fatos.
Informe que se curou da raiva e deseja perdoar aquele que o feriu.
Quando somos agredidos, traídos, ofendidos, nossa primeira reação é de raiva, humilhação, seguida de um desejo de vingança. Ou, quando se é mais racional, procura-se apagar da nossa mente quem nos atingiu. Porém, a amargura permanece. Para perdoar alguém é preciso, primeiro, perdoar-se.
O perdão, pra ser verdadeiro, precisa ser concedido com o coração, sem qualquer cobrança.
Descubra em seu interior a força que o permitirá superar rancores e curar feridas.
Você pode perdoar alguém mesmo que esse alguém nunca lhe tenha pedido desculpas.
Muitas vezes o ofensor sente vontade, mas não tem coragem de pedir desculpas. Pode parecer, mas nem sempre é falta de humildade. Exatamente por se sentir inferior, por se sentir humilde é que ele não tem a ousadia de se achar merecedor de seu perdão. Tome a iniciativa e ofereça as suas desculpas.
Você pode desculpar alguém que já tenha morrido, se a ofensa permanecer viva em seu coração, carregado de ressentimento.
Ressentir é sentir novamente. Pra que reviver o sofrimento, a mágoa, se não for com o único intuito de depurar seu espírito?
Quantas vezes nos sentimos oprimidos, infelizes quando nos lembramos de uma injustiça, ou de uma atitude agressiva de nosso pai, mãe, ex-marido, filhos, netos, amigos e tantas outras pessoas com quem convivemos?
Entre aqui e envie o seu perdão
Se você preferir, cite os fatos, destaque alguns detalhes, sem fazer avaliações, sem melindrar o outro. Apenas estenda a sua mão amiga.
Se você não quiser, não precisa se identificar.
Basta que relate em poucas palavras como ocorreu a ofensa, para que apenas o ofendido possa se identificar pela exposição das circunstâncias.
Para ler os pedidos de perdão
Clique aqui
PEDIDOS DE PERDÃO E PERDÕES CONCEDIDOS
Clique aqui
E leia as mensagens de perdões pedidos e concedidos. Veja como é bonito ver as pessoas tomando essa atitude!
Comentários e reflexões sobre os gestos de pedir e de perdoar
PERDÃO
"Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem com o Senhor lhes perdoou". (Cl 3.13)
Existe um ditado que diz: "Errar é humano, perdoar é divino". Geralmente, quem usa este ditado tenta justificar seus próprios erros ou o fato de não querer perdoar - "já que não sou Deus, está tudo bem se eu não perdoar".
Quem conhece a Bíblia sabe que não é bem assim.
O que é o perdão? O perdão é uma decisão de não levantar mais a ofensa perante três pessoas: Deus, os outros (inclusive o ofensor) e eu mesmo.
Perdoar é difícil porque gostamos de relembrar a ofensa. Perdoar é difícil porque gostamos de comentá-la com outras pessoas. Perdoar é difícil porque gostamos de "jogar na cara" do ofensor o que ele nos fez. Perdoar é difícil porque gostamos de nos fazer de vítimas e nos queixar com Deus. De fato, perdoar é difícil, mas não impossível. Mas perdoar também é necessário, pois é a única maneira de salvar um relacionamento. Perdoar é preciso por ser a única maneira de sarar a ferida e não ficar preso nas garras da autopiedade e da amargura. Perdoar é preciso para não contaminar outras pessoas em nossos contatos interpessoais. Perdoar é preciso porque Deus nos manda perdoar sempre - e, mesmo quando obedecemos a Deus e perdoamos, temos de reconhecer que "somos servos inúteis, apenas cumprimos o nosso dever", conforme Colossenses 3.10.
Não é tanto uma questão de fé, mas de obediência, de decisão. Se quisermos realmente seguir a Cristo, perdoar não é uma opção ou "um favor" que fazemos aos outros. É um dever.
Jesus Cristo também perdoa nossos pecados e nos capacita a cumprir Suas ordens. Desta forma, perdoar não é sobre-humano, mas algo que podemos cumprir com a graça do nosso Senhor.
Perdoar é difícil, mas necessário!
Colaboração enviada por: Maria Helena dos Santos Everton
Oração do perdão
Buscando eliminar todos os bloqueios que atrapalham a minha evolução, dedicarei alguns minutos para perdoar.
A partir deste momento, eu perdôo todas as pessoas que de alguma forma me injuriaram, me prejudicaram ou me causaram dificuldades desnecessárias.
Perdôo sinceramente quem me rejeitou, me odiou, me abandonou, me traiu, me ridicularizou, me humilhou, me amedrontou, me iludiu.
Perdôo especialmente, quem me provocou até que eu perdesse a paciência e reagisse violentamente, para depois me fazer sentir vergonha, remorso e culpa inadequada.
Reconheço que também fui responsável pelas agressões que recebi, pois várias vezes confiei em indivíduos negativos, permiti que me fizessem de bobo e descarregassem sobre mim seu mau caráter.
Por longos anos suportei maus tratos, humilhações, perdendo tempo e energia, na tentativa inútil de conseguir um bom relacionamento com essas criaturas.
Já estou livre da necessidade compulsiva de sofrer e livre da obrigação de conviver com indivíduos e ambientes tóxicos.
Iniciei agora uma nova etapa de minha vida, em companhia de gente amiga, sadia e competente.
Queremos compartilhar sentimentos nobres, enquanto trabalhamos pelo progresso de todos nós.
Jamais voltarei a me queixar, falando sobre mágoas e pessoas negativas.
Se por acaso pensar nelas, lembrarei que já estão perdoadas e descartadas de minha vida íntima definitivamente.
Agradeço pelas dificuldades que essas pessoas me causaram, por isso me ajudou a sair do nível comum ao nível espiritualizado em que estou agora.
Quando me lembrar das pessoas que me fizeram sofrer, procurarei valorizar suas boas qualidades e pedirei ao Criador que as perdoe também, evitando que elas sejam castigadas pela lei de causa e efeito, nesta vida ou em futuras.
Dou razão a todas as pessoas que rejeitaram o meu amor e minhas boas intenções, pois reconheço que é um direito que assiste a cada um me repelir, não me corresponder e me afastar de suas vidas.
Agora, sinceramente, peço perdão a todas as pessoas a quem, de alguma forma, consciente ou inconscientemente, eu ofendi, injuriei, prejudiquei ou desagradei.
Analisando e fazendo julgamento de tudo que realizei ao longo de toda a minha vida, vejo que o valor de minhas boas ações é suficiente para pagar todas as minhas dívidas e resgatar todas as minhas culpas, deixando um saldo positivo a meu favor.
Sinto-me em paz com minha consciência e de cabeça erguida respiro profundamente, prendo o ar e me concentro para enviar uma corrente de energia destinada ao Eu Superior.
Ao relaxar, minhas sensações revelam que este contato foi estabelecido.
Agora, dirijo uma mensagem de fé ao meu Eu Superior, pedindo orientação, proteção e ajuda, para a realização, em ritmo acelerado, de um projeto muito importante que estou mentalizando e para o qual já estou trabalhando com dedicação e amor.
Agradeço, de todo o coração, a todas as pessoas que me ajudaram e comprometo-me a retribuir trabalhando para o bem do próximo, atuando como agente catalisador do Entusiasmo, Prosperidade e Autorrealização.
Tudo farei em harmonia com as leis da natureza e com a permissão do nosso Criador eterno, infinito, indescritível que eu, intuitivamente, sinto como o único poder real, atuante dentro e fora de mim.
Assim seja, assim é e assim será.
Assim Seja Amém!
Fonte: Cinestesia do Saber - Renato Siqueira
Enviado por: Annaluiza Paiva
Quando se ama realmente, não existe espaço para se pedir perdão, pois o amor verdadeiro é aquele que não ofende, não magoa, nem entristece. O único que concede Perdão, é DEUS. Nós pobres mortais, apenas pediremos "desculpas", quando ofendemos alguém. Tenham todos muita Paz, Amor e sejam Solidários, para se sentirem felizes.
Firmina Garcia.
PERDOAR FAZ BEM
Tenho esta frase entalhada num arenito no meu quiosque, pois tenho isto como uma verdade pétrea. Às vezes perdoar é uma questão de hábito. E ás vezes pode ser muito difícil perdoar. Mas é um grande alívio, um remédio. E mais, o ódio é uma carga tão inútil que, às vezes, nem o desafeto está sendo punido com a nossa raiva. O ódio é, antes de mais nada, um auto flagelo.
O perdão é como um bálsamo de boa qualidade, que anula os maus odores e refresca o ambiente. Ou como aquele óleo que lubrifica as engrenagens e evita o desgaste e faz a máquina andar leve.
Lou, obrigado pelo seu sorriso.
Um beijo e um abraço do Ivo Leo Hammes
PERDÃO INCONDICIONAL
O perdão incondicional no mundo atual é muito raro. Além de não perdoarmos com facilidade as ofensas de parentes e amigos, encontramos impedimentos enormes para a sua prática no que se refere aos inimigos.
O orgulho é de tal ordem que basta um parente cometer um erro social para ficarmos furiosos. É que logo o acontecimento chegará ao conhecimento público, nos envolvendo indiretamente. Em vez de desculpar a fragilidade moral do infeliz e procurar lhe dar apoio para suavizar as punhaladas do remorso, ficamos a atirar pedradas. Pedradas do desprezo, da indiferença, sem medir as conseqüências anticaridosas de tal atitude.
Conta o escritor John Lageman um fato contemporâneo. Ocorreu com um ex-presidiário, que sofreu nas carnes da alma a incompreensão e abandono dos seus familiares, durante todo o tempo em que esteve recluso numa penitenciária. Os seus parentes o isolaram totalmente. Nenhum deles lhe escreveu sequer uma linha. Nunca o foram visitar na prisão durante a sua permanência ali. Tudo aconteceu a partir do momento em que aquele homem, depois de conseguir a liberdade condicional por bom comportamento, tomou o trem, de retorno ao lar. Por uma coincidência que somente a providência divina explica, um amigo do diretor da penitenciária se sentou ao seu lado. Por ser uma pessoa sensível, identificou a inquietação e a ansiedade na fisionomia sofrida do companheiro de viagem, com gentileza, lhe falou: "O amigo parece muito angustiado! Não gostaria de conversar um pouco? Talvez pudesse diminuir o desconforto." O ex-presidiário deu um profundo suspiro. Constrangido, falou: "realmente. Estou muito tenso. Estou voltando ao lar. Escrevi para minha família e pedi que colocasse uma fita branca na macieira existente nas imediações da estação, caso me tivesse perdoado o ato vergonhoso. Se não me quisesse de volta, não deveria fazer nada. Então eu permanecerei no trem e rumarei para um lugar incerto."
O novo amigo verificou como sofria aquele homem. Ele sofrera uma dupla penalidade: a da sociedade que o segregara e a da família, que o abandonara. Condoeu-se e se ofereceu para vigiar pela janela o aparecimento da árvore. A macieira que selaria o destino daquele homem.
Dez minutos depois, colocou a mão no braço do ex-condenado. Falou quase num sussurro: lá está ela. E mais baixo ainda: não existe uma fita branca na macieira. Fez uma pausa que pareceu uma eternidade... A macieira está toda coberta de fitas brancas.
A terapia do perdão dissipou naquele exato momento toda a amargura que havia envenenado por tanto tempo uma vida humana. O pobre homem reabilitado deixou que as lágrimas escorressem pelas faces, como a lavar todas as marcas da angústia que até então o atormentara. A simbologia das fitas brancas do perdão incondicional deve ficar gravada na nossa mente. Deve nos lembrar sempre as palavras de Jesus: Aquele dentre vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra." Quem de nós não necessita de perdão? Quem já não errou, se equivocou, faliu? A própria reencarnação é, para cada um de nós, o perdão incondicional de Deus, a nos permitir uma nova chance para o resgate dos débitos e retomada do caminho.
Você sabia?
Você sabia que o maior exemplo de perdão foi dado por Jesus? Ele retornou após a morte para amparar os apóstolos. Apóstolos que, à exceção de João, o haviam abandonado na hora da sua prisão, flagelação e morte. Apesar disso, ele ratificou a missão que lhes conferira de espalhar as sementes do Seu Evangelho pela Terra. E eles aproveitaram muito bem o perdão de Jesus. Tornaram-se homens corajosos, incansáveis na luta pela verdade e pelo bem. Tornaram-se exemplos para nós. Graças ao perdão de Jesus o Evangelho nos chegou pelo trabalho e esforço de um punhado de homens.
Enviado por: Maria Socorro Sá de Barros
Sopre as Cinzas
- só por sacanagem -
Quem feriu você já feriu e já passou.
Lá na frente encontrará o inevitável retorno e pelas mãos de outrem será ferido também.
A Vida se encarregará de dar-lhe o troco e você, talvez, nem jamais fique sabendo.
O que importa de verdade é o que você sentiu e, mais importante, é o que ainda você sente:
Mágoa? Rancor? Ressentimento? Ódio?
Você consegue perceber que esses sentimentos foram escolhidos por você?
Somos nós que escolhemos o que sentir diante de agressões e de ofensas.
Quem nos faz o "mal" é responsável pelo que faz, mas NÓS somos responsáveis pelo que sentimos.
Essa responsabilidade tem a ver com o Amor que devemos e temos que sentir por nós mesmos.
O ofensor fez o que fez e o momento passou, mas o que ficou aí dentro de você?
Mágoa?
- Você sabia que de todas as drogas ela é a mais cancerígena? Pela sua própria saúde, jogue-a fora.
Rancor?
- Ele é como um alimento preparado com veneno irreconhecível: dia mais, dia menos, você poderá contrair doenças de cujas origens nem suspeitará.
Ressentimento?
- Pois imagine-se vivendo dentro de um ambiente constantemente poluído, enfumaçado, repleto de bactérias e de incontáveis tipos de vírus: é isso que seu coração e seus pulmões estão tentando aguentar.
Até quando você acha que eles vão resistir?
Ódio?
- Seus efeitos são paralisantes.
Seu sistema imunológico entrará em conflito com esse veneno que com o tempo poderá colocar você face a face com a morte e talvez muito tarde você venha a perceber que melhor seria ter deixado que seu agressor colhesse os frutos do próprio plantio.
Por seu próprio Bem e só pelo seu Bem, perdoe.
O perdão o libertará e o fará livre para ser feliz.
Esqueça o "mal" que lhe foi feito.
Deixe que seu ofensor lembre-se dele através das consequências com que, certamente, virá a arcar.
Mude seu destino... seja o comandante da sua nau!
Escolha o melhor caminho para sua "viagem".
... e se outras vezes o ferirem, perdoe ...
Perdoe ... nem que seja só por sacanagem!
Autora: Silvia Schmidt
Comentário da Yêda Saraiva sobre o texto:
GRANDE, GRANDE LIÇÃO MESMO.
É o que procuro fazer, na medida que, como humana, tenho minhas falhas. Mágoas, ódios, ressentimentos, são palavras que para mim foram riscadas do meu coração - prezo muito a minha saúde, física e mental. Quero em minha vida, a amizade, o amor, o perdão, as boas recordações (as más ficam jogadas em um lugar de difícil acesso em minha mente - lembrá-las, só se for para não repeti-las). Quando se consegue isso, é como sentir-se sem uma pesada cruz em nosso coração e em nossa alma. É como o título de um dos livros mais bonitos que li (e não foram poucos): "A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER." de Milan Kundera - vale uma leitura - mas com atenção, para perceber as nuances que o autor passa sobre como o ser humano complica o que não é complicado.
Realmente, é tão fácil viver que se torna insustentável e as pessoas começam a procurar complicações ou, o que é pior, a criar complicações, onde não existem. "É insustentável apenas ser." Temos que complicar, para poder reclamar da vida ou se sentir infeliz, quando a felicidade, às vezes, está apenas num abrir a janela e ver o sol radiante, ou um céu cheio de estrelas, ou mesmo a chuva batendo em nossa vidraça (não essa chuva que tira os lares dos humildes; eles sim podem reclamar da vida, mas parece que eles são os verdadeiros sábios, estão sempre reconstruindo e achando que amanhã será melhor - aprendo muito com eles e também sofro com o sofrimento deles - coisa real, tangível).
É felicidade você ter as suas pernas para poder andar, seus olhos, para ver a belezas da natureza, ver seus filhos e netos, sua saúde. É felicidade ter seus braços para poder abraçar as pessoas amadas. É felicidade, ter chegado a essa altura da vida e ainda ser capaz de fazer coisas que nossas mães e avós nem imaginavam, até mesmo nós não imaginávamos essa aventura - saber lidar com essa máquina assustadora para muitos. É felicidade, estar diante dessa maquininha mágica, que nos leva onde quisermos, que nos mantém em contato, direto de nossa casa, com o mundo, e olha que já percorremos uma longa estrada.
MAS ESTAMOS AQUI - FELIZES DA VIDA!!!
Você só ama quem não ama você, só quer o que é mais difícil, nunca está feliz com o que tem, se preocupa porque o vizinho é mais afortunado que você e, vai por aí a fora... Acredito, como diz o autor do texto, que: "Nós somos os responsáveis por nossas infelicidades, por nossa incapacidade de simples e puramente - SER."
Enviado por: Yêda Saraiva
ME LIBERTEI DA MINHA MÁGOA
Lou, desejo parabenizá-la pela PÁGINA DO PERDÃO. Que iniciativa comovente! Mais uma vez encontrei neste Site motivo de alegria. Posso afirmar que esta seção me salvou de uma doença incurável quando me libertei da minha mágoa, perdoando o meu irmão mais velho.
Agora somos bons amigos, mas fiquei sem falar com ele durante 22 anos. E semana passada , tomei a decisão de também perdoar a minha cunhada (atualmente eles estão separados). Ela era a razão das minhas brigas com meu irmão, mas ela é a mãe de meus sobrinhos. Estou aliviada. E tenho fé em Deus que estou curada deste ódio que me consumia e poderia me levar à morte.
Muito obrigada.
Enviado por: Etelvina
A MISECÓRDIA É O COMPLEMENTO DA BRANDURA
Perdoar Sim, deves perdoar! Perdoar e esquecer a ofensa que te colheu de surpresa, quase dilacerando a tua paz. Afinal, o teu opositor não desejou ferir-te realmente, e, se o fez com essa intenção, perdoa ainda, perdoa-o com maior dose de compaixão e amor. Ele deve estar enfermo, credor, portanto, da misericórdia do perdão. Ante a tua aflição, talvez ele sorria. A insanidade se apresenta em face múltipla e uma delas é a impiedade, outra o sarcasmo, podendo revestir-se de aspectos muito diversos. Se ele agiu, cruciado pela ira, assacando as armas da calúnia e da agressão, foi vitimado por cilada infeliz da qual poderá sair desequilibrado ou comprometido organicamente. Possivelmente, não irá perceber esse problema, senão mais tarde. Quando te ofendeu deliberadamente, conduzindo o teu nome e o teu caráter ao descrédito, em verdade se desacreditou ele mesmo. Continuas o que és e não o que ele disse a teu respeito. Conquanto justifique manter a animosidade contra tua pessoa, evitando a reaproximação, alimenta miasmas que lhe fazem mal e se abebera da alienação com indisfarçável presunção. Perdoa, portanto, seja o que for e a quem for. O perdão beneficia aquele que perdoa, por propiciar-lhe paz espiritual, equilíbrio emocional e lucidez mental. Felizes são os que possuem a fortuna do perdão para a distender largamente, sem parcimônia. O perdoado é alguém em débito; o que perdoou é espírito em lucro. Se revidas o mal és igual ao ofensor; se perdoas, estás em melhor condição; mas se perdoas e amas aquele que te maltratou, avanças em marcha invejável pela rota do bem. Todo agressor sofre em si mesmo. É um espírito envenenado, espargindo o tóxico que o vitima. Não desças a ele senão para o ajudar. Há tanto tempo não experimentavas aflição ou problema - graças à fé clara e nobre que esflora em tua alma - que te desacostumaste ao convívio do sofrimento. Por isso, estás considerando em demasia o petardo com que te atingiram, valorizando a ferida que podes de imediato cicatrizar. Pelo que se passa contigo, medita e compreenderás o que ocorre com ele, o teu ofensor. O que te é inusitado, nele é habitual. Se não te permitires a ira ou a rebeldia - perdoarás! A mão que, em afagando a tua, crava nela espinhos e urze que carrega, está ferida ou se ferirá simultaneamente. Não lhe retribuas a atitude, usando estiletes de violência para não aprofundares as lacerações. O regato singelo, que tem o curso impedido por calhaus e os não pode afastar, contorna-os ou para, a fim de ultrapassá-los e seguir adiante. A natureza violentada pela tormenta responde ao ultraje reverdescendo tudo e logo multiplicando flores e grãos. E o pântano infeliz, na sua desolação, quando se adorna de luar, parece receber o perdão da paisagem e a benéfica esperança da oportunidade de ser drenado brevemente, transformando-se em jardim. Que é o "Consolador", que hoje nos conforta e esclarece, conduzindo uma plêiade de Embaixadores dos Céus para a Terra, em missão de misericórdia e amor, senão o perdão de Deus aos nossos erros, por intercessão de Jesus?! Perdoa, sim, e intercede ao Senhor por aquele que te ofende, olvidando todo o mal que ele supõe ter-te feito ou que supões que ele te fez, e, se o conseguires, ama-o, assim mesmo como ele é. "Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes". Mateus: 18-22. "A misericórdia é o complemento da brandura, porquanto aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacifico. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas". O Evangelho Segundo O Espiritismo, Cap. X - Item 4.
Autora: Joanna de Ângelis
Enviado por Dilma Faria Terra
Quer pedir perdão?
Quer perdoar?
Pedidos de perdão
Perdões concedidos
Comentários e reflexões
QUER PEDIR PERDÃO?
O que importa é se livrar dos sentimentos negativos vinculados à quebra da amizade. Pedir desculpas e desculpar são gestos altruístas, que nos fazem muito bem. De certo modo, uma forma de agradecer à vida. Aqui, ninguém precisa se identificar. Assim, criamos este espaço íntimo e desejamos que ele cresça cheio de propostas de paz. Deixe fluir novos pensamentos, ao invés de ficar remoendo episódios desagradáveis, que fazem tanto mal.
Entre aqui e envie o seu pedido de desculpas!
QUER PERDOAR?
Então informe seu desejo de jogar ao vento tudo que aconteceu, mesmo que você não se esqueça dos fatos.
Informe que se curou da raiva e deseja perdoar aquele que o feriu.
Quando somos agredidos, traídos, ofendidos, nossa primeira reação é de raiva, humilhação, seguida de um desejo de vingança. Ou, quando se é mais racional, procura-se apagar da nossa mente quem nos atingiu. Porém, a amargura permanece. Para perdoar alguém é preciso, primeiro, perdoar-se.
O perdão, pra ser verdadeiro, precisa ser concedido com o coração, sem qualquer cobrança.
Descubra em seu interior a força que o permitirá superar rancores e curar feridas.
Você pode perdoar alguém mesmo que esse alguém nunca lhe tenha pedido desculpas.
Muitas vezes o ofensor sente vontade, mas não tem coragem de pedir desculpas. Pode parecer, mas nem sempre é falta de humildade. Exatamente por se sentir inferior, por se sentir humilde é que ele não tem a ousadia de se achar merecedor de seu perdão. Tome a iniciativa e ofereça as suas desculpas.
Você pode desculpar alguém que já tenha morrido, se a ofensa permanecer viva em seu coração, carregado de ressentimento.
Ressentir é sentir novamente. Pra que reviver o sofrimento, a mágoa, se não for com o único intuito de depurar seu espírito?
Quantas vezes nos sentimos oprimidos, infelizes quando nos lembramos de uma injustiça, ou de uma atitude agressiva de nosso pai, mãe, ex-marido, filhos, netos, amigos e tantas outras pessoas com quem convivemos?
Entre aqui e envie o seu perdão
Se você preferir, cite os fatos, destaque alguns detalhes, sem fazer avaliações, sem melindrar o outro. Apenas estenda a sua mão amiga.
Se você não quiser, não precisa se identificar.
Basta que relate em poucas palavras como ocorreu a ofensa, para que apenas o ofendido possa se identificar pela exposição das circunstâncias.
Para ler os pedidos de perdão
Clique aqui
PEDIDOS DE PERDÃO E PERDÕES CONCEDIDOS
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E leia as mensagens de perdões pedidos e concedidos. Veja como é bonito ver as pessoas tomando essa atitude!
Comentários e reflexões sobre os gestos de pedir e de perdoar
PERDÃO
"Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem com o Senhor lhes perdoou". (Cl 3.13)
Existe um ditado que diz: "Errar é humano, perdoar é divino". Geralmente, quem usa este ditado tenta justificar seus próprios erros ou o fato de não querer perdoar - "já que não sou Deus, está tudo bem se eu não perdoar".
Quem conhece a Bíblia sabe que não é bem assim.
O que é o perdão? O perdão é uma decisão de não levantar mais a ofensa perante três pessoas: Deus, os outros (inclusive o ofensor) e eu mesmo.
Perdoar é difícil porque gostamos de relembrar a ofensa. Perdoar é difícil porque gostamos de comentá-la com outras pessoas. Perdoar é difícil porque gostamos de "jogar na cara" do ofensor o que ele nos fez. Perdoar é difícil porque gostamos de nos fazer de vítimas e nos queixar com Deus. De fato, perdoar é difícil, mas não impossível. Mas perdoar também é necessário, pois é a única maneira de salvar um relacionamento. Perdoar é preciso por ser a única maneira de sarar a ferida e não ficar preso nas garras da autopiedade e da amargura. Perdoar é preciso para não contaminar outras pessoas em nossos contatos interpessoais. Perdoar é preciso porque Deus nos manda perdoar sempre - e, mesmo quando obedecemos a Deus e perdoamos, temos de reconhecer que "somos servos inúteis, apenas cumprimos o nosso dever", conforme Colossenses 3.10.
Não é tanto uma questão de fé, mas de obediência, de decisão. Se quisermos realmente seguir a Cristo, perdoar não é uma opção ou "um favor" que fazemos aos outros. É um dever.
Jesus Cristo também perdoa nossos pecados e nos capacita a cumprir Suas ordens. Desta forma, perdoar não é sobre-humano, mas algo que podemos cumprir com a graça do nosso Senhor.
Perdoar é difícil, mas necessário!
Colaboração enviada por: Maria Helena dos Santos Everton
Oração do perdão
Buscando eliminar todos os bloqueios que atrapalham a minha evolução, dedicarei alguns minutos para perdoar.
A partir deste momento, eu perdôo todas as pessoas que de alguma forma me injuriaram, me prejudicaram ou me causaram dificuldades desnecessárias.
Perdôo sinceramente quem me rejeitou, me odiou, me abandonou, me traiu, me ridicularizou, me humilhou, me amedrontou, me iludiu.
Perdôo especialmente, quem me provocou até que eu perdesse a paciência e reagisse violentamente, para depois me fazer sentir vergonha, remorso e culpa inadequada.
Reconheço que também fui responsável pelas agressões que recebi, pois várias vezes confiei em indivíduos negativos, permiti que me fizessem de bobo e descarregassem sobre mim seu mau caráter.
Por longos anos suportei maus tratos, humilhações, perdendo tempo e energia, na tentativa inútil de conseguir um bom relacionamento com essas criaturas.
Já estou livre da necessidade compulsiva de sofrer e livre da obrigação de conviver com indivíduos e ambientes tóxicos.
Iniciei agora uma nova etapa de minha vida, em companhia de gente amiga, sadia e competente.
Queremos compartilhar sentimentos nobres, enquanto trabalhamos pelo progresso de todos nós.
Jamais voltarei a me queixar, falando sobre mágoas e pessoas negativas.
Se por acaso pensar nelas, lembrarei que já estão perdoadas e descartadas de minha vida íntima definitivamente.
Agradeço pelas dificuldades que essas pessoas me causaram, por isso me ajudou a sair do nível comum ao nível espiritualizado em que estou agora.
Quando me lembrar das pessoas que me fizeram sofrer, procurarei valorizar suas boas qualidades e pedirei ao Criador que as perdoe também, evitando que elas sejam castigadas pela lei de causa e efeito, nesta vida ou em futuras.
Dou razão a todas as pessoas que rejeitaram o meu amor e minhas boas intenções, pois reconheço que é um direito que assiste a cada um me repelir, não me corresponder e me afastar de suas vidas.
Agora, sinceramente, peço perdão a todas as pessoas a quem, de alguma forma, consciente ou inconscientemente, eu ofendi, injuriei, prejudiquei ou desagradei.
Analisando e fazendo julgamento de tudo que realizei ao longo de toda a minha vida, vejo que o valor de minhas boas ações é suficiente para pagar todas as minhas dívidas e resgatar todas as minhas culpas, deixando um saldo positivo a meu favor.
Sinto-me em paz com minha consciência e de cabeça erguida respiro profundamente, prendo o ar e me concentro para enviar uma corrente de energia destinada ao Eu Superior.
Ao relaxar, minhas sensações revelam que este contato foi estabelecido.
Agora, dirijo uma mensagem de fé ao meu Eu Superior, pedindo orientação, proteção e ajuda, para a realização, em ritmo acelerado, de um projeto muito importante que estou mentalizando e para o qual já estou trabalhando com dedicação e amor.
Agradeço, de todo o coração, a todas as pessoas que me ajudaram e comprometo-me a retribuir trabalhando para o bem do próximo, atuando como agente catalisador do Entusiasmo, Prosperidade e Autorrealização.
Tudo farei em harmonia com as leis da natureza e com a permissão do nosso Criador eterno, infinito, indescritível que eu, intuitivamente, sinto como o único poder real, atuante dentro e fora de mim.
Assim seja, assim é e assim será.
Assim Seja Amém!
Fonte: Cinestesia do Saber - Renato Siqueira
Enviado por: Annaluiza Paiva
Quando se ama realmente, não existe espaço para se pedir perdão, pois o amor verdadeiro é aquele que não ofende, não magoa, nem entristece. O único que concede Perdão, é DEUS. Nós pobres mortais, apenas pediremos "desculpas", quando ofendemos alguém. Tenham todos muita Paz, Amor e sejam Solidários, para se sentirem felizes.
Firmina Garcia.
PERDOAR FAZ BEM
Tenho esta frase entalhada num arenito no meu quiosque, pois tenho isto como uma verdade pétrea. Às vezes perdoar é uma questão de hábito. E ás vezes pode ser muito difícil perdoar. Mas é um grande alívio, um remédio. E mais, o ódio é uma carga tão inútil que, às vezes, nem o desafeto está sendo punido com a nossa raiva. O ódio é, antes de mais nada, um auto flagelo.
O perdão é como um bálsamo de boa qualidade, que anula os maus odores e refresca o ambiente. Ou como aquele óleo que lubrifica as engrenagens e evita o desgaste e faz a máquina andar leve.
Lou, obrigado pelo seu sorriso.
Um beijo e um abraço do Ivo Leo Hammes
PERDÃO INCONDICIONAL
O perdão incondicional no mundo atual é muito raro. Além de não perdoarmos com facilidade as ofensas de parentes e amigos, encontramos impedimentos enormes para a sua prática no que se refere aos inimigos.
O orgulho é de tal ordem que basta um parente cometer um erro social para ficarmos furiosos. É que logo o acontecimento chegará ao conhecimento público, nos envolvendo indiretamente. Em vez de desculpar a fragilidade moral do infeliz e procurar lhe dar apoio para suavizar as punhaladas do remorso, ficamos a atirar pedradas. Pedradas do desprezo, da indiferença, sem medir as conseqüências anticaridosas de tal atitude.
Conta o escritor John Lageman um fato contemporâneo. Ocorreu com um ex-presidiário, que sofreu nas carnes da alma a incompreensão e abandono dos seus familiares, durante todo o tempo em que esteve recluso numa penitenciária. Os seus parentes o isolaram totalmente. Nenhum deles lhe escreveu sequer uma linha. Nunca o foram visitar na prisão durante a sua permanência ali. Tudo aconteceu a partir do momento em que aquele homem, depois de conseguir a liberdade condicional por bom comportamento, tomou o trem, de retorno ao lar. Por uma coincidência que somente a providência divina explica, um amigo do diretor da penitenciária se sentou ao seu lado. Por ser uma pessoa sensível, identificou a inquietação e a ansiedade na fisionomia sofrida do companheiro de viagem, com gentileza, lhe falou: "O amigo parece muito angustiado! Não gostaria de conversar um pouco? Talvez pudesse diminuir o desconforto." O ex-presidiário deu um profundo suspiro. Constrangido, falou: "realmente. Estou muito tenso. Estou voltando ao lar. Escrevi para minha família e pedi que colocasse uma fita branca na macieira existente nas imediações da estação, caso me tivesse perdoado o ato vergonhoso. Se não me quisesse de volta, não deveria fazer nada. Então eu permanecerei no trem e rumarei para um lugar incerto."
O novo amigo verificou como sofria aquele homem. Ele sofrera uma dupla penalidade: a da sociedade que o segregara e a da família, que o abandonara. Condoeu-se e se ofereceu para vigiar pela janela o aparecimento da árvore. A macieira que selaria o destino daquele homem.
Dez minutos depois, colocou a mão no braço do ex-condenado. Falou quase num sussurro: lá está ela. E mais baixo ainda: não existe uma fita branca na macieira. Fez uma pausa que pareceu uma eternidade... A macieira está toda coberta de fitas brancas.
A terapia do perdão dissipou naquele exato momento toda a amargura que havia envenenado por tanto tempo uma vida humana. O pobre homem reabilitado deixou que as lágrimas escorressem pelas faces, como a lavar todas as marcas da angústia que até então o atormentara. A simbologia das fitas brancas do perdão incondicional deve ficar gravada na nossa mente. Deve nos lembrar sempre as palavras de Jesus: Aquele dentre vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra." Quem de nós não necessita de perdão? Quem já não errou, se equivocou, faliu? A própria reencarnação é, para cada um de nós, o perdão incondicional de Deus, a nos permitir uma nova chance para o resgate dos débitos e retomada do caminho.
Você sabia?
Você sabia que o maior exemplo de perdão foi dado por Jesus? Ele retornou após a morte para amparar os apóstolos. Apóstolos que, à exceção de João, o haviam abandonado na hora da sua prisão, flagelação e morte. Apesar disso, ele ratificou a missão que lhes conferira de espalhar as sementes do Seu Evangelho pela Terra. E eles aproveitaram muito bem o perdão de Jesus. Tornaram-se homens corajosos, incansáveis na luta pela verdade e pelo bem. Tornaram-se exemplos para nós. Graças ao perdão de Jesus o Evangelho nos chegou pelo trabalho e esforço de um punhado de homens.
Enviado por: Maria Socorro Sá de Barros
Sopre as Cinzas
- só por sacanagem -
Quem feriu você já feriu e já passou.
Lá na frente encontrará o inevitável retorno e pelas mãos de outrem será ferido também.
A Vida se encarregará de dar-lhe o troco e você, talvez, nem jamais fique sabendo.
O que importa de verdade é o que você sentiu e, mais importante, é o que ainda você sente:
Mágoa? Rancor? Ressentimento? Ódio?
Você consegue perceber que esses sentimentos foram escolhidos por você?
Somos nós que escolhemos o que sentir diante de agressões e de ofensas.
Quem nos faz o "mal" é responsável pelo que faz, mas NÓS somos responsáveis pelo que sentimos.
Essa responsabilidade tem a ver com o Amor que devemos e temos que sentir por nós mesmos.
O ofensor fez o que fez e o momento passou, mas o que ficou aí dentro de você?
Mágoa?
- Você sabia que de todas as drogas ela é a mais cancerígena? Pela sua própria saúde, jogue-a fora.
Rancor?
- Ele é como um alimento preparado com veneno irreconhecível: dia mais, dia menos, você poderá contrair doenças de cujas origens nem suspeitará.
Ressentimento?
- Pois imagine-se vivendo dentro de um ambiente constantemente poluído, enfumaçado, repleto de bactérias e de incontáveis tipos de vírus: é isso que seu coração e seus pulmões estão tentando aguentar.
Até quando você acha que eles vão resistir?
Ódio?
- Seus efeitos são paralisantes.
Seu sistema imunológico entrará em conflito com esse veneno que com o tempo poderá colocar você face a face com a morte e talvez muito tarde você venha a perceber que melhor seria ter deixado que seu agressor colhesse os frutos do próprio plantio.
Por seu próprio Bem e só pelo seu Bem, perdoe.
O perdão o libertará e o fará livre para ser feliz.
Esqueça o "mal" que lhe foi feito.
Deixe que seu ofensor lembre-se dele através das consequências com que, certamente, virá a arcar.
Mude seu destino... seja o comandante da sua nau!
Escolha o melhor caminho para sua "viagem".
... e se outras vezes o ferirem, perdoe ...
Perdoe ... nem que seja só por sacanagem!
Autora: Silvia Schmidt
Comentário da Yêda Saraiva sobre o texto:
GRANDE, GRANDE LIÇÃO MESMO.
É o que procuro fazer, na medida que, como humana, tenho minhas falhas. Mágoas, ódios, ressentimentos, são palavras que para mim foram riscadas do meu coração - prezo muito a minha saúde, física e mental. Quero em minha vida, a amizade, o amor, o perdão, as boas recordações (as más ficam jogadas em um lugar de difícil acesso em minha mente - lembrá-las, só se for para não repeti-las). Quando se consegue isso, é como sentir-se sem uma pesada cruz em nosso coração e em nossa alma. É como o título de um dos livros mais bonitos que li (e não foram poucos): "A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER." de Milan Kundera - vale uma leitura - mas com atenção, para perceber as nuances que o autor passa sobre como o ser humano complica o que não é complicado.
Realmente, é tão fácil viver que se torna insustentável e as pessoas começam a procurar complicações ou, o que é pior, a criar complicações, onde não existem. "É insustentável apenas ser." Temos que complicar, para poder reclamar da vida ou se sentir infeliz, quando a felicidade, às vezes, está apenas num abrir a janela e ver o sol radiante, ou um céu cheio de estrelas, ou mesmo a chuva batendo em nossa vidraça (não essa chuva que tira os lares dos humildes; eles sim podem reclamar da vida, mas parece que eles são os verdadeiros sábios, estão sempre reconstruindo e achando que amanhã será melhor - aprendo muito com eles e também sofro com o sofrimento deles - coisa real, tangível).
É felicidade você ter as suas pernas para poder andar, seus olhos, para ver a belezas da natureza, ver seus filhos e netos, sua saúde. É felicidade ter seus braços para poder abraçar as pessoas amadas. É felicidade, ter chegado a essa altura da vida e ainda ser capaz de fazer coisas que nossas mães e avós nem imaginavam, até mesmo nós não imaginávamos essa aventura - saber lidar com essa máquina assustadora para muitos. É felicidade, estar diante dessa maquininha mágica, que nos leva onde quisermos, que nos mantém em contato, direto de nossa casa, com o mundo, e olha que já percorremos uma longa estrada.
MAS ESTAMOS AQUI - FELIZES DA VIDA!!!
Você só ama quem não ama você, só quer o que é mais difícil, nunca está feliz com o que tem, se preocupa porque o vizinho é mais afortunado que você e, vai por aí a fora... Acredito, como diz o autor do texto, que: "Nós somos os responsáveis por nossas infelicidades, por nossa incapacidade de simples e puramente - SER."
Enviado por: Yêda Saraiva
ME LIBERTEI DA MINHA MÁGOA
Lou, desejo parabenizá-la pela PÁGINA DO PERDÃO. Que iniciativa comovente! Mais uma vez encontrei neste Site motivo de alegria. Posso afirmar que esta seção me salvou de uma doença incurável quando me libertei da minha mágoa, perdoando o meu irmão mais velho.
Agora somos bons amigos, mas fiquei sem falar com ele durante 22 anos. E semana passada , tomei a decisão de também perdoar a minha cunhada (atualmente eles estão separados). Ela era a razão das minhas brigas com meu irmão, mas ela é a mãe de meus sobrinhos. Estou aliviada. E tenho fé em Deus que estou curada deste ódio que me consumia e poderia me levar à morte.
Muito obrigada.
Enviado por: Etelvina
A MISECÓRDIA É O COMPLEMENTO DA BRANDURA
Perdoar Sim, deves perdoar! Perdoar e esquecer a ofensa que te colheu de surpresa, quase dilacerando a tua paz. Afinal, o teu opositor não desejou ferir-te realmente, e, se o fez com essa intenção, perdoa ainda, perdoa-o com maior dose de compaixão e amor. Ele deve estar enfermo, credor, portanto, da misericórdia do perdão. Ante a tua aflição, talvez ele sorria. A insanidade se apresenta em face múltipla e uma delas é a impiedade, outra o sarcasmo, podendo revestir-se de aspectos muito diversos. Se ele agiu, cruciado pela ira, assacando as armas da calúnia e da agressão, foi vitimado por cilada infeliz da qual poderá sair desequilibrado ou comprometido organicamente. Possivelmente, não irá perceber esse problema, senão mais tarde. Quando te ofendeu deliberadamente, conduzindo o teu nome e o teu caráter ao descrédito, em verdade se desacreditou ele mesmo. Continuas o que és e não o que ele disse a teu respeito. Conquanto justifique manter a animosidade contra tua pessoa, evitando a reaproximação, alimenta miasmas que lhe fazem mal e se abebera da alienação com indisfarçável presunção. Perdoa, portanto, seja o que for e a quem for. O perdão beneficia aquele que perdoa, por propiciar-lhe paz espiritual, equilíbrio emocional e lucidez mental. Felizes são os que possuem a fortuna do perdão para a distender largamente, sem parcimônia. O perdoado é alguém em débito; o que perdoou é espírito em lucro. Se revidas o mal és igual ao ofensor; se perdoas, estás em melhor condição; mas se perdoas e amas aquele que te maltratou, avanças em marcha invejável pela rota do bem. Todo agressor sofre em si mesmo. É um espírito envenenado, espargindo o tóxico que o vitima. Não desças a ele senão para o ajudar. Há tanto tempo não experimentavas aflição ou problema - graças à fé clara e nobre que esflora em tua alma - que te desacostumaste ao convívio do sofrimento. Por isso, estás considerando em demasia o petardo com que te atingiram, valorizando a ferida que podes de imediato cicatrizar. Pelo que se passa contigo, medita e compreenderás o que ocorre com ele, o teu ofensor. O que te é inusitado, nele é habitual. Se não te permitires a ira ou a rebeldia - perdoarás! A mão que, em afagando a tua, crava nela espinhos e urze que carrega, está ferida ou se ferirá simultaneamente. Não lhe retribuas a atitude, usando estiletes de violência para não aprofundares as lacerações. O regato singelo, que tem o curso impedido por calhaus e os não pode afastar, contorna-os ou para, a fim de ultrapassá-los e seguir adiante. A natureza violentada pela tormenta responde ao ultraje reverdescendo tudo e logo multiplicando flores e grãos. E o pântano infeliz, na sua desolação, quando se adorna de luar, parece receber o perdão da paisagem e a benéfica esperança da oportunidade de ser drenado brevemente, transformando-se em jardim. Que é o "Consolador", que hoje nos conforta e esclarece, conduzindo uma plêiade de Embaixadores dos Céus para a Terra, em missão de misericórdia e amor, senão o perdão de Deus aos nossos erros, por intercessão de Jesus?! Perdoa, sim, e intercede ao Senhor por aquele que te ofende, olvidando todo o mal que ele supõe ter-te feito ou que supões que ele te fez, e, se o conseguires, ama-o, assim mesmo como ele é. "Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes". Mateus: 18-22. "A misericórdia é o complemento da brandura, porquanto aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacifico. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas". O Evangelho Segundo O Espiritismo, Cap. X - Item 4.
Autora: Joanna de Ângelis
Enviado por Dilma Faria Terra
Idosos esquecidos
''SE NÓS TIVÉSSEMOS NA JUVENTUDE
A SABEDORIA DA VELHICE,
NÃO TERÍAMOS COMETIDO OS ERROS
MARAVILHOSOS DO PASSADO.''
ALBERTO TAMES
MAIORES DESEMPARADOS
JUSSARA CÂMARA
Muitos idosos sobrevivem sem receber nenhum tipo de amparo.
A eles, não é dada a devida atenção para as suas necessidades básicas como a alimentação, a higiene pessoal, a roupa limpa, os medicamentos e a segurança.
Este descaso e negligência começam na maioria das vezes, em casa, na própria família. Falta respeito para quem já não ouve bem, caminha com dificuldades e enxerga pouco e por isso mesmo, passa a ser considerado um fardo para a família.
Em muitos casos, são isolados e recebem maus-tratos; como ocorreu, por exemplo, há tempos atrás, no Guarujá, litoral paulista, de uma filha que não dava comida ao seu pai, porque queria que ele morresse logo, para não ter que cuidar dele .
E como o idoso, na maioria das vezes, não tem para onde ir, acaba não denunciando, por medo de ficar mais sozinho. Nestes casos, são os vizinhos seus principais defensores.
A solidão leva a outros crimes oportunistas, como o estelionato. Muitos acreditando na eventualidade de uma companhia ou mesmo amizade, acabam se tornando vítimas fáceis da má-fé de desconhecidos.
Há pouco tempo, uma idosa precisando de atendimento em casa, teve a companhia de uma voluntária, tão prestimosa, que em apenas um mês, retirou todas suas economias do banco.
É dever do governo amparar seus cidadãos e da sociedade em lutar por seus direitos. Mas, antes de tudo, o respeito deve começar dentro de casa, principalmente, para com aqueles que sempre cuidaram de toda família e hoje em dia, quando chegam na velhice, não têm quem cuide deles.
A EXPLORAÇÃO DOS IDOSOS
NICOLAU AMARAL
Ao ter acesso, a alguns dados da Pesquisa do Instituto Somatório, alguns números me chamaram a atenção, principalmente na questão da contribuição para a renda familiar nas classes A, B, C e D. O estudo entrevistou 1.500 pessoas com mais de 60 anos, de todas as classes sociais, em dez cidades do País, no final do ano passado.
Só para ilustrar a exploração dos idosos pelos seus familiares, a pesquisa chegou aos seguintes dados: na classe A os idosos contribuem com 55% da renda familiar; na classe B com 59%; na C com 72% e; na D 88%. Outro dado relevante é quanto à alimentação dessas pessoas. Quando moram com a família, suas despesas com alimentação somam R$ 123,00, mas se vivem sozinhos, esse valor sobe para R$ 281,00. Já com a saúde, gastam somente R$ 54,00 morando com a família e R$ 173,00 quando vivem sozinhos. Com telefonia, os que moram com a família gastam R$ 26,00 contra R$ 66,00 pagos por aqueles que moram só.
Ainda segundo o estudo, a renda da 3ª idade atinge cerca de R$ 7,5 bilhões por mês, 93% dos idosos têm renda própria e colaboram com 71%, em média, do orçamento familiar.
Os dados levantados nesse trabalho me permitem afirmar que hoje os idosos, além de serem espoliados pelo governo após a implantação do famigerado “fator expectativa de vida” que ano a ano vem reduzindo as aposentadorias, acabam também sendo explorados pelos próprios familiares, seja por falta de empregos ou mesmo pela preguiça dos seus descendentes, que se aproveitam para ficarem no bem-bom, esperando a mesada de avós, pais e outros provectos próximos. E esses idosos, em troca da sua grande contribuição compulsória, esperam um pouco de companhia e amor dos seus familiares, o que não acontece em muitos casos.
Hoje em dia a adolescência está sendo prolongada, ninguém se casa cedo. Sair da casa dos pais, nem pensar, pois com moradia, comida e roupa lavada de graça, quem vai querer pagar por elas? Trabalho existe, e muito, mas a maioria dos jovens e nem tão jovens só quer saber de emprego com bom salário. Responsabilidades e horários não matam ninguém, só exigem esforço e dedicação.
É hora dos novos idosos brasileiros começarem a pensar mais em si próprios, serem um pouco egoístas e independentes e criarem a sua nova realidade. Somos milhões e milhões, um filão poderoso em termos políticos e econômicos. Precisamos lutar por nossos direitos, gastar e aproveitar o que é nosso conosco mesmo, e passar a responsabilidade para os mais jovens cuidarem de si próprios, pois quando não estivermos mais aqui, de uma forma ou de outra, eles terão de se virar, gostem ou não. Portanto, é melhor que comecem já!
Nicolau amaral é empresário da área de comunicação.
RESPEITO AO PASSADO
“Uma grande nação jamais poderá esquecer seus velhos.” Esta antiga frase, que há muito ouvimos, na realidade contrapõe-se à visão mercadológica apregoada pela mídia, que, de forma geral, sempre tentou impor a versão de que o novo, o jovem, é o modelo ideal a ser seguido, e que o velho, ou ultrapassado, deve ser descartado. Na seara do trabalho, no que diz respeito às oportunidades de crescimento pessoal, a figura do mais idoso denota certa fragilidade, e cada vez mais idosos entram num processo de baixa autoestima, quando poderiam continuar dando sua contribuição à sociedade.
É verdade que no Brasil houve grandes avanços em relação aos direitos dos idosos, mas ainda há muito que se fazer. Hoje, o país tem 14,5 milhões de idosos – ou 8,6% da população total –, segundo informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base no Censo 2000. O instituto considera idosas as pessoas com 60 anos ou mais, mesmo limite de idade considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para os países em desenvolvimento.
Em uma década, o número de idosos no Brasil cresceu 17%. O envelhecimento da população brasileira é reflexo do aumento da expectativa de vida, decorrente do avanço no campo da saúde e da redução da taxa de natalidade. Além dos mecanismos já existentes de proteção aos idosos, precisamos implementar políticas de sustentação desse segmento da sociedade que já deu o seu quinhão de colaboração ao país, segmento esse que ainda vive às tormentas de uma sociedade baseada na produção e na associação entre a figura do jovem como sendo o produtivo e do idoso como colocado em posição de descarte.
Foi com base nesse pensamento que o presidente Lula sancionou a lei que institui o Fundo Nacional do Idoso (FNI). A mesma legislação também autoriza deduzir do imposto de renda de pessoas físicas e jurídicas as doações feitas aos fundos municipal, estadual e nacional do idoso. Este fundo visa financiar os programas e as ações relacionados ao idoso, para assegurar os direitos sociais. Na realidade, o fundo pretende criar condições que promovam autonomia, integração e participação efetiva do idoso na sociedade. Os recursos serão usados de acordo com o que diz o artigo 115 do Estatuto do Idoso: “O Orçamento da Seguridade Social destinará ao Fundo Nacional de Assistência Social, até que o Fundo Nacional do Idoso seja criado, os recursos necessários, em cada exercício financeiro, para aplicação em programas e ações relativos ao idoso”.
Programas de proteção aos direitos do idoso vão muito além dos recursos financeiros que o Estado deve prover. Devemos nos fixar numa política de divulgação entre os jovens, baseada nos conceitos de respeito e carinho aos mais velhos. É bom lembrar que infelizmente hoje não existe mais o respeito, a consideração que outrora existia às gerações passadas. Estimular uma educação nos moldes de alguns países asiáticos como o Japão, onde o predomínio pelo cuidado e zelo ao idoso surge já infância, pavimentará uma real política em relação aos velhos do futuro, que finalmente terão um final de vida digno, jamais esquecido pela nação brasileira.
Fernando Rizzolo é advogado, pós-graduado em Direito Processual, mestrando em Direito Constitucional, Prof. do Curso de Pós Graduação em Direito da Universidade Paulista (UNIP). Participa como coordenador da Comissão de Direitos e Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção São Paulo, é membro
NOVAS DEMANDAS SOCIOECONÔMICAS A SEREM ENFRENTADAS PELO PAÍS NOS PRÓXIMOS 20 ANOS
Evidências demográficas que comprovam o rápido processo de envelhecimento da população brasileira têm servido de alerta para as novas demandas socioeconômicas a serem enfrentadas pelo País nos próximos 20 anos, quando os idosos serão 26% da população.
Em contrapartida, as mesmas estatísticas atestam que há um potencial significativo para a mudança de cultura em serviços e atendimento aos idosos. No contexto do consumo inclusivo, a Shopper Experience – empresa de pesquisa pioneira na avaliação do atendimento ao consumidor de diversos segmentos do varejo e de serviços financeiros por meio do “cliente secreto” – anuncia a criação do projeto “Peritos da terceira idade”.
Com a iniciativa, a empresa está recrutando maiores de 60 anos de todo o Brasil, interessados em atuar como profissionais “clientes secretos”, testando o atendimento prestado aos consumidores sêniores.
O projeto “Peritos da terceira idade” surgiu da análise de atendimento de “clientes secretos” com mais de 60 anos – profissionais liberais, aposentados e donas de casa que integram a equipe de pesquisadores sêniores. “A Shopper Experience tem uma base com mais de 20 mil pessoas que atuam como clientes secretos, sendo 3% da terceira idade.
Começamos a observar que nos relatos de atendimento desses pesquisadores palavras como invisível e descaso se repetiam, ou seja, o atendimento ao idoso está sendo negligente e desrespeitoso. A partir daí, decidimos investir em um projeto que possa dar origem a um levantamento criterioso e amplo; que possa mostrar aos empresários o dano financeiro e social causado por um atendimento equivocado”, afirma Stella Kochen Susskind, presidente da Shopper Experience.
Na opinião da executiva, empresários e gestores de empresas ainda não despertaram para o real significado e o potencial de negócios representado pela terceira idade.
“Ao compararmos a taxa de atividade profissional das mulheres idosas brasileiras com a de países europeus, vemos que Brasil, México e Argentina se destacam com uma taxa em torno de 20%. No Estado de São Paulo, dados atestam que 63% dos idosos viajam, no mínimo, uma vez por ano. Com esse potencial de negócio impulsionado pelo aumento da população com mais de 60 anos não há explicação lógica para não investir no atendimento adequado e na criação de produtos dedicados a essa faixa etária”, argumenta Stella.
Os “detetives-consumidores” podem se candidatar e obter informações no site da Shopper Experience www.shopperexperience.com.br.
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Direitos autorais (Lei federal nº 9.610/98) - Quando da utilização de material deste site, deve ser feita a seguinte referência: "extraído de www.idademaior.com.br"
A SABEDORIA DA VELHICE,
NÃO TERÍAMOS COMETIDO OS ERROS
MARAVILHOSOS DO PASSADO.''
ALBERTO TAMES
MAIORES DESEMPARADOS
JUSSARA CÂMARA
Muitos idosos sobrevivem sem receber nenhum tipo de amparo.
A eles, não é dada a devida atenção para as suas necessidades básicas como a alimentação, a higiene pessoal, a roupa limpa, os medicamentos e a segurança.
Este descaso e negligência começam na maioria das vezes, em casa, na própria família. Falta respeito para quem já não ouve bem, caminha com dificuldades e enxerga pouco e por isso mesmo, passa a ser considerado um fardo para a família.
Em muitos casos, são isolados e recebem maus-tratos; como ocorreu, por exemplo, há tempos atrás, no Guarujá, litoral paulista, de uma filha que não dava comida ao seu pai, porque queria que ele morresse logo, para não ter que cuidar dele .
E como o idoso, na maioria das vezes, não tem para onde ir, acaba não denunciando, por medo de ficar mais sozinho. Nestes casos, são os vizinhos seus principais defensores.
A solidão leva a outros crimes oportunistas, como o estelionato. Muitos acreditando na eventualidade de uma companhia ou mesmo amizade, acabam se tornando vítimas fáceis da má-fé de desconhecidos.
Há pouco tempo, uma idosa precisando de atendimento em casa, teve a companhia de uma voluntária, tão prestimosa, que em apenas um mês, retirou todas suas economias do banco.
É dever do governo amparar seus cidadãos e da sociedade em lutar por seus direitos. Mas, antes de tudo, o respeito deve começar dentro de casa, principalmente, para com aqueles que sempre cuidaram de toda família e hoje em dia, quando chegam na velhice, não têm quem cuide deles.
A EXPLORAÇÃO DOS IDOSOS
NICOLAU AMARAL
Ao ter acesso, a alguns dados da Pesquisa do Instituto Somatório, alguns números me chamaram a atenção, principalmente na questão da contribuição para a renda familiar nas classes A, B, C e D. O estudo entrevistou 1.500 pessoas com mais de 60 anos, de todas as classes sociais, em dez cidades do País, no final do ano passado.
Só para ilustrar a exploração dos idosos pelos seus familiares, a pesquisa chegou aos seguintes dados: na classe A os idosos contribuem com 55% da renda familiar; na classe B com 59%; na C com 72% e; na D 88%. Outro dado relevante é quanto à alimentação dessas pessoas. Quando moram com a família, suas despesas com alimentação somam R$ 123,00, mas se vivem sozinhos, esse valor sobe para R$ 281,00. Já com a saúde, gastam somente R$ 54,00 morando com a família e R$ 173,00 quando vivem sozinhos. Com telefonia, os que moram com a família gastam R$ 26,00 contra R$ 66,00 pagos por aqueles que moram só.
Ainda segundo o estudo, a renda da 3ª idade atinge cerca de R$ 7,5 bilhões por mês, 93% dos idosos têm renda própria e colaboram com 71%, em média, do orçamento familiar.
Os dados levantados nesse trabalho me permitem afirmar que hoje os idosos, além de serem espoliados pelo governo após a implantação do famigerado “fator expectativa de vida” que ano a ano vem reduzindo as aposentadorias, acabam também sendo explorados pelos próprios familiares, seja por falta de empregos ou mesmo pela preguiça dos seus descendentes, que se aproveitam para ficarem no bem-bom, esperando a mesada de avós, pais e outros provectos próximos. E esses idosos, em troca da sua grande contribuição compulsória, esperam um pouco de companhia e amor dos seus familiares, o que não acontece em muitos casos.
Hoje em dia a adolescência está sendo prolongada, ninguém se casa cedo. Sair da casa dos pais, nem pensar, pois com moradia, comida e roupa lavada de graça, quem vai querer pagar por elas? Trabalho existe, e muito, mas a maioria dos jovens e nem tão jovens só quer saber de emprego com bom salário. Responsabilidades e horários não matam ninguém, só exigem esforço e dedicação.
É hora dos novos idosos brasileiros começarem a pensar mais em si próprios, serem um pouco egoístas e independentes e criarem a sua nova realidade. Somos milhões e milhões, um filão poderoso em termos políticos e econômicos. Precisamos lutar por nossos direitos, gastar e aproveitar o que é nosso conosco mesmo, e passar a responsabilidade para os mais jovens cuidarem de si próprios, pois quando não estivermos mais aqui, de uma forma ou de outra, eles terão de se virar, gostem ou não. Portanto, é melhor que comecem já!
Nicolau amaral é empresário da área de comunicação.
RESPEITO AO PASSADO
“Uma grande nação jamais poderá esquecer seus velhos.” Esta antiga frase, que há muito ouvimos, na realidade contrapõe-se à visão mercadológica apregoada pela mídia, que, de forma geral, sempre tentou impor a versão de que o novo, o jovem, é o modelo ideal a ser seguido, e que o velho, ou ultrapassado, deve ser descartado. Na seara do trabalho, no que diz respeito às oportunidades de crescimento pessoal, a figura do mais idoso denota certa fragilidade, e cada vez mais idosos entram num processo de baixa autoestima, quando poderiam continuar dando sua contribuição à sociedade.
É verdade que no Brasil houve grandes avanços em relação aos direitos dos idosos, mas ainda há muito que se fazer. Hoje, o país tem 14,5 milhões de idosos – ou 8,6% da população total –, segundo informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base no Censo 2000. O instituto considera idosas as pessoas com 60 anos ou mais, mesmo limite de idade considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para os países em desenvolvimento.
Em uma década, o número de idosos no Brasil cresceu 17%. O envelhecimento da população brasileira é reflexo do aumento da expectativa de vida, decorrente do avanço no campo da saúde e da redução da taxa de natalidade. Além dos mecanismos já existentes de proteção aos idosos, precisamos implementar políticas de sustentação desse segmento da sociedade que já deu o seu quinhão de colaboração ao país, segmento esse que ainda vive às tormentas de uma sociedade baseada na produção e na associação entre a figura do jovem como sendo o produtivo e do idoso como colocado em posição de descarte.
Foi com base nesse pensamento que o presidente Lula sancionou a lei que institui o Fundo Nacional do Idoso (FNI). A mesma legislação também autoriza deduzir do imposto de renda de pessoas físicas e jurídicas as doações feitas aos fundos municipal, estadual e nacional do idoso. Este fundo visa financiar os programas e as ações relacionados ao idoso, para assegurar os direitos sociais. Na realidade, o fundo pretende criar condições que promovam autonomia, integração e participação efetiva do idoso na sociedade. Os recursos serão usados de acordo com o que diz o artigo 115 do Estatuto do Idoso: “O Orçamento da Seguridade Social destinará ao Fundo Nacional de Assistência Social, até que o Fundo Nacional do Idoso seja criado, os recursos necessários, em cada exercício financeiro, para aplicação em programas e ações relativos ao idoso”.
Programas de proteção aos direitos do idoso vão muito além dos recursos financeiros que o Estado deve prover. Devemos nos fixar numa política de divulgação entre os jovens, baseada nos conceitos de respeito e carinho aos mais velhos. É bom lembrar que infelizmente hoje não existe mais o respeito, a consideração que outrora existia às gerações passadas. Estimular uma educação nos moldes de alguns países asiáticos como o Japão, onde o predomínio pelo cuidado e zelo ao idoso surge já infância, pavimentará uma real política em relação aos velhos do futuro, que finalmente terão um final de vida digno, jamais esquecido pela nação brasileira.
Fernando Rizzolo é advogado, pós-graduado em Direito Processual, mestrando em Direito Constitucional, Prof. do Curso de Pós Graduação em Direito da Universidade Paulista (UNIP). Participa como coordenador da Comissão de Direitos e Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção São Paulo, é membro
NOVAS DEMANDAS SOCIOECONÔMICAS A SEREM ENFRENTADAS PELO PAÍS NOS PRÓXIMOS 20 ANOS
Evidências demográficas que comprovam o rápido processo de envelhecimento da população brasileira têm servido de alerta para as novas demandas socioeconômicas a serem enfrentadas pelo País nos próximos 20 anos, quando os idosos serão 26% da população.
Em contrapartida, as mesmas estatísticas atestam que há um potencial significativo para a mudança de cultura em serviços e atendimento aos idosos. No contexto do consumo inclusivo, a Shopper Experience – empresa de pesquisa pioneira na avaliação do atendimento ao consumidor de diversos segmentos do varejo e de serviços financeiros por meio do “cliente secreto” – anuncia a criação do projeto “Peritos da terceira idade”.
Com a iniciativa, a empresa está recrutando maiores de 60 anos de todo o Brasil, interessados em atuar como profissionais “clientes secretos”, testando o atendimento prestado aos consumidores sêniores.
O projeto “Peritos da terceira idade” surgiu da análise de atendimento de “clientes secretos” com mais de 60 anos – profissionais liberais, aposentados e donas de casa que integram a equipe de pesquisadores sêniores. “A Shopper Experience tem uma base com mais de 20 mil pessoas que atuam como clientes secretos, sendo 3% da terceira idade.
Começamos a observar que nos relatos de atendimento desses pesquisadores palavras como invisível e descaso se repetiam, ou seja, o atendimento ao idoso está sendo negligente e desrespeitoso. A partir daí, decidimos investir em um projeto que possa dar origem a um levantamento criterioso e amplo; que possa mostrar aos empresários o dano financeiro e social causado por um atendimento equivocado”, afirma Stella Kochen Susskind, presidente da Shopper Experience.
Na opinião da executiva, empresários e gestores de empresas ainda não despertaram para o real significado e o potencial de negócios representado pela terceira idade.
“Ao compararmos a taxa de atividade profissional das mulheres idosas brasileiras com a de países europeus, vemos que Brasil, México e Argentina se destacam com uma taxa em torno de 20%. No Estado de São Paulo, dados atestam que 63% dos idosos viajam, no mínimo, uma vez por ano. Com esse potencial de negócio impulsionado pelo aumento da população com mais de 60 anos não há explicação lógica para não investir no atendimento adequado e na criação de produtos dedicados a essa faixa etária”, argumenta Stella.
Os “detetives-consumidores” podem se candidatar e obter informações no site da Shopper Experience www.shopperexperience.com.br.
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Direitos autorais (Lei federal nº 9.610/98) - Quando da utilização de material deste site, deve ser feita a seguinte referência: "extraído de www.idademaior.com.br"
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
domingo, 10 de outubro de 2010
PAI
Ser divino
Nos teus olhos de menino
Sorridentes e tranqüilos
Sinto a força presente
do grande homem envolvente..
Ser inigualável
Simples, sereno e amável
Sempre firme e bem disposto
Enfrentas qualquer dificuldade
Com a alegria estampada no rosto...
Ser especial
Não há ninguém igual,
que me dê total confiança
em todos os momentos da vida,
desde que eu era criança...
Pai querido
Tanta coisa me ensinaste
Tantos caminhos apontaste
A vida também me deste
Tu estás em mim presente!
Te amo mais e mais
Tu és o sol do meu dia
Céu e luz, minha maior alegria!
Essa é para meu pai, que por questões alheias a minha vontade não posso ver...
Nos teus olhos de menino
Sorridentes e tranqüilos
Sinto a força presente
do grande homem envolvente..
Ser inigualável
Simples, sereno e amável
Sempre firme e bem disposto
Enfrentas qualquer dificuldade
Com a alegria estampada no rosto...
Ser especial
Não há ninguém igual,
que me dê total confiança
em todos os momentos da vida,
desde que eu era criança...
Pai querido
Tanta coisa me ensinaste
Tantos caminhos apontaste
A vida também me deste
Tu estás em mim presente!
Te amo mais e mais
Tu és o sol do meu dia
Céu e luz, minha maior alegria!
Essa é para meu pai, que por questões alheias a minha vontade não posso ver...
O verdadeiro amor
Onde você está, onde posso te encontrar,
É tão difícil de achá-la,
Será que existe mesmo,
Isso só o destino vai me responder
Quantos anos tens?
É amarela, negra, branca ou vermelha,
Gorda, magra, feia ou cheia de beleza
Onde você está meu amor.
Quanto mais vou ter que esperar,
Não paro de chorar,
Quero parar de sonhar,
Quero beijá-la sem parar.
Mas acima de tudo isso,
Será que és o que quero encontrar,
Uma mulher sincera, confiável e legal,
Que saiba reconhecer a amar?
Espero que sim,
Que seja essa pessoa que quero encontrar,
Pois só assim poderei dizer,
Que encontrei o verdadeiro amor, já posso amar.
Autor: Daniel Ramalho Rezende
É tão difícil de achá-la,
Será que existe mesmo,
Isso só o destino vai me responder
Quantos anos tens?
É amarela, negra, branca ou vermelha,
Gorda, magra, feia ou cheia de beleza
Onde você está meu amor.
Quanto mais vou ter que esperar,
Não paro de chorar,
Quero parar de sonhar,
Quero beijá-la sem parar.
Mas acima de tudo isso,
Será que és o que quero encontrar,
Uma mulher sincera, confiável e legal,
Que saiba reconhecer a amar?
Espero que sim,
Que seja essa pessoa que quero encontrar,
Pois só assim poderei dizer,
Que encontrei o verdadeiro amor, já posso amar.
Autor: Daniel Ramalho Rezende
Que delícia III
Bolo de Frutas
BOLO DE FRUTAS
(Elisa Nobue Maeda Fukuda)
Ingredientes:
4 ovos ( claras em neve)
150 grs. de Margarina (sem sal)
3 xíc. de Farinha de Trigo
1 ½ xíc. de açúcar
1 ¼ xíc. de suco de Laranja
1 colher (sopa) de Fermento em pó
1 colher (chá) de Bicarbonato
Modo de fazer
Bater bem a Margarina, gema e açúcar.
Adicionar suco de laranja, alternada com Farinha de Trigo (misturada com Fermento e Bicarbonato)
Colocar Claras em neve.
Procedimento para a armação:
Colocar metade da massa
Recheio: 2 maçãs fatiadas
Colocar resto da massa.
Polvilhar:
1 xíc. de Frutas: uva passa sem semente, frutas cristalizadas, nozes etc
2 xíc. de Açúcar
1 colher (sobremesa) de canela em pó
Receita enviada pela Profª Mieka Fukuda
BOLO DE FRUTAS
(Elisa Nobue Maeda Fukuda)
Ingredientes:
4 ovos ( claras em neve)
150 grs. de Margarina (sem sal)
3 xíc. de Farinha de Trigo
1 ½ xíc. de açúcar
1 ¼ xíc. de suco de Laranja
1 colher (sopa) de Fermento em pó
1 colher (chá) de Bicarbonato
Modo de fazer
Bater bem a Margarina, gema e açúcar.
Adicionar suco de laranja, alternada com Farinha de Trigo (misturada com Fermento e Bicarbonato)
Colocar Claras em neve.
Procedimento para a armação:
Colocar metade da massa
Recheio: 2 maçãs fatiadas
Colocar resto da massa.
Polvilhar:
1 xíc. de Frutas: uva passa sem semente, frutas cristalizadas, nozes etc
2 xíc. de Açúcar
1 colher (sobremesa) de canela em pó
Receita enviada pela Profª Mieka Fukuda
Que delícia II
***Massa para Torta de Liquidificador***
Torta de Liquidificador da Angela
Ingredientes:
3 ovos inteiros;
1 xícara de queijo ralado;
1 xícara de óleo;
2 xícaras de farinha de trigo;
2 xícaras de leite;
1 pitada de sal;
1 colher de sopa de pó royal
Modo de fazer:
Coloca-se tudo no liquidificador e bate.
A metade da massa põe no fundo da assadeira untada e a outra metade por cima do recheio.
(Utilize o recheio de sua preferência)
Receita enviada pela amiga Angela Gomes Ribeiro
Torta de Liquidificador da Angela
Ingredientes:
3 ovos inteiros;
1 xícara de queijo ralado;
1 xícara de óleo;
2 xícaras de farinha de trigo;
2 xícaras de leite;
1 pitada de sal;
1 colher de sopa de pó royal
Modo de fazer:
Coloca-se tudo no liquidificador e bate.
A metade da massa põe no fundo da assadeira untada e a outra metade por cima do recheio.
(Utilize o recheio de sua preferência)
Receita enviada pela amiga Angela Gomes Ribeiro
Que delícia!!!
***Bolo de fubá***
BOLO DE FUBÁ
Bater no liquidificador
3 ovos
2 copos de açúcar
1/2 copo de óleo
1 copo de farinha
1 copo de fubá
1 copo de leite
erva doce (opcional)
1 pitada de sal
1 colher de sopa de pó Royal
obs: o copo é o de requeijão.
Depois de tudo batido, colocar em forma untada com margarina e farinha de trigo. Se for do seu gosto colocar pedaços de goiabada, ou queijo picado.
Depois de assado jogar açúcar e canela.
Fica uma delícia!!!
Receita enviada pela amiga Maristela Perez Diefenthaler
BOLO DE FUBÁ
Bater no liquidificador
3 ovos
2 copos de açúcar
1/2 copo de óleo
1 copo de farinha
1 copo de fubá
1 copo de leite
erva doce (opcional)
1 pitada de sal
1 colher de sopa de pó Royal
obs: o copo é o de requeijão.
Depois de tudo batido, colocar em forma untada com margarina e farinha de trigo. Se for do seu gosto colocar pedaços de goiabada, ou queijo picado.
Depois de assado jogar açúcar e canela.
Fica uma delícia!!!
Receita enviada pela amiga Maristela Perez Diefenthaler
Algo para nunca esquecer
Algo para nunca esquecer
Algo para nunca esquecer
Sua presença é um presente para o mundo.
Você é o único e só há um igual a você.
Sua vida pode ser o que você quer que ela seja.
Viva os dias, apenas um de cada vez.
Conte suas bênçãos, não os seus problemas.
Você os superará, venha o que vier.
Dentro de você há muitas respostas. Compreenda,
tenha coragem, seja forte. Não coloque limites em si mesmo.
Muitos sonhos estão esperando para serem realizados.
As decisões são muito importantes para serem deixadas ao acaso.
Alcance o seu máximo, seu melhor, seu prêmio.
Não leve as coisas tão a sério.
Viva um dia de serenidade, não de arrependimento.
Lembre-se que um pouco de amor dura muito. Dura sempre!
Lembre-se que a amizade é um investimento sábio.
Os tesouros da vida são as pessoas.
Perceba que nunca é tarde demais.
Faça a coisa simples, de uma forma simples.
Algo para nunca esquecer
Sua presença é um presente para o mundo.
Você é o único e só há um igual a você.
Sua vida pode ser o que você quer que ela seja.
Viva os dias, apenas um de cada vez.
Conte suas bênçãos, não os seus problemas.
Você os superará, venha o que vier.
Dentro de você há muitas respostas. Compreenda,
tenha coragem, seja forte. Não coloque limites em si mesmo.
Muitos sonhos estão esperando para serem realizados.
As decisões são muito importantes para serem deixadas ao acaso.
Alcance o seu máximo, seu melhor, seu prêmio.
Não leve as coisas tão a sério.
Viva um dia de serenidade, não de arrependimento.
Lembre-se que um pouco de amor dura muito. Dura sempre!
Lembre-se que a amizade é um investimento sábio.
Os tesouros da vida são as pessoas.
Perceba que nunca é tarde demais.
Faça a coisa simples, de uma forma simples.
Que maravilha envelhecer bem!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Como envelhecer bem
Visite o médico pelo menos duas vezes ao ano após os 60 anos.
Faça atividades físicas regulares.
Mantenha o peso normal
Beba bastante água.
Reduza o consumo de sal
Ingira frutas e verduras com freqüência.
Prepare alimentos com pouca gordura.
Aumente o consumo de fibras ( farelo de trigo e cereais integrais - centeio, aveia, cevada)
Procure manter a tranqüilidade. Faça um bom relaxamento sempre que possível.
Para evitar as doenças que surgem com idade, nada melhor do que prevenir. Alguns pequenos cuidados vão trazer muitos benefícios a saúde.
Visite o médico pelo menos duas vezes ao ano após os 60 anos.
Faça atividades físicas regulares.
Mantenha o peso normal
Beba bastante água.
Reduza o consumo de sal
Ingira frutas e verduras com freqüência.
Prepare alimentos com pouca gordura.
Aumente o consumo de fibras ( farelo de trigo e cereais integrais - centeio, aveia, cevada)
Procure manter a tranqüilidade. Faça um bom relaxamento sempre que possível.
Para evitar as doenças que surgem com idade, nada melhor do que prevenir. Alguns pequenos cuidados vão trazer muitos benefícios a saúde.
Garantias legais do portador de Alzheimer
Garantias legais aos portadores da doença de Alzheimer
Autoria: Dra. Ana Monteiro e Dra. Sheila Sodré (Advogadas)
As poucas linhas que aqui redigidas representarão uma parcela inicial da nossa pretensão de levar até os portadores de doenças graves e seus familiares, informações sobre o que o legislador e o judiciário estão fazendo para dar mais dignidade a essa parcelada considerável da nossa população carente de atenção jurídica.
Quando se descobre ser portador de doença grave, ou mesmo algum ente querido, vem em mente uma sensação de abandono e o questionamento do porquê; e deixa-se o pensamento negativo invadir a alma e todo o corpo, o que causa muitas vezes mais malefícios do que as conseqüências da doença grave.
E assim, abatido pelo próprio desalento, não busca a ajuda que é disponibilizada, muitas vezes por desconhecimento, outros pela pior das justificativas, não acreditar nas pessoas ou leis, pelo fato de ter perdido a confiança em si mesmo.
Uma certeza: haverá sempre dificuldades em resolver os problemas, se não tentar persistentemente buscar as soluções.
É nesse espírito de buscar soluções que apresentamos essa modesto manual, como um instrumento para buscar direitos, que não traz a cura para essa doença, mas possibilita tornar mais digna, a vida diária dos que com ela convivem.
Advogadas – Dra. Ana Monteiro e Dra. Sheila Sodré
Agradecimentos
Agradecemos a toda diretoria da ABRAZ-PB pela oportunidade que nos deram de tentarmos passar um pouco do nosso estudo jurídico e tornarmos-nos úteis, mostrando os direitos que os portadores de Alzheimer tem disponível na legislação brasileira, apresentando alguns caminhos que poderão levá-los a real concretude da dignidade da pessoa humana.
Introdução
Iniciamos o aprofundamento de nossos estudos quando, certo dia, nos deparamos com um portador de Neoplasia Maligna, sabedor dos seus direitos, que lutava há anos com a doença e mais ainda contra o Estado, posto que, por ser funcionário público, era-lhe deduzido mensalmente o imposto de renda, parcela essa que muito lhe fazia falta.
Por incrível que pareça a referida doença é uma das mais explicitas no art. 6º, XIV, da Lei Federal nº 7.713/88, que isenta os proventos de aposentadoria da contribuição do Imposto de Renda Pessoa Física – IRPF. E por incrível que pareça, a junta médica do Estado lhe negara o pedido de cancelamento da dedução em seus proventos, sem nenhuma justificativa plausível, e, de maneira cruel, continuou fazendo as retenções.
O caso só foi solucionado através de uma Ação declaratória combinada com pedido de restituição dos valores retidos indevidamente, ou seja, ele só conseguiu porque não aceitou um indeferimento como resposta da Administração Pública e foi buscar os seus direitos pela via judiciária.
Como lição dessa experiência, aprendemos que um cidadão tutelado pelo Estado, quando sabedor dos seus direitos, consegue a proteção legal e especial a ele dispensada pelo legislador. O que nos possibilitou focar nossos esforços na formação de cidadãos conscientes de seus direitos para encorajá-los a ir buscá-los e torná-los concretos.
“A real condição de cidadão não é dada no momento do nascimento, nem é passada por herança, a cidadania é conquistada pela luta da efetivação dos direitos individuais e coletivos.”- Sheila Sodré
No decorrer dessa leitura ficará evidenciado que para exercer os seus direitos, não será essencial constituir um advogado, o próprio beneficiário ou procurador do portador de Alzheimer, por via de requerimento administrativo, poderá EXERCER O SEU DIREITO, sendo apenas necessário ser conhecedor dos mesmos e querer exercê-lo, solicitando ao órgão adequado.
Desejamos que essa leitura possibilite a ampliação do conhecimento dos direitos do portador de Alzheimer e, dessa forma, ter a esperança de formar um cidadão consciente e divulgador dos seus direitos e principalmente, um lutador da sua efetividade.
Conceitos
O primeiro passo na busca do conhecimento é dado quando se compreende o significado das palavras que serão objeto de pesquisa. Principalmente no campo jurídico, no qual as palavras têm o poder de conceder e destituir direitos. Observe o caso da doença de Alzheimer, que não aparece de forma explicita na legislação, como sendo uma das doenças graves, merecedoras de proteção especial.
A Lei 7.713 /88, por sua vez, no art. 6º, inciso XIV, prevê que:
“Art. 6o. Ficam isentos do imposto de renda os seguintes rendimentos percebidos por pessoas físicas:
(…)
XIV – os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente em serviço e os percebidos pelos portadores de moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançados da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da imunodeficiência adquirida, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma;”
No entanto, a doença está inserta no gênero alienação mental, o que isenta o portador de Alzheimer do Imposto de Renda de acordo com o art. 6º, XIV, da Lei nº 7.713/88, dedicada a proteção dos portadores de doenças graves.
No entanto, a doença está inserta no gênero alienação mental, o que isenta o portador de Alzheimer do Imposto de Renda de acordo com o art. 6º, XIV, da Lei nº 7.713/88, dedicada a proteção dos portadores de doenças graves.
Logo, para facilitar a compreensão da nomenclatura utilizada pelo meio jurídico, será necessário conceituá-la. Vejamos:
Alienação Mental
Considera-se Alienação Mental o estado mental conseqüente a uma doença psíquica ou neurológica em que ocorre uma deterioração dos processos cognitivos, de caráter transitório ou permanente, de tal forma que o individuo acometido, torna-se incapaz de gerir sua vida social. Assim, um indivíduo alienado mental é incapaz de responder legalmente por seus atos na vida social, mostrando-se inteiramente dependente de terceiros no que tange às diversas responsabilidades exigidas pelo convívio em sociedade. O alienado mental pode representar riscos para si e para terceiros, sendo impedido, por isso, de qualquer atividade funcional, devendo ser obrigatoriamente interditado judicialmente.
Demência
Termo genérico que descreve um grupo de sintomas causados por mudanças no cérebro. Os sintomas de demência incluem esquecimento, problemas de raciocínio e dificuldade para realizar atividades cotidianas. Esses sintomas podem ser causados por várias condições. A doença de Alzheimer é uma das condições que mais causam demência.
Alzheimer
Doença crônica, incurável, progressiva, degenerativa, que provoca a deterioração das células do cérebro. Seus principais sintomas são perda de memória, alteração de personalidade, incapacidade de compreender e julgar, dificuldades de locomoção e de comunicação. Dificuldades de funções dos lobos parietal e temporal, com perda de memória e desorientação espacial. Disfunção do lobo frontal com perda de inibições sociais, incontinência e perda de espontaneidade.
Após analisar esses conceitos fica mais compreensível a opção do legislador em não ter colocado explicitamente, o nome de todas as doenças graves, pois esse rol se tornaria excludente, observe que o “gênero” ALIENAÇÃO MENTAL possibilita abranger algumas espécies até o momento qualificadas pela CID (CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE DOENÇAS):
F00 – Demência na doença de Alzheimer (G30)
F01 – Demência vascular
F02 – Demência em outras doenças classificadas em outra parte
F03 – Demência não especificada
F20 – Esquizofrenia.
F21 -Transtorno esquizotípico.
F22 -Transtornos delirantes persistentes.
F25 -Transtornos esquizoafetivos.
F70 a F 79 – Retardo mental
Os princípios fundamentais para prover o cuidado de pessoas com demências, e seus familiares e cuidadores. (Carta de princípios da Associação Alzheimer Internacional (Setembro, 1999.)
Art. 1°. A doença de Alzheimer e as outras demências são doenças neurológicas incapacitantes e de caráter progressivo, apresentando um grande impacto profundo em pacientes afetados por elas, bem como seus familiares e cuidadores.
Art. 2° Uma pessoa com demência continua sendo uma pessoa de valor e dignidade, merecendo o mesmo respeito como qualquer outra pessoa.
Art. 3°. Pessoas com demência necessitam de um ambiente seguro e adequado. Também necessitam de proteção contra a exploração de sua pessoa e de sua propriedade.
Art. 4°. Pessoas com demência têm direito à informação sobre a sua doença, de atendimento e acompanhamento médico contínuo, bem como de outros profissionais afins.
Art. 5°. Pessoas com demência, até onde for possível, devem participar das decisões que afetam a sua vida e do cuidado despendido no presente e no futuro.
Art. 6°. Os familiares/cuidadores de uma pessoa com demência devem ter suas necessidades, relativas ao seu trabalho de cuidar, avaliadas e posteriormente satisfeitas e providas. Também devem participar ativamente no processo de avaliação e solução de recursos.
Art. 7°. Todos os recursos possíveis e necessários devem estar disponíveis para a pessoa com demência e para seus familiares e cuidadores.
Art. 8°. Educação, informação e treinamento sobre demência e suas conseqüências, bem como cuidar efetivamente, devem estar disponíveis para os familiares/cuidadores de pessoas com demência.
Os direitos específicos:
Processo Judicial – Andamento Prioritário
Lei n.º 10.173, de 09 de janeiro de 2001 (DOU – 10/01/2001) – Altera a Lei n.º 5869 de 11/01/73 – Código de Processo Civil, para dar prioridade de tramitação aos procedimentos judiciais em que figura como parte pessoa com idade igual ou superior a sessenta e cinco anos.
O primeiro passo, para exercer esse direito é solicitar ao advogado que requeira, judicialmente, os benefícios da Lei 10.173, de 09 de janeiro de 2001. No caso de processos administrativos que não necessitam de advogados, o próprio paciente poderá requerer o andamento judicial prioritário.
A documentação necessária para ser juntada ao pedido de andamento prioritário é basicamente a que segue abaixo:
- Laudo médico em que conste a CID da doença;
- Exame anatomopatológico, ou histopatológico, conforme o caso.
- Laudo médico em que conste a CID da doença;
- Exame anatomopatológico, ou histopatológico, conforme o caso.
Benefício de prestação continuada (Lei Orgânica Da Assistência Social N.º 8742/93)
Quantia paga mensalmente ao beneficiário para assegurar um rendimento mínimo a quem, independentemente da contribuição para seguridade social, seja portador de deficiência ou idoso. O portador de Alzheimer ou a pessoa que atinja a idade de 65 anos, que preencha os requisitos legais, quanto à renda e condições sócio-econômicas da sua família, poderá requerer o benefício de prestação continuada junto ao INSS.
Por essa Lei, o paciente portador de Alzheimer que comprove sua incapacidade para o trabalho ou o idoso com idade mínima de 65 anos que não exerça atividade remunerada terão direito ao recebimento vitalício de um salário mínimo. O paciente não poderá ser filiado a qualquer regime de previdência social nem receber benefício público de qualquer espécie.
Para ter direito ao benefício, é necessário ainda o preenchimento de vários requisitos legais.
Licença Para Tratamento De Saúde – Auxilio Doença
É o benefício mensal a que tem direito o segurado inscrito no Regime Geral de Previdência Social, do INSS, ao ficar incapacitado para o trabalho. A solicitação do benefício deve ser feita por meio de requerimento ao órgão competente. (INSS, prefeitura, estado, Distrito Federal).
É necessário comprovar a doença mediante laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, estado, Distrito Federal ou município (Lei 9.250/95, art. 30; RIR/99, art. 39, parágrafos 4º e 5º; IN SRF 15/01, artigo 5º, parágrafos 1º e 2º).
Isenção Na Contribuição Dos Inativos Para A Previdência Social:
A Emenda Constitucional 47/05, introduziu aumento na faixa de isenção para as contribuições de aposentados e pensionistas, desde que portadores de doenças incapacitantes. Desse modo, somente haverá incidência para os benefícios superiores à R$ 6.077,98, que representa o dobro do atual (março/2008) teto do INSS. Vejamos:
“Art. 40. ………………………………………………………………………..
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante.” (NR)
Aposentadoria Por Invalidez2
Só existe possibilidade de requerer a aposentadoria por invalidez se a pessoa não mais tiver possibilidade de trabalhar. Não basta, apenas, ter doença grave.
O INSS assegura aos celetistas portadores de doenças graves quando não puderem mais ganhar seu sustento, com base em conclusão de laudo médico, o direito a aposentadoria por invalidez, independente do número de contribuições (sem carência).
A inscrição no INSS, entretanto, deverá ser anterior ao diagnóstico da doença. Se for feita depois do diagnóstico, a concessão da aposentadoria por invalidez só ocorrerá com o agravamento da doença ou com a invalidez posterior do paciente, declarada pelo médico perito. Ou seja, quando a inscrição no INSS é feita após o diagnóstico da doença, a aposentadoria por invalidez não é imediata, sendo necessário o agravamento do quadro clínico do paciente que o torne incapaz de exercer atividades profissionais.
Majoração De 25% Sobre Proventos
Segundo o Decreto 3048/1999, artigo 45, o segurado do INSS que necessitar de assistência permanente de outra pessoa, a critério da perícia médica, terá o valor da aposentadoria por invalidez acrescida em 25% a partir da data de sua solicitação, podendo superar o teto do INSS.
Saques
FGTS
Portadores de câncer, de vírus da Aids ou de doença terminal que tenham depósitos na conta o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) podem sacar o total depositado, com isenção do Imposto de Renda, conforme as Leis 8.213/91 e 7.670/88. Não é preciso estar aposentado para reclamar a quantia. Em caso de invalidez permanente o titular da conta também poderá sacar se seu dependente vier a ser portador de Alzheimer.
PIS/PASEP
Poderá efetuar o saque das quotas o trabalhador cadastrado no PIS que for portador de câncer, AIDS e demais doenças graves, e em caso de invalidez permanente o titular da conta também poderá sacar se seu dependente vier a ser portador de doenças graves.
“FGTS – LEVANTAMENTO DO SALDO DA CONTA VINCULADA AO FGTS – DOENÇA GRAVE NÃO PREVISTA NA LEI 8.036/90 – POSSIBILIDADE.
1. É tranqüila a jurisprudência do STJ no sentido de permitir o saque do FGTS, mesmo em situações não contempladas pelo art. 20 da Lei 8.036/90, tendo em vista a finalidade social da norma.
2. O princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, com assento no art. 1º, III, da CF/88, é fundamento do próprio Estado Democrático de Direito, que constitui a República Federativa do Brasil, e deve se materializar em todos os documentos legislativos voltados para fins sociais, como a lei que instituiu o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
3. Precedentes da Corte.
4. Recurso especial improvido.”( Resp 853.002 – SC (2006/0113459-1)REL: Ministra Eliana Calmon)
Isenções
Isenção de IPI na compra de automóveis:
Art. 1o Ficam isentos do Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI os automóveis de passageiros de fabricação nacional, equipados com motor de cilindrada não superior a dois mil centímetros cúbicos, de no mínimo quatro portas inclusive a de acesso ao bagageiro, movidos a combustíveis de origem renovável ou sistema reversível de combustão, quando adquiridos por: (Redação dada pela Lei nº 10.690, de 16.6.2003) (Vide art 5º da Lei nº 10.690, de 16.6.2003)
IV – pessoas portadoras de deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou autistas, diretamente ou por intermédio de seu representante legal; (Redação dada pela Lei nº 10.690, de 16.6.2003)
De acordo com a alíquota do IPI, para a compra de carros com até mil cilindradas o desconto é de 7%. Os veículos de 1.001 a 2.000 tem IPI de 13% e os acima de 2.001, 25%. Já os automóveis a álcool ou flex de 1001 a 2000 cilindradas de 11% e os acima de 20001, de 23%.
Os veículos que podem ser adquiridos com isenção de IPI3, são os automóveis de passageiros ou veículos de uso misto de fabricação nacional, movidos a combustível de origem renovável. O veículo precisa apresentar características especiais, originais ou resultantes de adaptação, que permitam a sua adequada utilização por portadores de deficiência física. Entre estas características, o câmbio automático ou hidramático (acionado por sistema hidráulico) e a direção hidráulica.
De acordo com esta lei, para solicitar a isenção o paciente deve:
1. Obter, junto ao Departamento de Trânsito (DETRAN) do seu estado, os seguintes documentos:
- laudo de perícia médica com: o tipo de deficiência física atestado e a total incapacidade para conduzir veículos comuns; tipo de veículo, com as características especiais necessárias; aptidão para dirigir, de acordo com resolução do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN);
- carteira nacional de habilitação com: a especificação do tipo de veículo e suas características especiais; aptidão para dirigir, conforme o laudo de perícia médica e de acordo com resolução do CONTRAN;
IOF no financiamento para a compra de veículo
A Lei 8.383/91 isenta os portadores de deficiência da cobrança do Imposto sobre Operações Finaceiras (IOF) na contratação de financiamento para adquirir veículo de passageiros, nacional, com até 127hp de potência. O benefício é concedido apenas uma vez.
Imposto de Renda
Condições para Isenção do Imposto de Renda Pessoa Física4
Os portadores de doenças graves são isentos do Imposto de Renda desde que se enquadrem cumulativamente nas seguintes situações:
os rendimentos sejam relativos à aposentadoria, pensão ou reforma (outros rendimentos não são isentos), incluindo a complementação recebida de entidade privada e a pensão alimentícia; e
seja portador de uma das seguintes doenças:
AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), Alienação mental, Cardiopatia grave, Cegueira, Contaminação por radiação, Doença de Paget em estados avançados (Osteíte deformante), Doença de Parkinson, Esclerose múltipla, Espondiloartrose anquilosante, Fibrose cística (Mucoviscidose), Hanseníase, Nefrofatia grave, Hepatopatia grave, Neoplasia maligna, Paralisia irreversível e incapacitante, Tuberculose ativa .
seja portador de uma das seguintes doenças:
AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), Alienação mental, Cardiopatia grave, Cegueira, Contaminação por radiação, Doença de Paget em estados avançados (Osteíte deformante), Doença de Parkinson, Esclerose múltipla, Espondiloartrose anquilosante, Fibrose cística (Mucoviscidose), Hanseníase, Nefrofatia grave, Hepatopatia grave, Neoplasia maligna, Paralisia irreversível e incapacitante, Tuberculose ativa .
Não há limites, todo o rendimento é isento. Não sofre desconto do Imposto de Renda (IR) o rendimento de aposentadoria e pensão, em caso de doença grave, conforme a Lei 9.259/95. A isenção deve ser concedida a partir do mês da emissão do laudo pericial.
“JURISPRUDÊNCIA DE DIREITO TRIBUTÁRIO TRIBUTÁRIO – IRPF – PORTADORA DO MAL DE ALZHEIMER EMENTA:
TRIBUTÁRIO. IRPF. PORTADORA DO MAL DE ALZHEIMER. ISENÇÃO DA LEI N.º 7.713/88,
ART. 47, INCISO XIV.
- A impetrante é portadora da patologia CID-331.03/3 comprovada através de laudo
pericial de Junta Médica.
- O mal de Alzheimer, por incluir-se entre os alienados mentais, acha-se
incluído no rol dos beneficiados pela isenção do imposto de renda.
- Remessa oficial improvida.
Remessa Ex Officio n.º 67.566-PB
Relator: Juiz Castro Meira
(Julgado em 29 de junho de 2000, por unanimidade)”
Quitação Do Financiamento Da Casa Própria Sistema Financeiro Da Habitação
Quando se adquire uma casa financiada pelo Sistema Financeiro da Habitação (S.F.H.), juntamente com as prestações mensais para quitar o financiamento, paga-se um seguro destinado a quitar a casa no caso de invalidez ou morte.
Portanto o seguro quita a parte da pessoa inválida na mesma proporção que sua renda entrou para o financiamento. Se, por exemplo: o inválido entrou com 100% da renda, o imóvel será totalmente quitado. Se na composição da renda contribuiu com 50% terá quitada metade do imóvel e sua família terá de pagar apenas os 50% restantes da prestação mensal.
Seguro de Vida
Ao fazer um seguro de vida pode-se escolher fazer junto um seguro de invalidez permanente total ou parcial. Verifique o seu contrato. Se o seu seguro tiver inclui a cobertura de invalidez permanente total ou parcial, uma vez tendo conseguido o Laudo Médico oficial que ateste esta condição, deve-se acionar o seguro para recebê-lo.
Fornecimento De Remédios Pelo Sus
A Constituição Federal assegura a todos os cidadãos do direito à vida, a saúde é decorrência desse direito, o direito à saúde representa conseqüência constitucional indissociável do direito à vida.
O artigo 196 da Constituição determina: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”
“Considerando a delegação de competência estabelecida no Artigo 5º da Portaria GM/MS nº 1230, de 14 de outubro de 1999, resolve:
Art. 1º – Incluir na Tabela de Procedimentos do Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde – SIA/SUS, no Grupo 36 – Medicamentos, o Subgrupo 31 – Doença de Alzheimer, Nível de Organização 01 – Doença de Alzheimer e os procedimentos abaixo relacionado:” Portaria nº 255 de 16 de Abril de 2002.
A Justiça tem determinado ao Estado através do SUS (Sistema Único de Saúde) que compre remédios para os doentes sem possibilidade financeira de adquiri-los. Para obter esse benefício, no entanto, é necessário entrar com ação judicial (Mandado de Segurança).
O Supremo Tribunal Federal, o mais alto tribunal do país, tem decidido reiteradamente que é obrigação do Estado, fornecer medicamentos aos pacientes carentes, que não possuam recursos para a aquisição dos medicamentos que necessitam.
Legislação
I – A SAÚDE COMO DIREITO DE TODOS
Constituição Federal – Artigo 196 e seguintes
Lei Federal nº 10.741 de 01/10/03 – Estatuto do Idoso, artigo 16.
Constituição Federal – Artigo 196 e seguintes
Lei Federal nº 10.741 de 01/10/03 – Estatuto do Idoso, artigo 16.
Lei Federal nº 10.424, de 15/04/2002 – Atendimento e Internação Domiciliar – SUS
II – ACESSO AOS DADOS MÉDICOS
Constituição Federal – Artigo 5º, inciso XXXIV (para hospitais públicos);
Código de Defesa do Consumidor – artigo 43 (para os hospitais privados).
Código de Defesa do Consumidor – artigo 43 (para os hospitais privados).
III – DOENÇAS GRAVES PREVISTAS EM LEIS
Decreto Federal nº 3.000 de 26/03/1999, artigo 39, inciso XXXIII
Lei nº 8.541 de 23/12/1992, art. 47
Lei nº 9.250 de 26/12/1995, art. 30, § 2º
Instrução Normativa SRF nº 25, de 29/04/1996
Lei Federal nº 8.213 de 24/07/1991, artigo 151
Medida Provisória nº 2.164 de 24/08/2001, artigo 9º
Lei nº 8.541 de 23/12/1992, art. 47
Lei nº 9.250 de 26/12/1995, art. 30, § 2º
Instrução Normativa SRF nº 25, de 29/04/1996
Lei Federal nº 8.213 de 24/07/1991, artigo 151
Medida Provisória nº 2.164 de 24/08/2001, artigo 9º
Lei Federal nº 11.052 de 29/12/2004
IV – FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO
Lei Federal nº 8.922 de 25/07/1994 – FGTS, artigo 1º
Lei Federal nº 8.036 de 11/05/1990 – FGTS, artigo 20, XIII e XIV
Medida Provisória nº 2.164 de 24/08/2001, artigo 9º
Lei Federal nº 8.036 de 11/05/1990 – FGTS, artigo 20, XIII e XIV
Medida Provisória nº 2.164 de 24/08/2001, artigo 9º
V – LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE – AUXILIO DOENÇA
Lei Federal n° 8.213, de 24/07/1991 – LOAS – artigos 26, II e 151
VI – APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
Constituição Federal – artigos 201 e seguintes;
Lei Federal n° 8.213, de 24/07/1991 – LOAS – artigos 26, II e 151
Constituição Federal – artigos 201 e seguintes;
Lei Federal n° 8.213, de 24/07/1991 – LOAS – artigos 26, II e 151
Lei Federal nº 10.666 de 08/05/2003, Art. 3º
Decreto 3048/1999, artigo 45.
VII – RENDA MENSAL VITALÍCIA/AMPARO ASSISTENCIAL AO DEFICIENTE
Constituição Federal – artigos 195, 203 e 204;
Lei Federal n° 8.742, de 07/12/1993 – Lei Orgânica da Assistência Social, artigos 20 e 21
Decreto Federal n° 1.744 de 08/12/1995
Lei Federal n° 8.742, de 07/12/1993 – Lei Orgânica da Assistência Social, artigos 20 e 21
Decreto Federal n° 1.744 de 08/12/1995
Lei Federal 10.835, de 08/01/2004 – Renda básica
VIII – PLANO DE SAÚDE OU SEGURO SAÚDE
Lei Federal n° 9.656 de 03/06/1998 – Dispõe sobre os planos privados de assistência à saúde
Lei nº 10.406, de 10/01/2002 (Código Civil Brasileiro) Artigos 757 a 788
Lei nº 10.406, de 10/01/2002 (Código Civil Brasileiro) Artigos 757 a 788
IX – ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA NA APOSENTADORIA
Constituição Federal artigos 5º e 150, II
Lei Federal n° 7.713 de 22/12/1988, artigo 6º, XIV e XXI
Lei Federal n° 8.541 de 23/12/1992, artigo 47
Lei Federal n° 9250 de 26/12//1995, artigo 30
Instrução Normativa SRF nº 15/01, artigo 5º, XII
Decreto Federal n° 3.000 de 26/03/1999, artigo 39, XXXIII.
Lei Federal n° 7.713 de 22/12/1988, artigo 6º, XIV e XXI
Lei Federal n° 8.541 de 23/12/1992, artigo 47
Lei Federal n° 9250 de 26/12//1995, artigo 30
Instrução Normativa SRF nº 15/01, artigo 5º, XII
Decreto Federal n° 3.000 de 26/03/1999, artigo 39, XXXIII.
X – ANDAMENTO JUDICIÁRIO PRIORITÁRIO
Lei Federal nº 10.173, de 09/01/2001 – acrescentou artigos 1.211-A e 1.211-B ao Código de Processo Civil
Lei Federal n° 10.741 de 01/10/2003 – Estatuto do Idoso – artigo 71.
Lei Federal n° 10.741 de 01/10/2003 – Estatuto do Idoso – artigo 71.
XI – PIS/PASEP
Resolução 01/96 do Conselho Diretor do Fundo de Participação PIS-PASEP.
XII – COMPRA DE CARRO COM ISENÇÕES DE IMPOSTOS (IPI, IOF)
Lei Federal nº 9.503 de 23/09/97 –Código de Trânsito Brasileiro, art. 140 e 147, § 4º
Lei Federal nº 10.182 de 12/02/2001 (I.P.I)
Instrução SRF nº 32, de 23/03/2000 e Instrução nº 88, de 08/09/2000 (I.P.I.)
Portaria CAT nº 56/96 e CAT 106/97
Lei Federal n° 8.383 de 30/12/1991 – IOF artigo 72 IV
Lei Federal nº 10.182 de 12/02/2001 (I.P.I)
Instrução SRF nº 32, de 23/03/2000 e Instrução nº 88, de 08/09/2000 (I.P.I.)
Portaria CAT nº 56/96 e CAT 106/97
Lei Federal n° 8.383 de 30/12/1991 – IOF artigo 72 IV
Lei Federal nº 10.690, de 16/06/2003 – Isenção compra de carros deficientes que não podem dirigir;
Lei Federal nº 10.690 de 16/06/2003, Artigos 2º, 3º e 5º
Lei Federal nº 10.754, de 31/10/03, Artigos 1º e 2º
Lei Federal 11.196, de 21/11/2005, Artigo 69
Instrução SRF nº 607 de 05/01/2006 (IPI)
XIV – FORNECIMENTO DE REMÉDIOS PELO SUS
Constituição Federal, art. 5º LXIX, 6º 23, Il 196 a 200
Lei Federal Nº 8.080 de 19/12/90, art. 219 a 231 –
Portaria Nº 1.318/GM – 23 de julho de 2002 – Portaria SAS/MS 921/2002
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